Se você voltasse ✖ GSR

2ª temporada - Capítulo 19


Grissom não sabia o que fazer, tinha que ajudar a procurar o atirador, encontrando ele, provavelmente encontraria Arthur. Por outro lado ele não queria sair de onde estava, não queria estar longe de Sara. Greg disse para que Grissom ficasse e cuidasse de Sara e Eli, que ele iria ajudar nas buscas.

— Me liga assim que tiver noticias de Sara. – Greg falou antes de sair do hospital.

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Grissom recordava a série de eventos catastróficos que chegaram aquele momento. Sara havia pegado a noite de folga uma vez que Grissom dobraria o turno. Se isso não tivesse acontecido, provavelmente ele que teria levado o tiro e não ela. Sentia-se tão culpado. Sara sempre trabalhava a noite e justamente na noite que poderia descansar, aquilo havia acontecido. Ficou por horas pensando nisso, até que o médico finalmente interrompeu seus pensamentos.

— Senhor Grissom, venha me acompanhar até o meu consultório.

Eles sentaram-se um a frente do outro no consultório, Grissom ansiava por noticias.

— Sara está estabilizada por enquanto, - o médico falou – ela passou por uma cirurgia muito longa e ela também perdeu muito sangue. Se o garoto não tivesse pressionado o ferimento como fez, provavelmente ela não estaria mais viva. Bem, - ele continuou – ela provavelmente passará por uma nova cirurgia em breve, após algumas transfusões de sangue... Fizemos o que pudemos até então, estava fraca demais e a cirurgia muito demorada. Ela não aguentaria mais.

— Ela está acordada, eu posso falar com ela?

— Ela está sedada e ficará assim por um bom tempo.

— Nosso filho foi sequestrado, ela foi a única pessoa que viu o sequestrador. – Ele baixou o olhar.

— Eu queria poder ajudar mais senhor Grissom. Removemos a bala, posso pedir para entregarem ao senhor. O projetil perfurou seu intestino e parte de seu sistema reprodutor. Teria sido mais fácil se ela tivesse vindo ao hospital imediatamente após o disparo.

— Não faço ideia de quanto tempo ela ficou sangrando sozinha. – Ele baixou o olhar.

Diante da visível tristeza do homem que estava a sua frente, ele abriu uma pequena excessão.

— Sua esposa está em isolamento, com a roupa adequada, você poderá ficar, não mais que alguns segundos com ela.

Ele assentiu.

Ele chegou no quarto onde Sara estava, fitou-a com muitos aparelhos na volta. Ele já não tinha mais medo de chorar, não por ela, deixava que as lágrimas escorressem livremente. Com a mão coberta pela luva que vestia, ele pegou a mão da morena ali deitada adormecida, segurou firme enquanto percebia sua respiração fraca.

— Eu vou descobrir quem fez isso com você Sara, eu vou achar Arthur. Eu vou achar o nosso filho. – Ele falou rouco, com a garganta engasgada como se houvesse um nó. – Se você ao menos pudesse acordar para me contar quem fez isto com vocês. – Ele murmurou baixinho, inconsolável.

Ele queria beijá-la naquele momento, depositar um leve beijo sobre seus lábios ou até mesmo no seu rosto, porém não podia. Tinha que mantê-la segura, estava fraca demais e qualquer infecção que pegasse podia ser letal.

— Eu te amo Sara Sidle. – Ele murmurou antes de deixar o quarto onde ela estava.

Ele chorou copiosamente ao sair daquele quarto, por tanto tempo que até perdera a noção de quantas horas haviam passado. Sentiu uma mão pousar sobre seu ombro. Ele levantou os olhos e deu de cara com uma grande amiga, alguém que não via a muito tempo, porém e que precisava mais que tudo naquele momento.

— Catherine? Você veio tão rápido...

— Há alguns benefícios de ser do FBI. Eu quis passar aqui para vê-lo. — Ela então sentou-se do lado dele. – Como está Sara?

— Fez uma cirurgia, está na recuperação o projétil atingiu... – Ele então parou por alguns segundos e pensou. Como não havia pensado nisso antes? Ele então levantou-se rapidamente. – Catherine, levante-se. – Mesmo sem entender a loira levantou. – Um homem de média a alta estatura, mesmo que com o braço angulado para baixo, assim. – Ele então demonstrou como se estivesse segurando uma arma. – Acertaria Sara na região do tórax ou abdômen. Certamente teria acertado ela no estômago.

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— E aí? – Catherine tentava compreender o raciocínio dele.

— Sara foi atingida no intestino, pegando o sistema reprodutor. Se eu estiver certo, e a bala atravessou em linha reta, o ângulo deveria ser aproximadamente esse. – Ele demonstrou um ângulo de aproximadamente trezentos e quarenta graus.

— Para conseguir isso o atirador deveria ser um homem baixo...

— Ou uma mulher de estatura mediana.

Grissom nesse momento já sabia exatamente quem procurar.