Mercy

Capítulo 4


“Gosto de cactos, porque: A beleza está nos espinhos.”

7 de fevereiro

Lebanon, Kansas

P.O.V TERCEIRA PESSOA

Estar sozinho pode significar diversas coisas, para diversas pessoas e talvez para a sua vizinha ao lado signifique liberdade, talvez para aquela sua tia solteira com muitos gatos signifique nada e talvez para mim significa estar realmente sozinha e se sentir solitária; e acredito que Sam acreditava estar se encaixando na mesma categoria que eu, a única diferença entre a gente é que não era real pra ele.

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Dean compriu sua palavra e em vinte minutos estava descendo as escadas correndo com a sua mãe logo atrás tentando de todos os jeitos sem sucesso fazer com que ele não corresse por aí como estava fazendo; Sam andava de um lado para o outro na sala esperando preocupado com o que o seu irmão poderia fazer.

— Ela ainda não saiu do quarto. -Sam falou quando viu Dean se aproximando.

— Tá tudo bem Sammy. -Dean falou abraçando ele e mexendo em seu cabelo - Eu vou cuidar dela e vamos todos ficar bem.

Sam assentiu dando um leve sorriso se soltando dele e entregando as coisas que tinha preparado de primeiro socorro pro loiro e dando espaço pro mesmo passar e seguir em direção ao quarto que antes pertencia a ele; a porta do quarto estava trancada quando Dean bateu nela a primeira vez e nas outras continuava trancada.

— Núria, abre a porta pra mim, por favor. -ele falou a primeira vez mantendo a voz calma mas logo a sua voz calma daria lugar para a voz com desespero que soava mais ou menos como a de raiva.

Dean tentou bater mais algumas vezes na porta de maneira calma e sem pressa enquanto falava palavras que ajudassem a convencer a morena de que era a melhor a se fazer naquele momento, até que finalmente escutou a porta sendo destrancada mas não escutou passos pelo quarto então soube que ela não deveria estar mais com forças para se mover pelo quarto e que então usava os seus poderes para fazer coisas como abrir a porta. O loiro carregava todas as coisas em uma mão enquanto que com a outra empurrava a porta devagar e se aproximava da cama encontrando ela deitada na cama olhando para o lado contrário da porta como se estivesse sozinha ali dentro, então o Dean resolve que entrar na dela.

— Que bagunça que tá isso aqui, até parece que eu não venho pra casa a alguns dias. -Dean falou jogando as coisas no chão do quarto que nem estava realmente bagunçado, o que fez com que a Núria despertasse mas continuava de costas para ele.

O Winchester mais velho viu as caixas que a alguns dias estavam na sala agora no canto do seu quarto e abertas mas mesmo assim a pequena morena continuava as suas camisas xadrez, o que pra ele não era ruim, afinal deixava ela angelical ao mesmo tempo em que fazia ela ficar naturalmente mais perfeita pra ele.

— Esse quarto com tanto cheiro e jeito de menina que estou começando a me questionar se eu estava trabalhando com bilocação pra cá, como mulher. -ele falou se aproximando devagar da cama e essa frase foi o suficiente para fazer até mesmo a Núria rir.

E no momento em que ela deu a primeira gargalhada Dean com rapidez correu até ela levantando ela com facilidade e jogando em cima do ombro e só então rindo ainda mais com a risada de surpresa que a Núria soltou pra ele. Ele saiu correndo pelo quarto imitando um avião igual as brincadeiras que ele fazia quando o Sammy ainda cabia em seu colo, Núria batia em suas costas tentando sair mesmo que na realidade ela estava feliz ali, porque rir com o Dean era uma sensação que ela nunca tinha sentido mas que não iria mais conseguir viver sem.

— Se você achou essa piada legal deixa eu te mostrar a próxima, porque você com certeza não vai gostar, então por favor não me mate. -Dean falou rindo enquanto corria pro banheiro e rapidamente ligava o chuveiro na água e se colocava dentro dele agora tirando a morena de seu ombro deixando ela em seus braços.

