The Prince Slayer
Capítulo 2
10 anos depois.
Entrei na taverna escura e me dirigi até o balcão. O local estava vazio. As únicas almas vivas que eu via eram o barman e o pianista, que dormia em cima das teclas do piano.
O meu último cliente era o dono de três tavernas em Hogwarts, sendo aquela a principal. Ele tinha bastante orgulho do seu legado. Orgulho que, em demasiado, havia feito com que ele se distanciasse cada vez mais de sua esposa, deixando-a solitária o bastante para que ela se envolvesse com um amante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Quero dizer, meu penúltimo cliente.
— Bem vinda ao Três Vassouras. - disse o barman
— O Sr. Slughorn está me esperando. - eu disse, rispidamente.
O barman me encarou de cima a baixo e sorriu.
— Você é Lily Evans? - ele perguntou com certo deboche.
Me debrucei sobre o balcão.
— Você tem algum problema com isso? - perguntei
Ele deu de ombros.
— Só não esperava que você fosse tão nova. - ele disse, com um sorriso malicioso. - Ou gostosa.
O encarei.
— O chefe está esperando por você lá em cima. - ele disse
Me distanciei do balcão e entrei pela portinhola que levava ao andar de cima. Eu já havia estado lá antes, quando Horace Slughorn havia me contratado para matar Silvanus Kettleburn, o tal amante de sua esposa.
Subi as escadas e entrei no escritório de Slughorn, que brincava com uma ampulheta em sua mesa.
— Srta. Evans. - ele disse sorrindo. - Sente-se!
Neguei com a cabeça.
— Aceita uma bebida? - ele disse - Uma taça de Hidromel?
— Só Cerveja Amanteigada, por favor. - murmurei
Ele foi até sua estante e serviu uma taça para cada um.
— Suponho que você veio cobrar pelo pagamento do trabalho realizado. - ele disse, me entregando a taça.
— Por que mais eu viria? - eu disse sorrindo
— Talvez para me dizer que não conseguiu realizá-lo. - ele sugeriu
Ri.
— Isso é impossível. - retruquei.
Ele deu uma risadinha.
— Quando me disseram que uma garota de vinte e dois anos era a melhor mercenária do reino, eu achei difícil de acreditar. - ele disse
Dei de ombros.
— A maioria dos homens do reino ainda são porcos sexistas, não se sinta sozinho. - eu disse
Ele sorriu.
— Sua língua é tão afiada quanto sua espada. - ele disse
Sorri.
Ele suspirou e me entregou um saco pesado.
— 30 galeões, como combinado? - ele confirmou
Assenti e guardei o saco junto com minhas coisas.
— Nós só temos um problema. - eu disse, sorrindo para ele.
Ele franziu as sobrancelhas.
— Sua mulher tem um ótimo gosto por homens. - eu murmurei - Kettleburn me ofereceu 70 galeões.
Slughorn arfou e um segundo depois, sua cabeça rolava no chão, em direção à lareira. Seu corpo caiu aos meus pés, e eu tirei o sangue das minhas bochechas.
— Ugh. - murmurei - Eu preciso parar de decapitar as pessoas. Muito sangue espirra.
Limpei minha espada nas vestes de Slughorn, virei meu copo de cerveja e deixei o recinto.
O barman estava parado ao lado da porta.
— Ja vai indo? - ele perguntou
Me aproximei dele, que me examinou com olhares sugestivos. Quando senti suas mãos envolta de minha cintura, enfiei minha adaga no seu abdômen.
— Já. - eu disse
Empurrei seu corpo para trás e dei uma olhada para o pianista, que ainda dormia.
— É seu dia de sorte. - murmurei
Dei uma última olhada para o barman, que tossia sangue, e saí.
…
Cheguei na pequena cabana que dividia com minha gata, Petúnia, e me lancei na cama. Tirei minhas botas com um pouco de dificuldade e as joguei no chão.
Petúnia veio até mim e se deitou em cima de mim.
— Oi. - eu disse sorrindo.
Fiz um carinho atrás de sua orelha e ela deixou escapar um ronronado.
Ouvi uma leve batida na porta.
— Lils? - escutei - É você.
— Sim, Sev. - murmurei
A porta se abriu e vi meu melhor amigo de infância, Severus Snape, parado em frente a minha cama. Seu cabelos negros estavam caindo em seu rosto, como sempre, mas vi que ele estava sorrindo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Quando eu havia fugido da casa de meu avô para me tornar uma assassina, Severus havia sido a única pessoa para quem eu contei meu segredo e ele prometeu me ajudar.
Desde então, Severus levava a maior parte do meu dinheiro para meu avô, que acreditava que eu estava trabalhando no reino de Ilvermorny, como uma das criadas da rainha.
