Maybe we can try again

Do you want to feel something incredible too?


Regina conseguiu dormir tranquilamente a noite toda, ultimamente dormir era uma das coisas que ela conseguia fazer perfeitamente, sem pesadelos ou interrupções. Acordou cedo com o braço de Emma sobre seu abdômen tentou não mexer para não acordar a loira, mas foi inevitável quando teve que correr para o banheiro por causa de seus enjôos matinais. Emma acordou assustada ouvindo a porta do banheiro bater, passou as mãos nos olhos, procurou pelo celular para ver que horas eram 7h47min.

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Levantou indo até a porta do banheiro ouvindo Regina passar mal lá dentro.

E: Regina? – como não teve resposta tentou abrir a porta, mas estava fechada – Precisa de ajuda?

R: Não, estou bem... – abriu a porta, tinha os olhos vermelhinhos – Você tem uma escova de dente?

E: Sim, tem escova nova ai na gaveta... – apontou para dentro do banheiro – Você está bem?

R: Não se preocupe isso costuma acontecer algumas manhas...

E: Você quer que eu prepare café pra você ou alguma coisa?

R: Não estou bebendo café, mas não quero nada não, na verdade estou sem fome – fez uma careta

E: Ok... Talvez um suco ou alguma fruta! – nem deu tempo de Regina responder – Eu vou preparar!

Não demorou muito para a morena aparecer com suas coisas em mãos na cozinha, olhou a loira sentada tomando café e lendo o jornal e percebeu o quanto sentia falta de ver aquilo todas as manhas.

R: Ahm, desculpa interromper – a loira levantou os olhos do jornal e olhou para ela – Mas eu já vou indo...

E: Esta se sentindo melhor? – deixou o jornal de lado

R: Um pouco...

E: Aqui o seu suco!

R: De maça – sorriu ao sentir o cheirinho da fruta

E: Ainda é o seu favorito, não é?

R: Claro que sim! – deu um gole

E: Senta aqui! – fez um gesto para a cadeira que estava do seu lado

R: Eu de verdade tenho que ir...

Porque a pressa? – sorriu

R: Porque... Minha advogada ligou – o sorriso de Emma murchou – E eu preciso... Ela quer falar comigo.

E: Oh certo, eu provavelmente deveria falar com o meu advogado também... – os verdes encararam os castanhos tristes.

R: Eu vou falar com ela sobre a retirar a restrição...

E: Ok – deu um gole no seu café fingindo estar indiferente

R: Emma!

E: O que?

R: Obrigada por ontem, por ser gentil, pelo suco... Obrigada por tudo!

E: Não há de que – não olhou para Regina

R: Ok... Eu vou... – fez seu caminho lentamente até a porta sentindo seu coração apertar cada vez mais ao sair do apartamento, não era assim que ela gostaria de se despedir da loira...

[...]

I: Obrigada por me convidar meu amor – falou Ingrid sentando do lado da loira no escritório do advogado.

E: Não é como se eu tivesse outra escolha...

— Bom dia – o Homem entrou na sala sentando cadeira que estava de frente para elas – Então...

O advogado conversou e colocou todos os pontos na mesa, as opções, as coisas em contra e a favor de Emma. Falou sobre como a advogada de Regina talvez atacasse o caso, ele não parecia estar nem um pouco intimidado. Emma falou que ela e Regina tinham conversado e que as coisas poderiam tomar um modo mais amigável se dependesse dela, e Regina parecia também querer essa opção. Falou que Regina tiraria a acusação, mas ele respondeu que não tinha sido informado de nada...

E: Então ela ainda esta me acusando? Nós falamos e tentei chegar a um acordo, tentei fazer a coisa certa...

I: Parece que a coisa certa acompanha ordens de restrição... – soltou Ingrid recebendo um olhar duro de Emma.

E: Você não está ajudando mãe!

I: Ok, desculpe, ficarei quieta!

E: Obrigada!

— A ordem de restrição na verdade funciona para nós. Quando a levarmos ao tribunal, ela não provará essas alegações, e o caráter dela será questionado, o que é exatamente o que queremos.

E: Por quê?

— Porque quando o bebê nascer, você terá uma ótima chance de conseguir a guarda total.

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E: Guarda total?

— Sim! É isso que você quer certo? É por isso que estamos lutando! Então eu aconselho que você não tente falar com ela, nem tente chegar perto, não queremos que um ato imprudente acabe atrapalhando o seu lado da historia! A ordem de restrição vai continuar correndo, você apenas tem que respeitar isso agora!

E: Merda! – levantou da cadeira – Nada disso deveria estar acontecendo! Depois de tudo que aconteceu com a Lucy... Eu não posso tirar outro filho dela!

I: Emma você não vai tirar a criança dela, ela poderá visitar!

— Podemos usar que ela não é suficientemente qualificada para cuidar de uma criança sozinha... – Emma o fuzilou com o olhar

E: O QUE? NÃO!

I: Emma!

E: Não vamos usar a Lucy nisso tudo, não vamos atacar a Regina desse jeito!

