Momentos da Vida (Wolverine e Ohana)

Apenas um simples passeio - parte III


texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

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Capítulo 7 – Apenas um simples passeio – Parte III

A viagem corre tranquila, eles ficariam dentro do veículo por, mais ou menos, 8 horas! Passaram por paisagens maravilhosas: árvores genuinamente antiquíssimas; riachos de água cristalina; montanhas que pareciam mover-se com os raios do sol; animais de várias espécies que corriam assustados ao ouvir o motor; insetos em grande quantidade, enfim, um cenário digno do melhor documentário!

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Ohana estava extasiada! Ela jamais estivera tão longe da cidade! Naquelas montanhas, o ar tinha cheiro de pinho e entrava úmido e limpo pelas narinas, causando um bem-estar imediato ao corpo!

Ohana: Acho que eu não vou mais querer voltar, Logan... – ela comenta, com os olhos grudados na janela.

Mesmo estando dentro do carro, a sensação de liberdade era nítida!

Ele sorri. Aquela guria era a pessoa perfeita pra ele; gostava das mesmas coisas, não tinha frescura e encarava as mais esdrúxulas aventuras, sem nem mesmo pestanejar!

Está certo, ela tinha tido suas dúvidas, mesmo assim, topou a aventura.

Ela sentia-se como ele, sempre que vinha para aquele imenso país: livre!

Ali, distante da civilização, as regras que contam não são as do homem, mas as da Natureza. Pode parecer, à primeira vista, cruel e seca; mas essas leis são, para um bom observador, justas e precisas. Cada qual é chamado a fazer sua parte nesse imenso "mecanismo vivo", os que não têm mais condições de fazer sua parte são absorvidos, em prol de outro que consiga e, desse modo, ela nunca para! Renova-se sempre!

Foi nesse ambiente que Logan passou a maior parte de sua vida e, mesmo não tendo total lembrança disso, quando entra na floresta, sente-se bem-vindo, como se ela lhe estendesse os braços e saudasse o filho pródigo...

O canadense respira fundo, franze a testa, respira de novo e relaxa. Ele não acredita que seu olfato esteja ficando com problemas, mas não há razão para alardes.

A ruiva começa a ficar inquieta no banco, já se passaram quase sete horas e ela percebe a diferença de temperatura assim que a leve túnica da noite começa a cair. O ar fica bem mais úmido e outros animais começam a aparecer, enquanto os diurnos começam a se esconder. Logan nota que terão de acampar pela estrada, já que não chegaram ao ponto onde ele queria naquele dia.

Wolvie: A gente vai dar uma parada, guria, eu quero checar pra ver se é possível acamparmos aqui...

Ohana: Ufa! Até que enfim vou sair dessa caminhonete!

Logan sorri. Dessa vez, ela não tinha reclamado nada até esse momento. Cumprira sua promessa mesmo! Ficaram conversando, jogando conversa fora, ele mostrava para ela o que conhecia e ela dizia sobre as coisas que tinha ouvido no Discovery Channel. Tudo era novidade e Ohana estava ávida pelo conhecimento!

Param na beira da estrada e Logan pega uma lanterna no fundo do trailer, iluminando a floresta na frente deles. Era uma imensa floresta de pinhos e, por isso, não existia capim ou mato muito alto, a proximidade das árvores fazia com que a sombra fosse demais para qualquer mato crescer.

Uns três metros saindo da estrada e uma pequena clareira, decorrente da queda de uma daquelas imensas árvores pode ser vista.

Wolvie: É aqui mesmo que a gente vai passar a noite, ruiva. – comenta, passando a lanterna para a mão dela e fazendo sinal para que ela esperasse.

Ela ilumina tudo ao redor, apesar do ruído dos animais noturnos, um certo silêncio reinava ali; era possível ouvir os animais, porém mais longe, como se evitassem ir para aquele lugar ou estivessem fugindo de algo. Um frio lhe corre a espinha, fazendo-a iluminar na direção do trailer.

