Prólogo

Sempre faça o que é certo.

É... a infância de nossa heroína foi regada por esses tipos de jargões: Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades; viu a necessidade, atenda!; seja você mesma... Lindsey já havia ouvido essas frases um milhão de vezes. Mas naquele momento, eles tinham mais significados do que nunca. Ela sempre fez o necessário para ajudar o próximo, mesmo do seu jeitinho. Mas assim como Hancock, era uma pedra à ser lapidada.

Era nisso que Roy pensava. Ele observava a garota cochilar no sofá abraçada à uma almofada de clave de sol. Tinha tantos poderes. Tantos dons. E pensar que ele foi o primeiro á decidir lapidar uma joia como aquela. Se sentia privilegiado em estar ajudando a garota que recentemente salvara sua vida. Sua mulher o achava louco por, pela segunda vez, ele cuidar de um herói sem teto.

Mas quem mais faria isso?

A S.H.I.E.L.D.? Não! Eles a abandonaram! Os Vingadores? Estão ocupados demais com seus próprios interesses. E o próprio Hancock? Não, ele odiaria ser professor.

Apenas ele, Roy Ambrey, era louco o bastante para isso.

— Eu vou expulsar essa garota de casa. - grunhiu Mary.

— Amor, ela salvou minha vida! E o lance do Hancock tem anos, ou seja, não pode me acusar de trazer pra casa todo herói que salva minha vida.

— Mas é a segunda vez! Ela é uma sem-teto!

— Na verdade, ela mora de favor em uma pizzaria, onde trabalha. Por favor, ela é muito poderosa e tem um coração enorme! Pode até ser mais fácil que o Hancock!

— Tem certeza?

— Sim, eu tenho. E agradeço se a Sra. Imortal Super Poderosa me ajudar. - respondeu, a abraçando e beijando seu pescoço.

— Ela foi vítima de experiências, ou seja, não vai perder os poderes perto de mim. - brinca sua esposa – Vou ajudar sim.

E eles voltam a encaras a jovem violinista, que dormia no sofá.

Bom... vamos começar do começo: