She is what?

Graham chegou à delegacia procurando por Emma, ela estava na sala de interrogatório com um suspeito, então ele pediu para o policial que estava esperando do lado de fora da Sala que avisasse a ela que ele queria falar com a Detetive, o policial assentiu, não se movendo do seu posto.

Quando a loira saiu da sala com a ficha do suspeito na mão o policial avisou a ela que o Detetive Humbert estava procurando-a, Emma agradeceu e foi atrás de Graham.

Achou ele no escritório particular, eles mal usavam esse lugar, apenas para conversas importantes, privadas, Emma olhou para os lados antes de colocar a mão na maçaneta e abrir a porta.

E: Ei Humbert o que está acontecendo? – jogou a pasta na mesa

G: Preciso falar com você! É serio!

E: Agora você está me assustando! Aconteceu alguma coisa com a Ruby?

G: Não! A Ruby está bem... – ele estava nervoso – Você falou com a Regina?

E: Não. Porque eu falaria com a Regina?

G: Nada... – recuou não sabendo ao certo o que falar – Só queria saber se vocês tinham se falado depois de ontem à noite.

E: Ela sabe...

G: Ela sabe o que?

E: Regina sabe, não é?

G: O que?

E: Que eu estou me envolvendo com a Anna... Ela sabe!

G: Bom ela deve saber que você tem saído com outras pessoas, mas esse lance da Anna acho que não.

E: A Regina sabe? Você falou com ela ontem, você comentou alguma coisa?

G: Não! Eu não falei nada... Ela não sabe!

E: Então porque você quer saber se eu falei com ela?

G: Nada, eu estava... Como eu disse só queria saber como estavam às coisas depois do encontro de ontem.

E: Tudo isso é tão estranho, ver ela de novo... Eu não quero que a Regina se magoe sabendo dos meus casos, sabe? Então se por acaso você encontrar com ela de novo, não fale nada!

G: Emma!

E: Não, eu sei que a gente não esta mais juntas, mas...

G: Regina está grávida! – disparou a queima roupa

E: Ela está o que? – a ficha não se mexeu

G: Regina está...

E: Grávida? – a ficha começou a cair

G: Eu acho que sim...

E: Como assim você acha? Espera um pouco! Porque você está me contando isso? – a ficha caiu acompanhada de um olhar totalmente dark

“Com licença – a porta se abriu revelando a figura da morena - Emma podemos...

E: Porque ele está me contando isso? – os olhos fuzilaram agora a morena

Regina arregalou os olhos não entendendo, seu olhar foi de Emma para Graham que estava parado ali como um paspalho com maior cara de infeliz.

R: O que?

G: Vou deixar vocês a sós para conversar –passou por Regina sussurrando – Desculpe.

A morena entrou na sala timidamente

R: Desculpa entrar assim, mas eu perguntei por você e o moço ali fora mandou eu entrar aqui, ele disse que...

E: Quando você ia me contar isso? – interrompeu – Quando você ia me contar que está grávida?

“Maldito Graham” Pensou a morena ao fechar os olhos.

R: Agora mesmo! – não gostou do tom que Emma estava usando com ela – Porque você acha que eu estou aqui?

E: Devo acreditar nisso?

R: Sim! Deus, não acredito que o Graham...

E: Que merda isso significa? Veio até aqui jogar na minha cara que conseguiu definitivamente seguir em frente?

R: O que? Emma, não!

E: Eu não acredito! Eu realmente não consigo acreditar! Eu achando que você estava quebrada, destruída...

R: Emma me deixa explicar!

E: E você não estava nada disso, muito pelo contrario estava animada demais...

R: Emma, por favor!

E: Toda aquela historia de que você estava morrendo... Pelo amor de Deus, tudo conversa fiada para me convencer a assinar a droga do divorcio! E eu pensando que você precisava um maldito tempo pra você!

R: Você não vai me deixar falar?

E: Enquanto a trouxa aqui sofria por você, você estava se divertindo com qualquer um fazendo sabe se lá o que, e acabou até grávida!Pelo amor de deus! E agora você vai ter um filho...

