BabyDoll

Capítulo VI - Eu não sou criança


Pov’s Sean

— Cena favorita de filme? – Pergunto.

É domingo e como estávamos com tédio desde a hora do almoço, nós dois nos sentamos no tapete da sala e estávamos fazendo várias perguntas aleatórias um para o outro.

—Capitão América, a cena em que ele se joga em cima da granada, mostra que ele é forte, mesmo sendo fraco – Melanie responde e eu rio – Doce favorito?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Hm, eu não tenho um favorito, não sou muito de comer doce – Ela me olhou incrédula – O quê?

— Como não é de comer doce, doce é vida – Responde como se eu tivesse falado que 2+2=5.

— Eu sou adulto, invés de ficar devorando doces, eu tenho refeições saudáveis.

— E eu sou o quê? Uma criança? – Pergunta fazendo um biquinho logo depois de terminar de falar.

— Sim, o termo criança se encaixa perfeitamente em você – Falo rindo.

— Não sou não – Reclama, cruzando os braços e virando o rosto para o lado me fazendo rir mais ainda – Não ria de mim – Briga jogando uma almofada em mim.

— Ei não atire coisas em mim – Dou um sermão falso atirando a almofada de volta que atinge bem na cara dela.

— Você não fez isso – Fala com a voz fingindo irritação, e então ela pega a almofada e começa a me bater com ela.

— Isso é injusto – Digo me defendendo e me arrasto pelo chão até chegar ao sofá – Você vai se arrepender disso – Brinco e pego uma almofada e começo a bater nela também, fraco para não machuca–lá, nós dois riamos feito crianças.

— Não faz isso – Melanie ri ainda mais quando eu a derrubo no chão e me sento de leve em cima de sua cintura, apoiando meu peso nas minhas pernas que estavam dobradas um de cada lado de seu corpo, para não esmaga–lá.

— Não fazer o que? – Questiono inocente – Isso? – Pergunto e começo a enche–lá de cocegas.

— Sean... Não... Para... Eu... Eu imploro... – Melanie fala em meio a suas risadas enquanto se debate – Por favor.

Meu celular começa a tocar e eu paro de fazer cocegas nela.

— Salva pelo gongo – Digo rindo enquanto saiu de cima dela que agora está respirando ofegante. Pego meu celular que parou de tocar – Você está bem? – Pergunto vendo que ela continua estirada no tapete.

— Sim, eu só preciso respirar um pouco – Responde enquanto coloca uma das almofadas em baixo da cabeça, meu celular volta a tocar.

Na tela aparece: Mike Gostoso Thompson

Reviro os olhos, Megan havia mexido no meu celular novamente.

— Eu preciso atender – Falo vendo o nome piscar na tela.

— Tudo bem, pode ir atender, prometo não destruir nada – Ela fala com a respiração voltando ao normal. Rio antes de ir para o escritório atender o celular.

OoOoOoOoO

— Pense sobre isso cara – Michael repete pela décima vez.

— Já falei que vou pensar – Respondo – E avisa para Megan que eu se eu pegar ela alterando os nomes da minha agenda novamente ela irá se arrepender.

— Não a culpe que eu sei que você me acha gostoso – Ele ri antes de se despedir e encerrar a ligação.

Saio do escritório e a casa está silenciosa, passo pelo corredor dando uma olhada na sala, nada da Melanie, subo as escadas e vou em direção ao seu quarto, a porta está aberta, mas não tem nenhum sinal dela ali e nem no banheiro, vou para o meu quarto e nada também, mas a mochila dela ainda permanecia caída ao lado da cômoda.

Começo a descer novamente e quando estou no meio da escada vejo um copo e um prato no chão da sala, termino de descer e dou a volta no sofá me deparando com a Melanie deitada no chão dormindo, com a cabeça apoiada nas almofadas, uma de suas mãos segura um livro que pousa sobre o seu peito e suas pernas estão esticadas de modo que ela conseguisse apoiar os pés na ponta do sofá sem que eles corressem risco de ficar escorregando.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Depois de um tempo a admirando vou até ela e tiro cuidadosamente o livro de suas mãos o fechando e colocando sobre a mesinha ao lado do prato que eu noto estar com migalhas de pão, depois de notar que ela deveria ter revirado a sala em busca do que fazer até encontrar o meu livro. A pego no colo, apoiando uma de minhas mãos nas suas costas e a outra em suas coxas, Melanie murmura algo indecifrável e enrosca seus braços em meu pescoço apoiando sua cabeça em meu ombro. Sorrio com isso.

A levo para o seu quarto, a colocando na cama e a cobrindo com a coberta que já estava na cama. Depois de arruma–lá na cama e a cobrir saio do quarto deixando a porta entreaberta, e volto para a sala. Pego o copo e o prato que ela utilizou e os levo para a cozinha, notando que ela deixou as coisas espalhadas pela bancada, coloco as coisas que estão nas minhas mãos dentro da pia antes de pegar um prato limpo e preparar um sanduiche para mim.

OoOoOoOoO

Estou deitado em meu quarto, Melanie dormia desde a hora que a encontrei no chão da sala.

Viro–me na cama tentando encontrar uma posição confortável, mas não consigo. Depois de um tempo começo a sentir algo cutucando a minha bochecha.

— Sean – Uma voz me chama e sinto outra cutucada. Era a Melanie tinha certeza.

— Hm? – Abro os olhos e a encara. Ela está de joelhos ao lado da minha cama e tinha colocado sua calça moletom com a camisa que eu havia emprestado ontem.

— Eu tive pesadelos – Sussurra como se fosse um segredo e logo após a fala olha para os lados como que para se certificar que não havia ninguém ali além de nós dois – Posso ficar aqui com você? – Pergunta com os seus olhos castanhos brilhando – Prometo ficar quietinha e não atrapalhar seu sono.

— Vem aqui – Chamo rolando para o lado e levantando um pouco a minha coberta.

Ela rapidamente se encaixa em baixo da coberta, parecendo com medo que eu mudasse de ideia.

Vejo ela se encolher na cama, abraçando as pernas.

— Está tudo bem – Asseguro enquanto a abraço pela cintura.

— Eu estou com medo – Sussurra.

— Não se preocupe, eu te protejo – Sussurro de volta a puxando para mais perto de mim.

Brinco com uma mexa de seu cabelo até notar que seus músculos haviam relaxado e sua respiração havia ficado lenta, ela havia pegado no sono novamente. Ajeito–me melhor na cama ainda a abraçando e durmo sentindo o cheiro de baunilha que seu cabelo exala.