Logan vinha vindo, carregando uma bolsa uma vez e meia maior do que ele. Não que isso fosse muito grande, mas a cena tornava-se interessante. Com isso, aquela sensação de arrepio passa e Ohana corre até ele, retirando aquele peso todo com sua telecinesia e perguntando serenamente:

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Ohana: Onde quer que eu ponha?

Wolvie: Pô, gata! Assim não tem graça eu tentar te impressionar com meus músculos...

Ele comenta, rindo de sua própria ousadia e ficando um tanto pensativo sobre desde quando tem essas "liberdades".

Wolvie: Pode colocar bem no centro da clareira. Aproveita e aciona aquele pino vermelho com sua telecinesia também. Mas fica longe, hein?

Ohana faz o que ele pede e acontece o mesmo que com a pequena barraca no quarto de motel. Ela infla como por encanto, fazendo aparecer uma barraca, no mínimo, quatro vezes maior do que a anterior. Era enorme e tinha uma cobertura bem diferente. Ao que parecia, era algum tipo de isolante. Logan se aproxima e aperta um botão, num display sofisticadíssimo que tinha do lado de fora, de cristal líquido: AQUECER 23ºC

Wolvie: Isso deve dar, né? Ao menos, a gente não fica tostando lá dentro também...

Ohana: Mas... Isso é incrível! Onde vocês conseguem essas coisas?! Eu nunca tinha visto...

Wolvie: Não acredito que tenham muitas pra se ver mesmo. Essa é única, gata! Feita sob encomenda pra mim, por um amigo.

A ruiva olha para ele com cara de "UAU" e questiona:

Ohana: Bom, e quando a gente vai poder entrar?

Wolvie: Agora, oras! Tá esperando o quê? Um tapete vermelho?

Ele arremata, dando uma encostada de leve nas costas dela e fazendo sinal com a mão para ela entrar.

Bem poderia ter um tapete vermelho, mas resolve guardar o comentário para si. Quando dá o primeiro passo, Logan joga-a no chão:

Wolvie: Se abaixa!

Ejeta as garras, funga pra lá, funga para cá.

Ohana: Mas o que*

Wolvie: Shi! Ele tá aqui!

Ohana: Ele quem? – ela sussurra. Ficando agachada ao lado dele.

É então que detrás de uma árvore, aparece um cara de deveria ser, no mínimo, o dobro de Logan, fosse de altura quanto de musculatura, todos os pelos loiros.

Dentes: Só agora sentiu meu cheiro, filhote? ‘Tô te seguindo há dias! – e dá uma risada estridente.

Wolvie: Não sô tua cria, Creed! Por isso, nada de intimidades!

Dentes: Hu! Deixei a mocinha nervosa? – e dando uma boa olhada em Ohana – Não vai me apresentar a mais nova putinh@? – terminando por passar a língua nos dentes.

Ohana estremece, novamente, o mesmo frio percorre sua espinha e ela percebe um quê de ensandecido no olhar daquele homem, a quem ela já tinha encontrado, porém junto com todos os outros X-Men.

Logan nem ao menos responde, vai urrando na direção dele, sentindo a adrenalina que tanto estava se esforçando por não sentir. Cada veia, cada músculo seu, se fosse capaz de falar, diria: "Ah! Como isso é bom!"

Dentes-de-Sabre dá um baita murro no estômago do baixinho e não tira do rosto o sorriso estranho.

Wolverine sente o baque, mas em compensação, consegue enfiar suas garras numa das coxas dele.

Ao ver o soco que Logan leva, Ohana levanta e dá um gritinho assustado, levando as mãos à boca. Isso faz com que Dentes nem mesmo sinta as garras de Logan na coxa e, dando um empurrão com toda a força no canadense o projeta contra uma das árvores opostas à barraca, onde ele bate a cabeça e fica caído, como que desmaiado.