Dentro do Bunker fazia frio sempre, independente da temperatura que fazia do lado de fora ali dentro era sempre pior e naquele dia com o inverno prestes a acontecer do lado de fora não era diferente; mas quando a água do chuveiro gelado caiu sobre Dean e Nuria, eles não sentiram frio. A Nuria soltou um grito quando o primeiro pingo gelado caiu sobre ela mas quando Dean começou a rir e a puxar ela pra mais perto dele debaixo do jato gelado do chuveiro, com ela acompanhando ele na risada.

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Do lado de fora Sam e Mart não conseguiam entender o que estava acontecendo ou porque tantas risadas ecoavam pelo corredor e principalmente como eles conseguiam estar usando o chuveiro gelado já que não tinha o barulho do aquecedor mas tinha o barulho do chuveiro.

Mas do lado de dentro os dois estavam tão próximos que nem sentiam mais a água gelada batendo neles, o calor que estavam compartilhando e o sentimento de ser a pessoa que era ali. Os corpos molhados, as roupas grudadas, o cabelo da Núria grudando em seu rosto e em seu pescoço, os olhos do Dean mais verdes do que ela se lembravam.

— Você sentia falta disso tanto quanto eu sentia? -Dean perguntou tirando os cabelos que atrapalhavam a sua visão do rosto dela.

— Disso o que? -Ela perguntou sorrindo sem entender o porque da pergunta.

— De rir. -ele respondeu sorrindo e se aproximando mais, então quando a Núria achou que iria conhecer o sabor dos lábios que ela acreditava que teriam um sabor melhor do que todos os doces que ela já tinha provado.

Mas Dean apenas beijou sua testa de forma doce, e saiu do banheiro sorrindo de um jeito diferente do que a Núria já tinha visto, era um sorriso de lado que fazia seu coração querer suspirar.

Dean deixou ela ali no banheiro sozinha molhada e mesmo assim com o corpo quente de quem desejava ser tocada porém continuava feliz.

Núria agora já pronta e seca com roupas limpas que encontrou na caixa mas ainda com um dos casacos xadrez do loiro, seguiu de novo até a cozinha mas dessa vez se sentindo mais tranquila em relação a tudo; ali ela encontrou tanto o Dean também com outra roupa e já seco, quanto a Mary que levantou indo até a morena e dando um abraço acolhedor de mãe e Sam que abaixou os olhos mas depois tentou sorrir simpático quando ela se aproximou dele e de seu irmão que continuavam sentados em volta da mesa.

— Senta aqui Núria, vamos ver o quanto uma bailarina conselhe comer de bacon. -Dean falou rindo e apontando pro lugar vago ao seu lado.

— Olha, que eu posso surpreender vocês. Não sou sempre delicada. -ela respondeu rindo e se sentando na mesma.

Eles não sabiam o horário mas sabiam que todos tinham fome e que queriam estar sentados ali em volta daquela mesa com aquelas companhias e com mais ninguém, Núria não tinha muito o que dizer não entendia tanto de caçadas quanto os três mas se manteve sorrindo e atenta a tudo enquanto comia, porque tudo ali seria levado como um aprendizado.

— Vou descer no porão juntar as minhas coisas que deixei lá, foi ótimo estar aqui e comer com vocês. -a morena falou depois de um tempo ali e se levantou dando um beijo na bochecha da Mary que sorriu pra ela com carinho.

Depois do banho com roupas e ter ficado sozinha, aquela sensação de estar sendo preenchida com seus poderes em força total aconteceu de novo e dessa vez foi como se ela estivesse mais forte, como se canaliza-se de algum lugar e conseguisse manter tudo ali por um tempo mas que uma hora isso iria sair.

Soltar as correntes sozinha e enrolar elas até que elas pudessem voltar para dentro das malas, tomando cuidado para não prender nenhuma nela de um jeito que precisasse de ajuda para tirar; quando acabou a Núria se sentia cansada e soube que tinha demorado mais tempo do que pretendia então subiu direto até do Dean que agora ela estava tomando para si.

O loiro já estava deitado de um dos lados da cama e mesmo que ainda não estivesse dormindo, ele parece cansado o suficiente para nem se mexer ou reclamar; Núria tirou a blusa do Dean que estava vestindo e já deixando os chilenos ao lado da cama e tirando a sua calça, permanecendo de camiseta e calcinha, se acomodou na espaço vazio na cama.

E mesmo sem estar em real contato com o Dean, ela dormiu em paz.