Athena

Capítulo I - Amigos? (Fase 1)


Athena


Eu estava fazendo a lição de casa em meu quarto. Meus pais haviam saído para resolver alguns assuntos no conselho da erudição. Escutei o barulho de movimento na minha casa. Não me importei deve ser meus pais. Escuto passos firmes na escada e alguém bate três vezes na minha porta. Deixei meu dever de casa de lado e fui abrir a porta. Fiquei surpresa ao ver minha vizinha Cora Garnier.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Olá pequena Athena! - Cumprimentou nervosa.

— Olá senhorita Cora! - Disse respeitosamente.


— Me chame só de tia Cora! - Disse gentilmente.


Eu franzi o cenho. Não era do costume dos eruditas querem ser chamados de tios,eles gostavam mais do termo senhor e senhora.

— Tudo bem,tia Cora! - Fala achando tudo muito estranho.


— Athena eu tenho uma noticia ruim para te dar... - Disse hesitante. - Sua mãe e seu pai foram atacados por um grupo de sem-facções e infelizmente eles faleceram. - Informou triste.


Eu a fitei sem reação. Minha boca fechou e abriu algumas vezes,mas nada saia. Eu somente assenti com a cabeça e fechei a porta do quarto. Me joguei em minha cama e desabei. Chorei copiosamente,até meus olhos ficarem inchados de tanto chorar. Apesar, dos outros dizerem que os membros da erudição são frio em relação a família,isso não se aplicava a mim e meus pais. Meu pai Edgard era um pouco distante mas sempre me dava carinho e atenção quando podia e minha mãe era a pessoa mais carinhosa e amorosa que eu conhecia. Saber que jamais os veria era doloroso demais.


No dia seguinte foi o dia do enterro. Eu me sentia tão sozinha e triste. Eu sabia que eu ficaria com alguém da minha família e isso me deixou nervosa por que sabia com quem eu iria ficar. Eu observava a urna de meus pais.Suas cinzas estavam juntas eu pedi que fosse assim. Eles ficariam juntos para sempre.

Eu estava tão distraída que levei um pequeno susto ao sentir uma mão pousa delicadamente sobre meu ombro. Eu olhei para a dona da mão e era minha tia por parte de mãe. Jeanine Matthews. Ela tinha seus olhos verdes postos sobre mim.


— Pronta para conhecer sua nova casa? - Perguntou-me sorrindo minimamente.


—Sim. –Concordo

00000oooo0000ooo0000

Cinco anos depois...

Eu estava na escola. Eu respondia resolvia um equação complicada no quadro e a turma fazia o mesmo que eu só que no caderno. Eu terminei antes da turma e me virei para o professor.


— Acabei! - Digo inflando meu peito de orgulho.


O professor que também era da erudição sorriu orgulhoso e olhou para o resto da turma com decepção.


— Acabou o tempo! - Disse e os demais aluno o olharam frustados. - Pode se sentar Athena! - Disse sorrindo novamente.

Caminhei novamente para minha carteira e me sentei com cuidado para não amarrotar minha camisa polo. Naquele dia eu usava uma simples saia tubinho azul marinho e uma blusa polo da mesma cor. Meu cabelos loiros estavam presos em um coque algo e duas mechas estavam soltas e enroladas, uma de cada lado de minha cabeça. O medalhão de minha mãe repousava como sempre em meu pescoço.

Minha tia sempre me disse para me arrumar bem e com elegância. Ela dizia que era vantajoso ser inteligente e estar sempre bem vestida. Era como um lembrete de que a erudição era a facção mais promissora.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Eu estava copiando meu calculo quando a porta se abre e minha tia entra com um garoto da erudição. Ela chamou meu professor e disse algo em voz baixa e olhou rapidamente para o garoto. Meu professor concordou com alguma coisa e o rapaz entrou.

Ele era loiro e tinha um porte físico diferente da maioria dos garotos da audácia.Ele parecia um armário. Ele se senta atrás de mim. Voltei a me concentrar nos meus afazeres.


0000ooo0000ooo0000ooo0000

A aula havia acabado e eu estava na cantina com algumas amigas. Louise Garcia da amizade e Veronica da erudição. Nós conversamos sobre os sem-facções e sobre as provas,quando minhas amigas olham para algo atrás de mim. Não era algo e sim alguém. Era o garoto que estava com minha tia.


— Você é a Athena? - Perguntou e eu assenti. - Sua tia disse para nós irmos juntos no carro dela. – Ele disse e pôs as mãos no bolso da calça.


— Tudo bem . - Respondo surpresa. - Meninas eu já vou! Tchau! - Digo e aceno para as mesma que acenam de volta.


Eu caminho ao lado do garoto em direção a saída. Foi ai que eu percebi que nem havia perguntado seu nome.


— Qual é o seu nome? - Pergunto.


— Eric Coulter. - Disse distante.

- Bem, o meu você já sabe. – Digo dando de ombros. - Qual sua relação com minha tia? - Perguntei curiosa.


— Ela é minha mentora! - Respondeu evitando me olhar.


Eu andei mais de pressa e parei a sua frente.Praticamente o obrigando a me olhar.

Eric


Pela primeira vez durante o dia, eu finalmente encarei Athena. Ela tinha cabelos loiros e quando o sol batiam os mesmo ficavam dourados. Athena tinha belos olhos verdes e eram parecidos com o de Jeanine. A única e principal diferença era que Athena tinha um brilho divertido nos olhos e Jeanine tinha os olhos sem nenhum brilho. Athena então sorriu para mim e cheguei a conclusão que era o mais bonito que já vi.


— Então,você é o garoto problema que minha tia me contou ontem. - Disse com divertimento.


— Sim... – Respondi sem saber o que responder. Ela riu.


—Esperava um pouco mais. –Disse saindo da minha frente e voltando a caminhar ao meu lado.


Fiquei levemente curioso com seu último comentário. Eu a olhei e a mesma parecia não estar mais se importando com a minha presença.


— Você era exatamente como eu esperava. –Comentei. – A sobrinha perfeita de Jeanie. - Digo e isso pareceu incomoda-lá.

— Olha o carro chegou! - Ela apontou .


O carro de Jeanine parou a nossa frente. Contudo,era seu motorista que dirigia e não ela. Nós dois entramos e ele deu partida. O caminho foi em um silêncio desconfortável . Athena não dirigiu mais a palavra a mim e eu não falei nada.

Quando chegamos no complexo da erudição,antes de sair do carro,eu me virei para ela.


— Desculpe por ter dito aquilo. - Falo arrependido. - Eu não sei da onde vem esse gênio difícil que eu tenho e as vezes acabo fazendo ou falando besteira. – Justifico.


— Tudo bem,eu perdoo você. - Ela sorri verdadeiramente. - Amigos? - Ela perguntou.

— Amigos! - Eu respondi sorrindo de volta.


— Nos vemos amanhã. - Ela diz e eu saio do carro.


— Sim,nos vemos amanhã . –Confirmei e ela acenou para mim.


Demorei alguns minutos parado ali na calçada quando percebi que ela já havia partido e entrei em casa.