O impulso da ruiva era ir até onde ele estava, mas para isso, teria que passar pelo Creed. E não precisaria se preocupar muito com isso, porque este corria como doido na direção dela!

Fazendo uma parede telecinética, ela tenta pará-lo, mas a força que ele tinha e fazia contra, era maior do que tudo o que ela havia enfrentado até agora! Fazendo força, Ohana tentava detê-lo, mas ele era muito mais forte do que ela!

Dentes: Ah! Então é esse teu poderzinho xumbrega?! Eu acho que já tem outra ruiva na mansão com um desse, não? – ele ri, diante do olhar de desespero que aparecia no rosto lívido dela – Aliás, parece que o baixinho tem tara por ruivas... Mas eu vô dá um jeito nisso! GGRrrrrr!

Agindo enquanto ameaçava, Dentes-de-Sabre deixou as mãos em posição de estraçalhar. Se Ohana fraquejasse, ele cairia em cima dela e a mataria, com certeza! Pois, a força que fazia para se libertar da parede invisível agiria como um acelerador de todos os seus próximos movimentos! Ela se ajoelha, totalmente extenuada:

Ohana: Ah! Como o poder do Kurt seria bom numa hora dessas.... – ela pensa rapidamente, enquanto fala: Ao menos, eu tenho um poder! O que você faz? Baba?! Além do mais, não sou burra o suficiente pra esquecer dos outros atacantes durante um combate!

Disse isso, com um sorriso cínico nos lábios. Era realmente o que ela pensava: "bonitinho, forte e burro". Quando se dá conta do que a ruiva fala, vira-se para onde Logan deveria estar e o encontra com cara de muita raiva, ao seu lado! O canadense dá várias arranhadas em Creed, enfia as garras no seu peito e, pra terminar, um soco com toda a sua força na cara dele.

Dentes desmaia, mas Logan sabia que era por pouco tempo...

Olhando para Ohana, ele diz:

Wolvie: Preciso de ti pra mais uma coisa, consegue andar?

A ruiva maneia a cabeça positivamente, enquanto limpa um filete de sangue que saía de sua narina. Se ele precisava que ela andasse, andaria; se precisasse que ela falasse, falaria; só rezava para que ele não quisesse os dois ao mesmo tempo...

O baixinho pega Creed e o joga no ombro, pedindo para que a ruiva o seguisse. Ela apoia as mãos nos joelhos, levanta com dificuldade e os três adentram um pouco mais a mata. Ao que parece, Logan sabia onde estava indo, pois parecia se guiar pelo cheiro e pelo som. Depois de uns dez minutos caminhando, Ohana pôde ouvir um barulho de água e, logo à frente deles, um penhasco apareceu!

Jogando Dentes no chão, sem a menor cerimônia, Logan vai até perto do grande paredão, onde abaixo corria um vultoso rio e pega alguns cipós muito compridos.

Creed começa a se mover, assim que ele volta e, só pra não perder o costume, Wolverine dá outro soco nele, enquanto o amarrava com os cipós, dando nós que Ohana jamais tinha visto:

Wolvie: Gata, preciso que você o prenda no paredão, com a sua telecinesia, tá?

Ohana: O... QUÊ?...

Wolvie: Relaxa! Ele não vai morrer. Tem fator de cura, assim como eu... Isso vai manter ele longe por um tempo, só isso.

Nisso, Creed acorda, mas permanece com os olhos fechados.

Ohana: Mesmo assim... Ele está ferido, pode ser que*

Dentes: Ah! Que meigo! Ela tá preocupadinha comigo?... Sabia que tinha rolado um clima. Cuidado, Logan, eu posso roubá-la de você.

Wolvie: Se eu tivesse no teu lugar, não cantava de galo...

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Dentes: O que vão fazer? Me “deixá” amarrado aqui? ‘Cê sabe que em alguns minutos eu me solto e*

Wolvie: Não com esses nós que eu dei, xará!