R: SEU! – interrompeu não agüentando mais – EU VOU TER UM FILHO SEU!

E: O que?

R: Isso mesmo que você ouviu! Esse bebê que está crescendo aqui dentro agora é seu tanto quanto a Lucy era!

E: O que diabos você está falando?

R: Eu fiz a inseminação! A que deveria ser o nosso segundo filho, eu fiz! Usamos o seu material que estava congelado no laboratório, achamos o mesmo doador de Lucy e a medica preparou todo o procedimento!

E: Como? Ela não precisava do meu consentimento ou algo assim para liberar... Isso é absurdo! O que você estava pensando? A quanto tempo você vem fazendo isso pelas minhas costas?

R: Eu não sabia se iria funcionar, eu... – lagrimas desceram pelo seu rosto – Eu realmente não achei que fosse.

E: Você está louca?

R: Não fale assim comigo!

E: Meu Deus eu não acredito que isso está acontecendo! – socou a mesa

R: Eu estava em contato com a nossa medica a oito meses, antes de você me encontrar no cemitério aquele dia... Eu vim algumas vezes a Boston para exames e coisas que ela pedia, mas eu voltava no mesmo dia normalmente, ou ficava na clinica... Ainda éramos casadas quando isso aconteceu, firmamos juntas os papeis da clinica lembra? Então o seu material era também meu... E como já tínhamos tido a Lucy e todos lá nos conheciam, a medica não achou nada estranho você dessa vez não poder me acompanhar nas consultas.

E: Você mentiu pra medica e você roubou os meus óvulos!

R: Não, não diga isso – choramingou

E: Isso foi exatamente o que você fez! NO QUE DIABOS VOCÊ ESTAVA PENSANDO?

R: EU NÃO ESTAVA! EU NÃO ESTAVA PENSANDO! Eu estava triste e me sentindo sozinha e sem ninguém e eu...

E: Você escolheu isso! Você escolheu estar sozinha e sem ninguém! Eu estava aqui e você me jogou para fora da sua vida! E de repente deu a vontade de ter outro bebê? E pior sem me consultar! Você nem sabia se eu estava de acordo, você nem sabia se eu queria outro filho, se eu estava preparada para isso! Você fez exatamente o que sempre faz, passar por cima das minhas vontades!

R: Eu precisava de um motivo, e ter um filho seu crescendo aqui dentro de mim é motivo suficiente para eu continuar vivendo – lagrimas banharam o seu rosto.

Regina chorava copiosamente, ela sabia que Emma estava totalmente certa, tinha sido um erro, o impulso, o ato não pensado iria custar caro. Nada do que ela dissesse agora iria adiantar, Emma a estava odiando e com toda razão, ela teria que agüentar isso agora.

E: Quando você soube? – quebrou o silencio – Esta de quanto tempo Regina?

R: Estou de 12 semanas

E: 12 semanas?

R: Eu estava vindo contar...

E: Quando você soube? Já sabia antes do divorcio? Sabia antes de assinarmos os papeis?

O celular de Regina começou a chamar, ela tirou do bolso do casaco vendo a foto do pai na tela.

E: Regina? – falou apertando os dentes

R: Sim, eu já suspeitava...

E: Por quê? Por que você faria isso? – marejou

O celular começou a chamar mais uma vez

R: Eu preciso... – fez um gesto para o celular

E: Não, você não precisa!

R: É o meu pai Emma! Ele nunca me liga, ele sempre espera que eu ligue! Se ele esta ligando é porque alguma coisa aconteceu!

E: ELE VAI LIGAR PARA A ZELENA OU CORA SE FOR MESMO ALGUMA COISA IMPORTANTE! VOCÊ NÃO VAI FUGIR DISSO AGORA!

R: Eu quero falar sobre isso Emma, eu quero sentar e falar com você sobre isso, eu juro! Sei que precisamos, por isso estou aqui, por isso vim até Boston, por você!

