Depois de quatro meses vivendo com Sugawara, Daichi já havia se aclimado à rotina. Passou a ajudar a manter tudo organizado e limpo, e, ainda, a cozinhar aquilo que o vampiro trazia de suas caças na floresta, às vezes acompanhando-o nessas incursões. Além disso, o aumento na vigilância havia sido colocado em prática — todas as manhãs, insistia em substituir Suga como sentinela, embora na maioria das vezes ele insistisse que “Vampiros não precisam dormir, posso fazer isso sozinho.”

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Mantinha-se ocupado; ociosidade não era uma opção. Em alguns momentos, no entanto, permitia-se ler alguns dos livros do extenso acervo de Koushi, ocasionalmente em sua companhia.

E era, de fato, uma boa companhia: ao longo do tempo, pôde conhecê-lo melhor. Histórias de vida foram compartilhadas — as de Sugawara claramente mais numerosas — até que Daichi se viu, de alguma forma, se abrindo cada vez mais.

Ele também se viu criando uma conexão com ele. E tudo estava indo bem.

Até que Sugawara recebeu a carta.

Daichi viu sua compleição enrijecer imediatamente, tão logo recolhera alguns papéis de cima de uma mesa de carretel. Os olhos ávidos a leram em uma fração de segundo, uma preocupação quase febril presente neles.

— Daichi... Eu preciso ir.