Ohana olha mais uma vez para Logan, como que tentando ter certeza do que iriam fazer. Ele acena com a cabeça e, concentrando-se como nunca havia feito, a ruiva inicia a levantar aquele loiro gigante. Ele era incrivelmente pesado e fazia gracejos enquanto era erguido, sempre com conotações baixas e sexuais... Contudo, todo o discurso mudou quando viu que estava sobre o rio! Nesse momento, até falsos pedidos de desculpas saíram da boca dele:

Ohana: Ora... Não quer mais sair comigo? Como se eu quisesse um cara tão estúpido como você!

Wolvie: Relaxa, a gente não vai te matar. Só te manter ocupado...

Olhando pra cima ele solta:

Dentes: Ah! Enquanto ‘cês se ocupam um do outro, né? Eu atrapalhei os pombinhos, foi? – e começa a esbravejar, quando se sente preso a uma rocha e pendurado no paredão – NÃO ADIANTA FUGIR, LOGAN! ‘CÊ É UM ANIMAL, ASSIM COMO EU! NUNCA VAI TER UMA FAMÍLIA NORMAL! NEM MULHER, NEM FILHOS!

Eles não ficam lá para ouvir o restando do discurso, Ohana nota que aquelas palavras haviam machucado o carcaju mais do que qualquer soco que Creed tenha lhe dado... Ela corre e para na frente dele, levanta seu rosto com a mão:

Ohana: Quer dizer, que no final, ele venceu? Conseguiu colocar minhocas na sua cabeça?

Wolvie: Do que ‘cê tá falando? Eu ‘tô legal!...

Ohana: Eu sei quando você está legal, Logan. E percebo que agora, não é um desses momentos... O que você acha? Que não pode mesmo ter uma família; filhos?

Wolvie: Não é isso, Ohana – sua voz havia ficado grave, mais do que de costume -, é o que eu sempre te digo. A vida não é fácil pra nós... E eu não quero colocar um filho nesse mundo, ruiva...

Ela coloca as mãos no tórax dele, fazendo-o parar a caminhada de volta:

Ohana: Sabe que eu não acredito nessa conversa fiada?! Acho que você tem medo de não ser um bom pai!

Ele revira os olhos, faz cara de quem somente está escutando, por obrigação:

Wolvie: Ah!... Qu'é isso! Eu não tenho medo de nada! Muito menos de ser pai! Só posso me reservar o direito de não querer ter um filho, não posso? Porque o dia que eu não puder mais comandar minha vida, é melhor nem viver, sacô?

Ohana: Entendi... Desculpe, eu não falei com a intenção de tentar comandar sua vida...

Ela reinicia a caminhada, indo à frente, já avistando de longe, a barraca. Ele realmente a tinha magoado. Ela queria tanto um filho! Queria tanto que ele se casasse com ela! Seria a família mais feliz do mundo! Mas isso não fazia parte dos planos dele; será que ela estava, novamente, se enganando?...

Atrás dela, Logan pondera sobre tudo o que tinha acabado de dizer. Pensa nas inúmeras vezes em que ela havia lhe pedido um filho e ele negara. Ela realmente estava certa, Creed havia vencido a luta, pois, mesmo com tudo para dar certo, essa terrível insegurança o deixava perder! Em vários momentos, esticou o braço para tocá-la, mas ele não saberia o que dizer... Algumas vezes o braço da ruiva levantava para limpar uma lágrima teimosa e, como disse sabiamente Saint-Exupéry, Logan não saberia como atingi-la, onde encontrá-la... "É tão misterioso, o país das lágrimas!" Sua vontade era de aninhá-la e, se queria um filho, por Deus, dá-lo! Mas isso ia contra tudo o que ele pensava e acreditava. O mundo não estava ainda pronto para receber mais um mutante; isso se ele nascesse mutante!