E: Não fuja de mim – a raiva estava palpável em cada palavra

R: Não posso agora Emma eu preciso atender a ligação do meu Pai! – saiu da sala batendo a porta deslizando o dedo na tela.

Emma a viu sair, respirou fundo cruzando os braços. Ela estava odiando Regina com todas as suas forças nesse momento. Regina tinha sido egoísta, imprudente e em nenhum momento dessa caminhada solitária dela, ela tinha pensado em Emma, era isso o que partia o coração da loira, era isso que fazia agora os seus olhos transbordarem...

[...]

G: Regina – o homem chegou perto dela na cafeteria – Me desculpe, mesmo! Eu achei que estava...

R: Não dou a mínima para o que você achou – levantou jogando o dinheiro na mesa saindo com suco na mão.

G: Olha, ontem quando eu ouvi o que a sua amiga falou eu... Eu vivi todo o sofrimento da Emma também, quando tudo aconteceu, eu só achei que a Emma deveria saber, em respeito a todo o amor que ela sentiu e sente por você... Ela não poderia saber por um estranho que ouviu uma conversa em um bar – Regina fuzilou Graham – Eu só quero dizer que se você está com alguém e se agora no caso você vai ter um filho desse alguém...

R: Desculpe, você estava lá? Você viveu aquilo? Não Graham, você não viveu aquilo, Emma e eu vivemos aquilo! Você não faz idéia do que nós passamos! Você era apenas um espectador! Nós vivemos aquele pesadelo! Não você! Não Ruby, não minhas amigas, nem minha família nem a da Emma, nós! Eu e ela!

Emma desceu até a cafeteria vendo Regina apontar o dedo na cara de Graham, conseguindo ouvir as ultimas palavras ao se aproximar.

G: Ok, você está certa... – tentou acalmar a morena que começou a ficar agitada e vermelha.

R: Não fale comigo! Não chegue perto de mim, não olhe para mim, ok?

G: Regina!

R: Vá para o inferno Graham!

E: Ok, já chega! Você volte a trabalhar! – apontou para Graham e depois para Regina – E você vem comigo!

Puxou a morena pelo braço porta a fora.

[...]

G: Merda! – jogou a cadeira longe

RL: Ei! O que está acontecendo?

G: Fiz algo ruim hoje quando estava tentando fazer algo bom eu acho...

RL: Me conte mais sobre isso! – sentou para ouvi-lo

G: Achei que estava sendo um bom amigo, achei que ela deveria saber, achei que ao menos ela merecesse ter a consideração de saber...

RL: Ela? O que você fez?

G: Contei a Emma que Regina está grávida!

RL: Você o que? Você nem ao menos sabe se a mulher está grávida seu idiota!

G: Ela esta! Conversei com Belle hoje e ela não negou, então decidi contar a Emma, só não esperava que Regina chegasse na mesma hora! E agora ela está furiosa comigo e provavelmente Emma também esteja...

RL: Ai Graham o que você esperava?

G: Ela deveria saber! Eu fiz a coisa certa, não é?

RL: Não coração você não fez a coisa certa!

G: Não poderia deixar a minha amiga passar por isso. Regina está esperando um filho de outro homem! E se ela depois quisesse voltar, e se Emma tivesse que criar a criança de outro homem! Seria muita humilhação depois de toda a tragédia!

RL: Elas tecnicamente já fizeram isso...

G: É diferente! Ruby isso não é hora para gracinhas! Estamos falando de uma criança aqui Ruby, o futuro dela pode ser uma total mentira!

RL: Graham não! Para com isso! Você não deveria ter falado nada! Regina contaria, ela faria isso!

G: E se fosse com a gente? Se nos separássemos, mas ainda existisse amor e em uma noite qualquer você engravidasse de outro cara, você não me contaria?

RL: Sim, claro que sim! Mas, EU iria querer te contar, não iria querer que você ouvisse de outra pessoa! – fez uma cara de compaixão inclinando a cabeça – Coração bem vindo ao clube! Você acabou de fazer uma merda tão grande quanto a que eu fiz quando falei pra Regina sair da vida da Emma...