— Você não quer ganhar?

E: Se for para ganhar desse jeito sujo eu desisto! – saiu da sala rápida.

I: Desculpe – levantou da cadeira – Irei falar com ela e ligamos para marcar outro encontro.

— Ok! Ficarei esperando!

Ingrid chegou a tempo de pegar Emma abrindo a porta do carro

I: Emma espere! Você não pode sair assim!

E: Isso é um absurdo! Não vou jogar essa carta, não vou dizer que Regina não pode tomar conta do nosso filho, ela sempre foi um a ótima mãe, muitas vezes melhor que eu até! Ela esteve lá para a Lucy todas as vezes que eu não podia, porque estava ocupada demais trabalhando! Febres e noites de pesadelos? Ela estava! Eu precisava dormir, eu tinha acabado de me tornar Detetive, você sabe o quão difícil é ser a novata? Eu precisava provar que era boa o suficiente para estar ali, precisava trabalhar duas vezes a mais por ser novata, na verdade três vezes a mais por ser mulher! E ela estava lá, Regina cuidava da nossa filha! Então não vou ser essa pessoa, não vou dizer que ela não é qualificada pra cuidar do bebê! – tinha os olhos marejados

I: Ok meu amor, não vamos usar isso! – tentou acamar a filha – Eu sei que ela era uma boa mãe... – ficou olhando para Emma que limpou uma lagrima que caiu.

[...]

Kathryn foi chamada na sala de Emergência, quando soube de quem se tratava foi o mais rápido possível.

K: O que aconteceu? – perguntou ao ver a cara de pânico da amiga

R: Há alguma coisa errada com o bebê – estava nervosa e suas mãos estavam tremendo.

K: O que? – Kath a pegou pelo braço ajudando-a a levantar devagar da cadeira chamando um enfermeiro que estava próximo – Errada como?

R: Eu sai da advogada com uma dor estranha, mas leve – colocou a mãos no ventre – E então ela foi ficando um pouco mais forte e eu tentei ligar para a minha medica mas ela não atendeu... Vim direto para cá! Fiquei com tanto medo que não conseguia respirar direito!

K: Ok, calma! Me diz o que você está sentindo! – o enfermeiro trouxe uma cadeira de rodas que agora Kathryn empurrava lá para dentro

R: Eu já deveria ter ido ao medico, não é? Fazer os exames certinhos... – começou a ficar agitada

K: Regina! Calma! – entraram em uma sala – Me ajude a colocar ela na maca? – o rapaz assentiu.

R: Kathryn eu não posso perder outro filho!

K: Ei você não vai! – Kathryn ligou a maquina de ultrassom que estava do lado da cama – Vá procurar a obstetra de plantão para mim agora! Obrigada!

— Ok Dra! – o rapaz saiu rápido da sala

R: Eu fiz tanta coisa errada... Meu deus eu fiz tanta coisa errada... – kathryn levantou a blusa da morena passando um liquido gelado em sua barriga – Eu não fiz nenhum ultrassom ainda... E se o bebê não for saudável, e se eu...

K: Regina eu preciso que você se acalme! Vamos dar uma olhada, ok?

R: Esta bem! – colocou a mão nos olhos tentando normalizar a respiração.

K: Ai esta você! – sorriu para a tela – Você consegue ouvir? – olhou para Regina que agora também olhava para a tela assentindo – Oh o que foi isso?

R: O que? Essa sensação?

K: Sim! O seu bebê esta se mexendo nesse exato momento! Olhe – ajeitou a tela para que Regina pudesse ver melhor – Batimento cardíaco fetal muito forte.

R: O bebê já esta mexendo... – sorriu boba olhando para a tela

I: Você já esqueceu essa sensação?

R: Não, mas é que... Esta tudo tão errado e eu senti uma dor estranha...

K: Então você entrou em pânico

R: Sim! Desculpe!

K: Não, tudo bem! A médica vai passar por aqui para checar o comprimento do colo do útero por causa das cólicas que você sentiu – sorriu tranqüilizando a amiga – Tenho certeza de que foi isso que você sentiu, cólicas!

R: Obrigada – sorriu de volta já mais calma.

Kathryn deixou Regina alguma horas em repouso, não tinha sangramento, a obstetra tinha confirmado que estava tudo bem com o bebê e com ela, eram apenas cólicas.
No fim da tardinha antes de liberar Regina, Kath ligou para Emma, não sabia se a morena tinha avisado alguma coisa, mas ela não deixaria Regina voltar para casa sozinha, já que ela e Belle não estavam disponíveis para acompanhá-la. No primeiro momento Emma quase teve um troço ao ouvir que Regina estava no hospital, mas Kath foi rápida tranqüilizando e pedindo que assim que ela saísse do trabalhe passasse por lá, a loira disse que não demoraria em chegar, e foi exatamente o que aconteceu.

E: O que diabos aconteceu? – perguntou no instante em que colocou os olhos na loira de jaleco a sua frente – Regina está bem? E o bebê?

