Noctívago

XVIII


Antes do rebuliço lá de fora estar audível, Daichi estava inquieto o suficiente para não se impedir de perambular pela torre. Procurava uma distração do mau-pressentimento — quase ominoso — que fermentava dentro dele. Detivera-se no aposento de Suga, relutante a entrar e invadir sua privacidade. Apenas observou o interior, ainda no corredor: notou que lá havia um cavalete vazio. Além do passado humano como curandeiro, como eventualmente descobrira, Suga tinha aspirações artísticas naquela época também? Havia tanto que ainda gostaria de saber.

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Mas, assim que retornou à antessala, de imediato distinguiu que havia algo errado. Naquele ambiente totalmente ermo, ele devia estar sozinho. Mas havia pessoas se aproximando.

E em grandes números.

Seus pensamentos se dirigiram à Koushi instantaneamente. Se já estava longe o suficiente. Se de alguma forma fora avistado, ou até mesmo pego. Se corria perigo, embora não devesse subestimar suas capacidades sobre-humanas.

Daichi queria se arriscar, sair por aquela porta e procurar por ele.

Mas não podia.

Mil alternativas corriam por sua mente, enquanto o pânico derramava seu veneno em seu corpo. Nenhuma parecia ter alguma possibilidade de êxito.

Talvez eu devesse me entregar. Talvez só esteja adiando o inevitável, apostando a vida de outras pessoas no processo.