Don't Wanna Know

Capítulo 11: Sugar


Já havíamos cumprimentado a todos e todos estavam se servindo quando eu decidi fazer o mesmo. Tasha havia ido para algum lugar com Kurt. Eu estava com Jane e Patterson estava ao lado dela. Elas estavam comendo juntamente comigo na mesa e me olhando desconfiadas.

— Aconteceu algo? — Perguntou Patterson sem rodeios.

— Algo? — Perguntei.

— Ah, vamos lá. Você e Tasha. Sei que sua irmã pode não te pressionar agora porque é o casamento dela, mas eu vou. Aconteceu algo com vocês?

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Comecei a rir sadicamente pras duas. Descansei um dos talheres que estava em minhas mãos na mesa. Eu sabia que o que quer que fosse o que aconteceu nesses últimos dias era algo novo pra nós dois. E por ser novo, sabia que não devia compartilhar. Na verdade eu havia chegado a essa conclusão depois da pergunta.

Era algo novo e desconhecido para mim e eu sabia que teria que caminhar e conhecer um pouco mais sobre essa nova relação entre mim e Tasha antes de compartilhar com quem fosse. Fosse com a melhor amiga dela ou mesmo com minha irmã.

— Nada grave. — Eu disse bem sério. — Eu fui deixar Aubree e ela veio junto conosco e depois conversamos algumas banalidades.

— Banalidades. — Repetiu Jane rindo. — Vocês dançando também foi alguma banalidade?

— Não. Estava apenas dançando com minha colega de trabalho, assim como dancei com a irmã do Weller.

As duas riram.

— Vocês realmente combinam. — Patterson concluiu. — Até na hora de fugir do assunto vocês são iguais.

— O que é tão engraçado? — Perguntou Sarah sentando ao lado de Patterson e ao lado dela Reade.

— O senhor Kruger apenas não quer nos assumir se algo está acontecendo entre ele e Tasha ou não. — Patterson disse com humor.

— Era mais do que felicidade quando eu deixei de dançar com você pra ir dançar com Reade e ela foi em sua direção. — Sarah disse me olhando e todas riram.

Reade me olhou com diversão.

— Você sabe que elas não vão deixar você em paz com isso até você falar algo satisfatório, não é? — Ele perguntou.

Eu acenei com a cabeça. Era óbvio que eu estava um tanto vermelho.

— Boa sorte com isso. — Ele disse e eu ri.

— Boa sorte com o que? — Weller perguntou chegando na mesa com Tasha.

Meus olhos foram direto nela. Ela parecia estar ainda mais feliz.

— Aquelas coisas. — Disse Jane sacudindo a cabeça pra mim e pra Tasha.

Ele começou a rir e sentou entre mim e minha irmã. Tasha sentou ao meu lado. Todos ficaram nos olhando.

— O que foi? — Ela perguntou vendo os olhares. — Estou quase me sentindo em julgamento com todos olhando assim pra mim.

Todos riram.

— Nada. — Disse Sarah com humor. — Não tem nada acontecendo no qual estamos curiosos para descobrir. — Ela finalizou e Tasha também ficou vermelha.

— Se descobrirem me contem. — Tasha disse tentando contornar a situação.

Todos voltaram a rir.

Reade e Sarah começaram a comer. Patterson, Jane e Tasha voltaram a beber. Eu a olhei e ela acenou com a cabeça que não. Ela já sabia que eu estava preocupado sobre ela tomar alguma bebida alcoolica ou não.

— Você ta parecendo o Reade me regulando como se fosse meu pai. — Ela disse fingindo estar ofendida.

Eu a olhei com cinismo.

— Eu não disse nada. — Respondi e ela bateu no meu ombro.

Aparentemente éramos a diversão da mesa pois todos riram novamente.

Eu ainda não tinha terminado de comer pois estava conversando por mensagem com a assistente social da Aubree pra saber como ela estava.

— Ei Jane. Nós temos que te mostrar algo que trouxemos pra você. Eu e Patterson. — Ela disse com seu humor ácido que todos sabíamos que ela usava quando estava aprontando algo.

— Ai meu Deus, o que está acontecendo? — Minha irmã perguntou com humor.

— Vamos. Vamos. Vamos. — Disse Patterson puxando-a. — E você também, Sarah. Hora do assunto das garotas. — Ela disse e todas elas se levantaram e foram com muita animação pro outro lado do salão.

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Reade nos pediu licença e ficamos eu e Kurt.

Ele me observou até começar a falar.

— Eu vi. — Ele disse e eu virei minha atenção pra ele. — Você e Tasha dando um beijo rápido na pista de dança, mas ninguém mais viu.

Ri de um meio desajeitado. Eu não queria compartilhar esse segredo com ninguém, e era estranho saber que eu compartilhava com Kurt embora ele fosse como um irmão pra mim.

— Não fazem muitos dias que tudo começou. — Eu disse bem direto.

— Eu não vou contar pra Jane e sei que ela me mataria se soubesse que estou te dizendo isso, mas não conte pra ninguém agora. — Eu o olhei pensativo e ele continuou. — É o melhor que vocês podem fazer por vocês caso vocês queiram algo. Eu e sua irmã nos beijamos algumas vezes e então nossa relação desmoronou. Se eles soubessem de tudo, teria sido mais difícil reerguer no nosso relacionamento porque envolveria mais gente. Era algo só nosso e quando nós resolvemos foi que compartilhamos com todos vocês. As coisas foram melhores assim pra nós e acho que pode ser pra vocês também. Sei que Tasha também vai compartilhar desse pensamento e quando você estiver pronto pra contar a todos ela também estará.