Peguei minha bolsa e atirei os dois sacos de dinheiro em Sev, que os segurou com atrapalhação.
— De onde surgiu todo esse dinheiro? - ele perguntou, espiando dentro dos sacos. - Eu achei que Slughorn havia te oferecido 30 galeões!
— Ele ofereceu. - eu disse
— E o resto? - ele continuou.
— Kettleburn me ofereceu 70 galeões. - eu disse
— Para matar Slughorn?! - Sev exclamou - Você matou o homem e ainda assim pegou seu dinheiro!
— Ele estava morto, Severus. - eu retruquei, com impaciência - Ele não iria usá-lo, de qualquer forma. Meu avô vai.
Sev suspirou e assentiu.
— Você lucrou 100 galeões matando um homem. - ele disse - Impressionante.
— Tecnicamente eu matei dois. - eu disse - Mas o outro foi apenas uma inconveniência.
— Quem? - ele perguntou
— O barman do Três Vassouras. - eu disse
— Sturgis Podmore?! - Sev exclamou - Ele fazia o melhor drink de Whisky de Fogo!
O encarei.
— Ele sabia meu nome, Sev. Ele podia facilmente me delatar para os aurores! - eu disse - E ele me chamou de gostosa!
Snape franziu as sobrancelhas.
— Isso não é um elogio?
— Não do jeito que ele disse. - dei de ombros - Ele podia ter falado “Uau, Lily, você é muito habilidosa na luta” ou “Uau, adorei a cor do seu cabelo!”
Snape riu.
— Se você está dizendo.
Ri e joguei meu travesseiro nele.
Ele o segurou e sentou ao meu lado.
— Seu avô sente sua falta, você sabe. - ele disse - Você poderia voltar a morar com ele e arranjar outro emprego.
— Ele não ficaria a salvo morando comigo. Eu já tenho muitos inimigos. - eu disse - Além do mais, Sev, essa é a única coisa em que eu sou boa! Você consegue me imaginar sendo uma garçonete ou uma criada?
Sev suspirou e negou.
— As coisas estão indo bem do jeito que são. - eu disse
— Eu só quero que você fiquei feliz. - ele suspirou
— Eu sou. - menti
Severus assentiu.
— Agora, vá. - sorri - Diga para meu avô que eu sinto muito a sua falta e que a rainha de Ilvermorny me elogiou!
Sev deixou escapar uma risada.
— Você sabe que essas histórias do palácio o deixam contente. - eu disse - Vá, vá!
Ele me encarou, com uma sobrancelha erguida.
— Você está me expulsando? - ele perguntou
— Não. - respondi rapidamente.
Ele suspirou.
— O Lucius está vindo? - ele perguntou
Suspirei e assenti.
Ele bufou.
— Eu não sei como você consegue namorar esse cara.
Revirei os olhos.
— Ele não é meu namorado. - eu disse
— Eu não sei como você consegue foder esse cara. - ele corrigiu. O encarei.
— Você nunca falou com ele! - eu protestei
— Nem você, pelo visto. - ele retrucou - Vocês só ficam…
— Severus! - interrompi
— Lily, eu entendo que você precisa ser assassina. - ele disse - Mas você não precisa se relacionar com outros! Malfoy é rico, ele não precisa sustentar ninguém! Ele é um assassino porque gosta de matar ou algo do tipo.
— Severus, nós não vamos ter essa conversa novamente! - eu exclamei - Lucius está vindo para cá e nós dois vamos ter uma noite agradável.
Ele bufou e se levantou.
— Tá. - ele murmurou
— Por que você se incomoda tanto? - perguntei
— Porque sim! - ele disse
— Porque sim não é resposta! - retruquei
Ele abriu a boca para responder mas foi interrompido por uma batida na porta, que o fez bufar novamente.
Me levantei e corri para atender Lucius, que sorriu ao me ver.
Ele tinha um corte novo, na bochecha e parecia ter vindo direito de uma luta. Seu cabelo loiro, na altura dos ombros, estava cheio de folhas.
— Tchau, Lily. - disse Severus saindo rapidamente.
— Tchau. - murmurei
Fechei a porta atrás de Lucius e sorri.
— Estava lutando? - perguntei
— A última vítima reagiu com um pouco mais de intensidade do que eu estava esperando.
— Gideon Prewett? - me espantei
— Não, Gideon me contratou para matar Fabian. - ele disse
— Certo, sempre confundo os dois. - eu disse
— Agora não vai mais. - ele acrescentou
Concordei.
— Passei no Três Vassouras no caminho para cá. - ele continuou - Aparentemente alguém matou Slughorn e Podmore.
Fingi estar espantada, o que fez Lucius rir.
— Você é inacreditável. - ele disse
Dei de ombros.
— Eu sei.
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