Devoradora de Memória

Capítulo 1 - Abra Os Olhos


O cheiro de remédio fazia seu nariz arde. Tudo estava embaçado quando a garota de cabelos longos e negros abriu seus olhos pela primeira vez. Estava em um quarto mal iluminado, tudo parecia estar calmo.

Havia apenas uma única luz no quarto - o do abajur, esse que não parava de piscar freneticamente. Seus olhos escuros percorreram todo o quarto em busca de se localizar, porém, tudo que o que reconheceu foi um pequeno armário escondido em meio a escuridão.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Vejo que se acordou senhorita Gabrielle. Disse o doutor que acabara de entrar no quarto.

— Gabrielle? Repetiu a menina que parecia confusa.

— Sim. Esse é seu nome segundo os documentos encontrados com você. - Explicou o doutor se sentando em uma cadeira próxima a cama. - Você acabou levando um grande choque na cabeça no meio da perseguição. Então é normal que tenha um pouco de amnésia, logo sua memória voltará aos poucos.

— Perseguição? Não estou entendendo. Eu fui perseguida, mas porquê? E por quem? - Logo em seguida a garota de nome Gabrielle botou a mão em sua testa sentindo uma grande dor, como se uma estaca estivesse sendo enfiada em sua cabeça. - Ah! Minha cabeça!

flash tomarão sua mente, cenas confusas apareciam e desapareciam constantemente. Uma garota sendo perseguida no meio de uma cidade de arquitetura antiga, em seguida a cena se passava dentro de uma biblioteca com grandes estantes de livros clássicos. Perto de uma lareira acesa estava sentado um homem de cabelos grisalhos e semblante gentil. Este estava lendo um livros de páginas amareladas onde figuras pavorosas de duas cabeças, meio homem e meio animal e criaturas da mitologia grega que apareciam a cada página.

Por último a imagem de alguém sentado no chão entre montanhas de livros jogados, onde gotas de sangue em respingos estavam sobre alguns deles… Logo sua mente estava de volta ao quarto.

— Parece que o analgésico teve um efeito mais curto do que o esperado.

Disse o doutor botando a mão na testa da garota.
A mão dele era quente e pesada o que dava uma sensação de conforto para Gabrielle o que fez com que ela adormecesse rapidamente.

Uma forte chuva castigava o sanatório da montanha azul. Ventos fortes e relâmpagos acompanhados de trovões insistiam em atormentar aquele lugar de aparência pacífica.

- O senhor tem certeza que vai precisar disso? Mas é muito perigoso. Insistia a enfermeira aflita.
- Não estou com paciência para ouvir o que a senhora acha. Apenas me traga rápido o que te pedi! Gritava firmemente o diretor do sanatório impaciente. Sem escolha ela fez o que foi mandado.

Depois uma longa noite cheio de tempestades o dia havia amanhecido calmo e frio.
- Espere que eu vou te ajudar.
Disse uma jovem enfermeira enquanto ajudava Gabrielle a se sentar na cama para tomar seu café.
- Obrigada.- Agradeceu a menina que estava mais fraca do que a noite anterior.- Onde está o doutor.- ela parou um pouco e refez a pergunta. - O que cuidou de mim ontem, onde está?
- Acho que a senhorita deve estar se referindo ao diretor Kian. Foi ele que cuidou da senhorita ontem, ele mesmo preferiu assim. Explicou a enfermeira aproximando a bandeja com o alimento para perto da garota.
- Não. Eu não estou com fome. Disse a garota fazendo uma careta enquanto afastava de volta a bandeja.
- Deve ser por conta do remédio, mas existo. A senhorita tem que pelo mesmo comer um pouco senão vai acabar não se aguentando sobre as pernas. Advertiu a enfermeira vendo o estado da garota. Sua pele estava pálida e úmida e seus olhos estavam quase que sem vida.
- Tudo bem. vou comer um pouco. Disse a menina dando um leve sorriso. Em seguida uma segunda enfermeira entrou no quarto apressada eufórica pediu que a outra a acompanhasse. Sem prestar a menor atenção a jovem enfermeira acabou deixando a porta do quarto destrancada. Engolindo com dificuldade o mingau a garota logo percebeu que a porta estava aberta. Com as pernas ainda trêmulas ela caminhou até a porta e girou a maçaneta e sem a menor dificuldade ela se abriu. Gabrielle andou pelos corredores brancos solitários

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Chegado até que ao fundo do corredor ele pode notar uma estranha criatura se movimentando com várias patas de um lado para o outro como se guardasse o lugar.
Seus corpo era como uma raiz grossa de um marrom avermelhado, seus olhos eram grandes e escuro e soltava ao alguns ruídos com se conjurar–se alguma coisa. Quando a criatura percebeu que a garota o observava com espanto e curiosidade, ele correu para dentro de uma das portas que estavam abertas.
- Mas, o que?
Exclamou a garota em surpresa com que acabara de ver.
- Senhorita Gabrielle, o que faz aqui?
Perguntou a voz que surgiu botando a mão grande e pesada nos ombros de Gabrielle.
- Estava procurando pelo o senhor.
Respondeu a menina ao se virar.