— Obrigado. — Eu disse sorrindo pra ele e ele sorriu de volta, colocando a mão no meu ombro.

— Você é irmão da Jane, Roman, então você também é meu irmão.

— Eu sei disso. Bem vindo a nossa nada convencional família. — Eu respondi com humor e ele riu e continuei. — Você foi uma das poucas pessoas que acreditou em mim além de minha irmã e eu sei que não foi só por eu ser irmão dela, mas pela sua intuição e eu sou muito grato pela segunda chance que vocês me deram.

— Nós só demos a chance, Roman. Quem refez sua vida foi você. A única coisa que falamos foi você prezar ela e você tem feito isso bem. Sua irmã está mais feliz e muito mais em paz agora que você está do nosso lado e se tornou quem você se tornou por uma decisão própria.

— Eu me tornei quem eu sou graças a vocês. — Eu finalizei.

— Agora você tem uma vida pela frente pra ser ainda mais feliz, e tenho certeza que você será. Se isso for ao lado da Tasha e com Aubree, então você é um sortudo.

Eu sempre ficava sem jeito quando tinha essas conversas com Kurt.

— Eu já posso me considerar sortudo. E não por elas, mas por ter minha irmã na minha vida e por saber que é você quem vai cuidar dela.

— Farei isso bem. — Ele completou e se levantou quando algum de seus colegas do FBI apareceu com a esposa e o chamou.

Me distraí no bar enquanto observava as pessoas na festa dançando até que Jane apareceu de mãos dadas com Tasha, Sarah e Patterson. Todas elas dançavam animadamente. Eu adorava assistir a amizade delas. Kurt logo apareceu e ele e minha irmã sumiram, mas todos continuaram dançando.

Era enlouquecedor assistir o corpo de Tasha se movimentar. Suas curvas eram tão bem torneadas e seu sorriso balançando com sua cor e seu tato me enlouqueciam até mesmo de longe. Ela logo me pegou observando-a e acenou que eu fosse para junto delas, mas eu não era muito familiarizado com pistas de dança. Me virei pro bar pra pedir uma bebida e logo senti um par de mãos femininas no qual uma das duas mão segurava uma taça me agarrando pela cintura.

— Não se recusa um pedido de dança de uma dama, Senhor Roman. — Ela disse no pé do meu ouvido, o que me fez arrepiar e eu ri pela situação.

Era tão perigoso e excitante quanto brincar com fogo.

— Oh, dama, eu não sei dançar. — Eu disse com humor e ela sorriu, encostando-se ao meu lado.

— Eu tenho uma notícia boa e ruim pra você. — Ela disse me olhando.

— Creio que eu queira começar com a ruim. — Respondi.

— Eu não vou pro orfanato essa semana… — Ela disse séria, mas depois sorriu. — mas porque Kurt pediu que eu ficasse no lugar dele enquanto ele e Jane viajam.

— Sério? — Eu disse incrédulo, mas também feliz e a abracei. — Parabéns.

— Obrigada. — Ela respondeu e me roubou mais um beijo já que ninguém além do barman estava nos vendo dali. — Significa muito pra mim saber que eles ainda confiam em mim depois de tudo que aconteceu.

— Você não estava dançando com eles?

— Eles já foram. — Ela respondeu.

— Pra viagem? — Perguntei franzindo a sobrancelha.

— Sim. — Ela respondeu e continuou. — Eles foram pra Grécia. Imagina esses dois genes se misturando na terra dos deuses. Você terá um sobrinho ou uma sobrinha semideus daqui uns meses. — Ela finalizou rindo dela mesma.

Não tinha como não rir junto daquele sorriso.

— Eles nem falaram nada. — Disse confuso.

— E nem iam falar né? Casais sempre vão pra lua de mel como fugitivos.

— Confuso continuar uma festa sem os donos dela… — Eu disse e a olhei. — Mas a parte de sair como fugitivos parece ser interessante.

Ela riu e bebeu a taça de champagne que havia na mão dela, até que se reencostou em mim, colocando sua outra mão no meu rosto e passando pelo meu pescoço.

Ela me olhou no olho. Seu rosto estava tão perto do meu que eu podia sentir sua respiração sob a minha. Ela me olhou com firmeza. Ela claramente estava querendo me matar de desejo. Seu apaixonante e delirante sorriso saiu de seus lábios, o que também me fez sorrir.

— Você acha? — Ela perguntou e mordeu seus lábios inferiores.

Foi a minha vez de roubar um rápido beijo de seus irresistíveis lábios.

— Creio que você tem alguma ideia em mente sobre isso, mas acho. — Eu completei e ela colocou seu copo em cima da bancada do bar.

— A gente pode fazer a mesma coisa. — Ela disse e puxou minhas mãos. — Eu estava mesmo querendo acabar essa festa do melhor modo possível.

— Ou a gente pode apenas começar a nossa.

— Com certeza será um modo melhor de terminar do que eu pensei.

Demos as mãos saímos da festa, perdido entre os demais, mas totalmente cientes do que queríamos agora.