Na mente dele, passava a possibilidade de perdê-la por conta do que, para ele, era uma besteira!

Quando ela ia entrar na barraca, o canadense não resiste mais ao silêncio e, segurando-a pelo braço firmemente, mas sem machucar ele lhe dá um super beijo. Sua língua percorria a boca da ruiva e a explorava de forma inédita, falando mais do que qualquer palavra dita por ele; suas mãos acariciavam a nuca e a cintura daquela mulher, como se não existisse mais nada no mundo a ser tocado e, pelo leve tremor de seu corpo, ela podia notar o quanto todo o mundo ao redor dele, resumia-se nela, novamente! Logan a beijava como jamais havia feito antes e, tudo isso, pelo simples pensamento da possibilidade de perdê-la! Ela jamais saberia o que se passou na mente dele, mas, com certeza, poderia apostar que foi algo de muito importante.

Ela retribui todos os carinhos e o beijo. Sem parar de beijá-la, Logan a pega no colo e a leva para dentro da barraca, fechando muito bem a "porta", com uma espécie de trava a qual Ohana nunca tinha visto. Isso tudo, sem se largarem. A ruiva abana as mãos, como que pedindo um tempo e, quando o canadense para de beijá-la com uma carinha de triste, ela respira fundo, pegando todo o ar que parecia ter perdido no beijo.

Ohana: Hei! Pega leve, amor; eu não tenho fator de cura! Mas bem que gostaria... – sorri, voltando a beijá-lo.

Como diz uma música, as almas gêmeas podem ser reconhecidas por vários aspectos e, um deles, é que não conseguem ficar com o coração nervoso por mais de um minuto! Se fosse perguntado a Ohana o motivo da briga, ela não saberia responder e, muito menos, saberia porque ficou chateada com ele.

Já Logan, por ter suas memórias tão mexidas e apagadas, faz questão de lembrar-se de cada detalhe, porém, jamais compartilharia com os outros. Se há algo que a faz infeliz, tem que ser enterrado na consciência. Essa atitude não era por falta de amor, mas por querer ser o dono absoluto de suas lembranças, sempre! A partir do momento em que recobrou as memórias ninguém mais seria capaz de brincar com elas! Pertenciam a ele e, se por algum motivo, Logan quisesse afastá-las, ele o faria, mas com total consciência disso.

O canadense fica sem graça ao ouvir a palavra amor. Como sempre fazia... Mas esse era um momento mais do que especial; exigia palavras especiais!

Passando por mais uma divisória, eles entram no quarto, propriamente dito. Como o da outra barraca, este era constituído de um colchão de ar e, além disso, duas almofadas e dois lençóis.

Ohana coloca os lençóis para o lado, telecineticamente e tira os tênis assim, também.

Logan se ajoelha, coloca-a no colchão como se fosse a coisa mais preciosa do mundo, tira as botas, a camisa listrada; com carinho, retira a calça dela também. Enquanto isso, a ruiva tira a blusa e abre o zíper daquele cowboy com a mente.

Ele sorri. A garota sempre o surpreendia, nos pequenos detalhes só que, dessa vez, seria como ele gosta, sem preâmbulos, sem joguinhos; ele queria aproveitar cada sensação que passava por ele, naquele instante e dá-las, toda, para ela. Fazê-la sentir-se amada como jamais sentiu, saber que tinha total controle sobre ele e, com exceção dela, fazê-lo gostar disso!

Ohana jamais o tinha visto num frenesi assim antes, normalmente, era ela quem se deixava levar pelas emoções e tremia como uma criança, sempre que faziam amor. Dessa vez não! Dessa vez, quem tremia era ele, num misto de satisfação e desejo ainda não saciado.

Amaram-se, como nunca, ou depois, nenhum dos dois foi capaz de amar! Qualquer tentativa descritiva da cena a embotaria, já que ali não estavam somente corpos desejosos uns pelos outros; mas sentimentos que são impossíveis de transcrever!