TRÊS ANOS DEPOIS

- Draco? – Kassandra pediu na porta da minha sala, eu estava em reunião, mas ela nem ligou

Fechei a porta atrás de mim.

- O que foi?

- Preciso falar com você! – ela estava séria – Podemos ir para minha sala?

- OK, mas rápido!

Entrei na sala com ela e tentei abraçá-la, mas ela se esquivou. Desde quando a pedira em casamento, Kassandra nunca mais agira como agora.

- O que está acontecendo? – pedi preocupado

Ela se encostou na janela olhando a rua movimentada e sem olhar para mim, respondeu sem hesitar.

- Eu conheci outra pessoa! E amo intensamente! – ela falou voltando a me olhar

- O que? – pedi indignado

- Foi isso que ouviu!

- Mas eu ia pedir para marcarmos... eu...

Ela balançou a cabeça silenciosamente, pegou a bolsa e saiu da sala.

- Eu o conheço? – pedi por fim, mas ela não respondeu

Tentei voltar a reunião, mas não consegui mais me concentrar. Quando estava saindo da sala junto com os outros inomináveis, Brendon me abordou.

Nós dois voltamos a ser amigos quando Brendon confessou que era apaixonado por Lilá Brown e acabou por se casar com ela.

- Kassandra mandou eu lhe entregar isso! – ele falou passando uma sacola para mim

- Então é você? – pedi enfurecido partindo para cima do meu amigo, todos os outros voltaram à sala

- Calma, cara! Leia o que ela mandou primeiro! – Brendon falou se afastando

Abri o cartão, saiu um perfume inconfundível dele, o perfume que eu lhe dera.

“Nem eu o conheço ainda!”

Estranhei o bilhete, ela havia respondido minha última pergunta, mas não conhecia a pessoa também. Voltei a sacola e retirei um pequeno embrulho e um envelope branco com o emblema do St. Mungus. Optei por abrir o pacote e retirei um pequeno sapatinho branco.

Olhei para Brendon inquisitivo. Meu amigo nada demonstrava. Abri o envelope e vi um enorme “positivo” no papel. Sorri.

- Ela falou que lhe espera em casa! – Brandon falou sorrindo – Na casa que vocês montaram!

***

Entrei em casa e me deparei com a mesa cheia de sanduíches e sucos, olhei o relógio, eram três e meia da tarde. Sorri ao vê-la deitada no tapete felpudo branco na sala de estar.

Fui até ela e me sentei ao seu lado.

- Você me assustou! – eu disse sem olhá-la

- Era esse o efeito que pretendia causar! – ela sorriu

Deitei sobre ela, encostando meu ouvido na barriga dela. Ela começou a acariciar os meus cabelos.

- Já dá para sentir que tem um pequenino aí dentro! – falei sorrindo

- Eu sei, sinto mais que você! Consegue ouvi-lo?

- Não, mas eu o sinto!

Ela sorriu.

- Sabe, o que eu comecei a dizer lá na sua sala... era para marcarmos a data do casamento!

- Eu acho ótimo!

***