Japanese Life

Beautiful Gift


Chegámos à casa dos meus avós, passada meia hora de viagem. Acho que não é assim tão longe… Na verdade, é o tempo que eu demorava a chegar à escola nos EUA, então estou habituado.

—Priminho! Estava tão ansiosa por te ver!- disse a Momo abraçando-me freneticamente, mas claro, sem me magoar.

—Olá, Momo!- disse-lhe sorrindo.

—Momo? Oh... Que priminho fofo que eu tenho! Ainda te lembras da minha alcunha?!- perguntou-me, ainda mais contente que à alguns segundos atrás.

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—Alcunha? Ah... Sim, lembro-me... Mas o teu nome não é mesmo Momo?- perguntei-lhe com uma cara um pouco espantada.

—Bem... Sim e não. Todos me chamam Momo e esse foi o nome que a minha mãe me deu, mas nos documentos, tenho o meu nome completo, sendo assim, Momo é considerado um apelido.- explicou-me a minha priminha para que eu entendesse.

—Agora venham e entrem. Não podem ficar à porta de casa! Temos que festejar a vossa chegada!- declarou animada.

—Claro, linda. Vamos já entrar. Vamos só buscar as nossas mochilas ao carro.- disse a Mamy, com um grande sorriso no rosto, como era habitual.

—Eu ajudo, Tia!- afirmou a Momo, ainda bastante alegre.

—Okay, então vão vocês buscá-las. E não se esqueçam de fechar o carro.- pediu a minha mãe, ainda sorridente, atirando as chaves para as minhas mãos.

—Vamos, Bunnyyyyy!- disse rindo a Momo.

—Eiii… Como sabes dessa alcunha?- perguntei um pouco indignado.

—Digamos que sou uma pessoa muito atenta...- respondeu-me piscando o olho e rindo da minha reação. Depois de tirar-mos as mochilas, fechámos o carro e entrámos.

Que se diga de passagem, a casa dos meus avós é lindíssima e muito luxuosa. Embora se pareça bastante com uma típica casa Japonesa, é imensa e magnífica. Tanto no exterior como no interior. Embora eu não me tenha espantado com o exterior ser tão decorado, adorei os detalhes feitos na madeira.

Atrás da casa há um jardim enorme e, devem pensar como é que sei, se acabei de chegar? Digamos que a minha imensa curiosidade e o meu instinto me disseram para cuscar tudo, logo que cheguei e mesmo tendo em conta a imensidão da casa, dava para ver tudo com facilidade (e sem propriamente invadir propriedade alheia). Acho que nem tempo para cumprimentar alguém tive... Por falar nisso, é melhor ir desculpar-me!

—Gomen né! - desculpei-me, curvando-me, tal como os Japoneses fazem quando necessitam desculpar-se por alguma coisa.

—Ei... Querido, não precisamos disso tudo... Sabemos que estás curioso. Podes espreitar por onde quiseres. Eu sei que aqui, isso não é habitual, mas podes fazê-lo. Depois conversamos sobre as questões de educação… - disse-me a minha avó docemente e com o seu enorme sorriso no rosto, tal como a minha mãe costuma sorrir.

—Desculpem mesmo!- disse-lhes aflito.

—Pelo menos falas-te Japonês… - disse a Mamy rindo.

—É verdade… - completou a Momo, achando graça à situação.

Depois amuei um pouco, mas passou-me logo que me lembrei da prenda que tinha para lhes oferecer.

—Esperem um pouco, por favor. Tenho um surpresa para vocês...- pedi, recebendo um aceno como resposta.

Depois fui perguntar à Mamy onde estava a prenda, pois a meio do caminho para a ir buscar, lembrei-me que não sabia onde a tinha deixado.

—Está na minha mala.- disse-me, sussurrando o mais baixo possível.

—Arigatou, Mamy.- agradeci-lhe.

Nota mental: Quando estou muito nervoso, começo a falar em Japonês. Na verdade, isso até é bom… Quer dizer, na escola e em outros lugares terei que falar Japonês, então a melhor forma de aprender a não ficar nervoso é respondendo com pequenas frases e expressões que eu já conheço desde pequeno.

—Aqui está!- declarei, entregando o meu presente.

—Arigatou, Bryan!— disse a minha avó, que me pareceu muito entusiasmada por abrir o embrulho que eu fiz à última da hora, quando acordei.

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—Arigatou.- disse por fim o meu avô, muito calmamente.

Depois eles abriram o embrulho e agradeceram-me pedindo-me um enorme e caloroso abraço.

—Que bonita, Bryan. É perfeita... e muito mais especial, por seres tu a oferecê-la.

—Parece mesmo com as flores de Sakura das árvores que eu planto. É muito detalhada e parece mesmo um pequeno tesouro especialmente criado para tu o encontrares...- disse o avô, que me pareceu muito animado, embora não o demonstrasse.

Que profundo e bonito, o que eles disseram. Mas, eu bem relatei que são bem amorosos comigo. Adoro-os muito mesmo.

...