The Prince Slayer

Capítulo 17


Sai do meu quarto correndo.

Eu não sabia para onde iria, só sabia que ter ficado no meu quarto o dia todo havia me causado uma série de infortúnios. Eu odiava brigar com Severus, mas eu havia acabado de descobrir que brigar com James era muito pior.

Fui para a cozinha, afinal tinha perdido o café da manhã e o almoço. Eu não havia me tocado que estava com tanta fome até ouvir meu estômago suplicar por um pouco de comida. Parei em frente às grandes portas e ouvi movimentação lá dentro – barulho de pratos e panelas sendo manuseados, junto com o som de passos apressados que iam de um lado para o outro.

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Abri uma das portas e enfiei minha cabeça para dentro, dando de cara com uma senhora. Sua feição era, de alguma forma, rígida e carinhosa ao mesmo tempo.

— Finalmente resolveu aparecer, princesa. - ela sorri

— Olá. - sorri

— Venha. - ela disse, me estendendo a mão. - Guardei um prato para você.

Assenti e entrei na cozinha por completo, fechando a porta atrás de mim.

— Obrigada. - eu disse

— Não há de quê! - ela exclamou

— Você é a famosa Minerva? - perguntei

Ela deu uma risadinha.

— Não sei se famosa é um bom adjetivo.

— Todos lá em cima só falam de você. - eu disse

Ela riu novamente e fez sinal para que eu sentasse. Sentei em um banco de madeira, na frente de uma pequena mesa. Havia um prato de comida na minha frente com o que parecia ser um delicioso purê.

— Não está muito quente. - ela disse

Coloquei uma colherada na boca e sorri, sem mostrar os dentes.

— Está uma delicia. - eu disse - Obrigada.

— Você é uma dessas princesas que agradece dez vezes por minuto? - ela disse, rindo.

Dei de ombros.

— Minha mãe sempre me disse para ser gentil. - eu respondi

Minerva sorriu.

— Sua mãe é muito sábia. - ela disse

Sorri.

— Por que você estava chorando? - ela perguntou

A encarei.

— Lily, eu reconheço olhos inchados quando os vejo. - ela disse

Suspirei.

— O amor é complicado. Por causa dele eu briguei com duas pessoas de quem gosto muito agora há pouco. - murmurei - Eu odeio o amor.

Minerva riu.

— Você não o odeia. - ela disse

Ri.

— É bem possível que eu odeie sim. - eu disse, enchendo minha boca de comida.

— Pense na pessoa que você mais ama nesse mundo. - ela disse

Pensei na minha mãe, no mesmo segundo.

— Como eu sei que essa pessoa não sou eu, ainda, eu também sei que você faria tudo para estar com essa pessoa agora. - ela disse

Assenti.

— Você não odeia o amor. - ela disse - Você talvez odeie se sentir só. Você odeia a saudade. Você odeia não poder estar entre os seus amados o tempo todo.

— Você tem razão. - murmurei, limpando uma lágrima da minha bochecha.

— Eu tive uma filha. - ela disse - Ela morreu com a peste.

— Eu sinto muito. - eu disse

— Ela era alguns anos mais velha que você. Eu lembro quando ela teve sua primeira decepção amorosa. - Minerva sorriu - Ela chegou em casa e disse que nunca mais iria se apaixonar por ninguém. Eu disse a ela que nós nunca sabemos o que vai acontecer com a gente, então deveríamos sempre lutar pelo que quiséssemos, antes que fosse tarde demais.

— Ela ouviu seu conselho? - perguntei

Minerva assentiu.

— Ela estava noiva quando morreu. - ela disse

— Isso é tão triste. - eu gemi

— É mesmo. - ela concordou - Mas seria mais triste ainda se ela não estivesse. Minha filha morreu sabendo que ela tinha alguém que estava disposto a amá-la até o fim – além de mim, é claro.

Assenti.

— No meu caso é mais complicado que isso. - eu disse - Eu não deveria estar sentindo o que eu estou sentindo, no momento. Tudo vai acabar mal.

— E quem liga para o final? - Minerva protestou - O felizes para sempre é lindo mas ele demora para chegar! Tudo vai acabar exatamente agora?

Neguei com a cabeça.

— Então é isso que importa. - ela disse

Limpei meu rosto com a manga do vestido e assenti.

As portas da cozinha se abriram e Sirius e Remus entraram, sorridentes.

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— Achamos a nossa pequena quebrador de corações. - disse Sirius, se sentando do meu lado e me dando um beijo na bochecha.

— James está na árvore dele. - Remus disse a Minerva, que franziu as sobrancelhas.

— Estávamos falando sobre James, esse tempo todo? - ela me perguntou

Sirius riu.

— Minerva, você consegue ser mais dissimulada que todos os marotos juntos. - ele disse

— A Minerva é a presidente do fã-clube Lily e James. - Remus disse, envolvendo ela em um abraço.

Ri.

— Vocês estavam conversando sobre amor? - perguntou Remus

Minerva assentiu.

Sirius bufou e Remus riu.

— Sirius é um pouco cético quando se trata de amor. - Minerva disse

Sirius assentiu, mas desviou o olhar para o chão.

— Acontece. - ele murmurou

— O que é a árvore de James? - perguntei, mudando de assunto.

Sirius limpou um restinho de lágrima que ainda estava no meu rosto.

— É a árvore que ele sobe sempre que está muito chateado. Nós a chamamos de Salgueiro Lutador, porque James costumava jogar frutinhas dela na gente quando nos aproximávamos. - ele disse - Ele costumava fazer isso sempre, quando éramos crianças. Fazia um bom tempo que ele não subia nela, até hoje.

Revirei os olhos.

— Eu tenho que vê-lo. - murmurei

— Eu não tenho certeza se ele quer te ver agora, na verdade. - Remus disse, com cuidado. - Ele provavelmente vai jogar frutinhas em você.

Gemi.

— O que aconteceu? - ele perguntou

— Nós brigamos. - eu disse

Sirius faz um carinho no meu cabelo.

— Vocês vão dar um jeito. - ele disse - James não é do tipo que guarda rancor.

— Eu acho que eu machuquei ele pra valer. - murmurei

Minerva segurou minha mão.

— É só pedir desculpas. - ela disse

Assenti e suspirei.

— Onde eu encontro esse tal Salgueiro Lutador? - perguntei

Sirius, Remus e Minerva se entreolharam, sorrindo.