Pauella

Capítulo 17


17º Capítulo

(POV Paul Lahote)

Ao fazer a ronda tudo em em que consigo pensar são nas lembranças do último final de semana. Cada detalhe, desde o brilho nos olhos de Bella ao receber a aliança até seu sorriso ao acordar, foi tudo perfeito. Nada do que imaginei se igualou. Tudo é ainda muito irreal. Bella e eu vamos nos casar.
Eu nunca fui o tipo de homem que pensava em casamento. Na verdade eu me contentava em ficar com uma garota ou outra. Não sequer acreditava no imprinting, achava uma bobagem. E então de repente aparece Bella, fazendo todo esses pensamentos irem para o ralo. Agora tudo que importa é ela. E mais nada.
"-Nossa, como ele está fofo hoje. "-O pensamento de Jared me alcança sem que eu nem perceba. O xingo mentalmente e ele ri. Nunca vai mudar, esse aí.
"-Por que não vai ajudar Kim a preencher mais um caderno com seu nome, hum?" -Questiono com deboche me lembrando que sua namorada havia escrito em todo um caderno seu nome com o sobrenome de Jared.
"-Cheio de graça, você. Talvez Bella goste de ouvir algumas histórias suas, meu amigo." -Ele volta a correr. "-Lembrando que te conheço a muito tempo. Sei de coisas que nem você lembra."
"-Por que não cala a boca e se concentra na ronda?" -Pergunto com um rosnado. Ele solta uma risada em forma de latido e então me desligo de seus pensamentos e volto a correr.

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XXX

—Eu nunca vou cansar disso. -Escuto a voz de Sophie dizer. Reviro meus olhos ainda em minha forma de lobo e então escuto ela voltar a tagarelar. -... será que eu também vou virar uma loba um dia? Afinal sou sua irmã e Seth disse...
—Menos, Sophie. Não sonhe tão alto. -Implico assim que volto a ser humano. Ela bufa. -Não deixe seu namoradinho ficar te enganando.
—Ei, quem engana as pessoas aqui é você. -Rebate. Consigo ver ela cruzando os braços por entre as árvores. -Por que não me contou que iria pedir Bella em casamento? Eu poderia ter ajudado.
—Primeiro, você não sabe guardar segredos. Provavelmente irá sair falando para reserva inteira. -Começo. -Segundo, obrigado, mas de qualquer forma saiu tudo perfeito.
—Eu te perdoou se me deixar ser sua dama de honra. -Ela sorri presunçosa. -Aposto que Bella vai adorar.
—Fique muito feliz se for convidada para o casamento. -Ironizo me aproximando. Ela me dá um soco no braço. -Se Bella concordar, tudo bem pra mim.
—Aaah, já tenho várias ideias. -Ela solta dando pulinhos.
—Você me assusta. -Comento prestes a entrar em casa. Escuto algo caindo e quando me viro para ver o que é uma brisa fraca chega ao meu nariz. Instantâneamente meu corpo se tensiona. O cheiro enjoativo de sanguessugas. Meu corpo passa a tremer. Tem algum deles por perto.
Viro para minha irmã, que me olha estranho. Sua expressão fazem milhares de perguntas que eu não posso responder agora. Pego sua mão e a puxo para dentro.
—Seu que vai ser difícil pra você, mas vai precisar ficar aqui dentro. É sério Sophie. -Eu encaro seus olhos e passo pra ela toda a veracidade das minhas palavras. -Ligue para Seth. Peça para ele vir ficar com você e mamãe. Te explico depois.
Termino de instruir e então corro para fora e sinto minha forma de lobo chegar. Mal me transformo e logo já estou correndo tentando ter acesso aos pensamentos de alguém. Por sorte Sam está transformado. Sua mente está alerta. Ele já sabe.
"-São os Cullen?" -Pergunto com um fio de esperança.
"-Com certeza não. Perdi o rastro dele aqui no penhasco." -Meus olhos se arregalam assim que Sam termina de falar. As imagens jorram na minha cabeça. É o penhasco que vou com Bella. "-Precisamos ir até os Cullen. Eles devem saber de algo."

XXX

—Desculpe, Sam. Não fazemos a mínima ideia de quem seja. -Carlisle lamenta de cenho franzido. -Esse cheiro não pertence a ninguém que nós conhecemos.
—Eu já imaginava, nenhum dos seus entraria em nossas terras. -Sam diz. Seu rosto mais sério do que nunca. -Obrigado de qualquer forma, Carlisle.
—Se precisarem de qualquer coisa nós procurem. -A matriarca pede. Em seus olhos um olhar preocupado e doce.
—E também nos mantenham informados. -O loiro sinistro pede. Sam assente e então aperta a mão do médico.
Logo já estamos em nossa forma lupina e corremos em direção a reserva.
"-Pode ter sido algum nômade. Talvez alguém que não saiba do tratado." -Jacob diz.
"-Não acredito muito nisso. Parece que ele queria que a gente o nota-se." -Ressalto preocupado. Bella está na escola essa hora. Sam mandou Leah até lá, mas ainda assim a preocupação não deixa meu corpo. Algo me diz que esse intruso não veio aqui a troco de nada.
"-Seja quem for, invadiu nossas terras." -Sam começa. "-É uma ameaça ao nosso povo. Não vamos deixar barato."

XXX

(POV Bella Swan)

—Não acredito que você vai casar! -Exclamo Angela toda sorridente, parece até que ela quem foi pedida em casamento. Solto uma risada.
—E você acha que eu acredito? -Falo admirando o anel que está no meu dedo anelar direito. Ainda não contamos para Charlie, mas eu trouxe o anel para que Angie pudesse ver. Assim que eu cheguei a oriental só faltou pular em cima de mim.
—Bella vai casar?! -Alice exclama alto aparecendo do nada.
—Alice, não faça um show, por favor. -A olho implorando. Ela assente sentando ao meu lado. Estamos na aula de educação física, mas conseguimos dispensa. O professor já desistiu de mim, e Angela é boa com desculpas.
—Não gosto muito do seu namorado, ops, noivo. Mas já que o ama eu respeito. -Ela começa a quicar no banco do estádio. -Agora me conte tudo.

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XXX

—Droga. -Xingo baixinho. Estou na na aula de filosofia, a penúltima do dia. Logo agora a porcaria da caneta resolveu estourar. A tinta azul rapidamente se espalha por minha mão e meu caderno.
—Vá lavar a mão, senhorita Swan. -O professor, que passa por mim nesse momento, manda com um movimento de mãos. Ele age como se a culpa fosse minha.
Com todo cuidado para não me sujar mais ainda me levanto e então saio da sala.

XXX

Caminho apressadamente de volta a sala. Desde que pisei fora dela tive a sensação de que tinha alguém me seguindo. No começo eu achei que era só sensação, contudo, quando ainda estava no banheiro escutei algumas portas batendo, e um vulto passando.
Estou a alguns passos da sala quando sinto uma mão gélida envolvendo minha boca e logo em seguida me puxar. Tudo volta passa a ser um borrão. Fecho meus olhos com força e quando os abro um enjoo forte me atinge. Ao olhar em volta noto que não estou mais no corredor da escola. Eu estou na floresta.
Ergo meus olhos e me deparo com um homem. Mais precisamente um vampiro.
—Olá, docinho. -A voz melodiosa diz. Os olhos do vampiro são vermelhos. Meu corpo todo treme. -É um prazer conhecê-la.