K: Esta tudo bem como falei no telefone, só preciso que a leve para casa, você pode fazer isso não é?

E: Claro!

K: Ela teve uma conversa com a advogada, quando saiu do escritório da mulher começou a sentir cólicas, só que Regina surtou na mesma hora, fazendo com que as cólicas na verdade ficassem mais assustadoras do que na verdade são.

E: Mas isso é normal? Ela não sentiu isso quando estava grávida da Lucy!

K: Cólicas na gravidez são normais, mesmo que não seja tão comum. Carregar outro corpo dentro exige alguns sacrifícios como na musculatura pélvica que fica pressionada, alem de pressionar as veias e os ligamentos internos do corpo... – pararam em frente à porta onde Regina estava – O importante é que não teve sangramento nenhum que seria algo pelo que deveríamos nos preocupar mesmo que às vezes aconteça e não seja nada grave!

E: Ok – respirou corretamente – Então está tudo bem?

K: Sim! Ela pode ir para casa quando quiser – sorriu – Eu ainda tenho mais algumas horas por aqui. Obrigada Emma!

E: Obrigada você!

K: Me liga se precisar de qualquer coisa!

E: Ok!

Kathryn se afastou, Emma colocou a mãos na maçaneta e abriu a porta encontrando Regina sentada na cama.

R: O que você está fazendo aqui?

E: Aparentemente violando os termos da sua restrição – abriu os braços

R: Você não vai violar nada porque está indo embora agora mesmo!

E: Não vou a lugar nenhum porque vou te levar para casa.

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R: Eu posso ligar para outra pessoa! Alias não sei porque Kathryn não ligou para a minha irmã

E: Talvez porque ela saiba o quanto vocês se amam... – falou irônica

R: Emma!

E: O que foi agora?

R: Isso pode prejudicar você e eu não quero isso!

E: Então você quer que eu ganhe esse caso? – a morena apenas olhou para ela e não respondeu nada – Ok deixa isso pra lá, vem vamos embora!

Regina levantou devagar da cama, Emma foi ajudá-la e ela aceitou. Não demorou muito elas chegarem até o carro, Emma abriu a porta do carona para Regina, suas pastas e papeis estavam todos ali.

E: Só um minuto! – começou a pegar tudo e jogar para o banco de trás

R: Isso tudo é trabalho?

E: Não – Regina tentou lê-la, mas não conseguiu – E toda a papelada do advogado, eu estive lendo, sabe? Papeis do nosso casamento e todas essas coisas...

R: Ok, não precisa dizer mais, como já disse isso não vai ajudar o seu caso! – falou de um jeito agressivo.

E: Ei! Você não precisa ficar agressiva desse jeito! Era justamente por isso que eu estava lendo todos esses papeis, porque precisava achar algo para ajudar o meu caso! Eu não tava planejando te ver hoje, mas agora que estamos aqui eu preciso que me escute, por favor?

R: Tudo bem, desculpe.

E: Ok, como eu disse eu estava lendo os papeis e a primeira vista foi realmente frustrante, porque eu não achava que alguma coisa neles ajudaria o meu caso. Estava tudo tão justo e correto... E percebi que é porque foi escrito por duas pessoas que realmente se amavam... Duas pessoas que queriam proteger uma a outra, que queriam o melhor uma para a outra. E eu fiquei me perguntando onde será que essas duas pessoas foram parar? E sabe o que eu percebi?

R: O que?

E: Que eu não gosto dessa pessoa que estou me tornando agora. Não quero tratar você... A pessoa que escreveu isso, que assinou isso... – fez uma pausa

R: Era minha melhor amiga – completou abaixando a cabeça

E: Deveríamos ainda estar lidando com essa pessoa, não como completas estranhas, deveríamos nos tratar como fizemos nesses papeis.

Regina com os olhos tristes analisava Emma.

R: Eu tenho algo pra você! – chegou mais perto tirando um pedaço de papel da bolsa – Aqui, a primeira foto do nosso bebê! É sua! –Passou a pequena folha em branco e preto para Emma – Prometo que da próxima vez você vai comigo!

Emma admirava a foto do novo bebê e seus olhos marejaram depois olhou para Regina e por um lapso de segundo viu a feição da morena mudar.

E: O que foi? – se assustou – Está sentindo alguma coisa?

R: Quer sentir também? – pegou a mão de Emma colocando sobre sua barriga.

E: Oh isso foi um chute?

R: Foi – sorriu

E: Ele já está chutando! – sorriu – Agitado!

R: Ou ela...

E: É um menino!

R: Não sabemos ainda!

E: Eu sei! Posso sentir!

R: Você disse o mesmo quando estávamos esperando a Lucy e errou! – riu

E: Ah aquilo foi... – Regina arqueou as sobrancelhas – Oh ele fez de novo! – falou sorrindo e Regina deixou escapar uma leva gargalhada com a empolgação da loira.

Não souberam dizer por quanto tempo ficaram ali paradas, mas elas se permitiram estar ali naquele momento juntas, guardando na memória aquele momento inesquecível.