O segredo da meia-noite

O julgamento-Part l


Alguns dias depois-Julgamento==========

Para muitas pessoas o dia decisivo em suas vidas seria o casamento,mas tanto para Adrien quanto para Marinette o dia do julgamento com certeza mudaria os rumos de suas vida e de Paris também,literalmente.

O tão esperado dia havia chegado e o país inteiro parou para assistir o julgamento que seria transmitido pela imprensa ao vivo.Em frente ao tribunal onde ocorreria o “evento”já havia uma multidão de pessoas(algumas a favor de Adrien Agreste e outras contra ele),a policía também estava cercando o local para evitar qualquer conflito ou confronto.

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Quando as primeiras manifestações saíram na mídia,Adrien sentiu o peso da responsabilidade esmagar suas costas.Pois jamais imaginou que teria tantas pessoas o apoiando naquele momento,o que não só o deixou feliz como também o deixou apreensivo. Se realmente existisse alguém tentando incriminá-lo pela morte de Tom Dupain,essa pessoa não mediria esforços para piorar a situação de Adrien no julgamento e em rede nacional.

Enquanto subia as escadarias do Palais de Justice,em Paris,Adrien relembrava de tudo que o levou para aquela situação,como se uma série de imagens passasse pela sua cabeça.A cada passo que dava se questionava a respeito da sua própria inocência,por mais que soubesse que não havia matado Tom Dupain,se perguntava se ainda tinha alguma parcela de culpa em relação a sua morte.

O olhar da população julgava até seus mínimos movimetos,algumas pessoas o encaravam com pena e outros com desprezo.Havia uma energia muito pesada naquele tribunal e Adrien poderia senti-la(Já que era o principal alvo).

Depois que adentrou por completo no local e fora levado pelos policiais até o centro do Tribunal,Adrien tentou ignorar os flashs e os incontáveis jornalistas que se aglomeravam aos montes para tentar lhe alcançar enquanto se sentava em uma mesa junto ao seu advogado.Logo depois Marinette,Sabine e Nathaniel chegaram no local,atraindo todas as atenções para si.

O Agreste ficou pasmo ao ver Nathaniel por lá,na verdade a expressão “pasmo” era pouco para descrever a mistura de emoções negativas que o mesmo estava sentindo naquele momento.Seu ódio só aumentou quando viu Marinette e Sabine se sentarem no lugar das testemunhas,enquanto Nathaniel permanecia com seu advogado no lugar que pertencia ao acusador(ou vitima).

Desde que fora preso,Adrien achava que os médicos que foram supostamente akumatizados e mataram Tom Dupain haviam feito a denúncia,sem contar nas declarações que fizeram para toda a mídia acusando o Agreste.Mas para a sua surpresa quem foi ás autoridades foi ninguém mais e ninguém menos que Nathaniel.

Ele mal podia acreditar no que estava vendo,Nathaniel do outro lado daquele tribunal sendo praticamente ovacionado pela multidão de cidadãos que foram ver o julgamento de perto.Enquanto Adrien tentava conter o seu ódio e não partir pra cima daquele sujeito que o acusou,Marinette observava toda a cena sentindo uma dor no peito que mal conseguia descrever.Ela não queria estar lá.

Lhe doía ver Adrien como um réu,cercado por policias,sendo humilhado por boa parte das pessoas que lá estavam.Ela não queria que as coisas fossem assim,mas era tarde demais para correr atrás.

Também lhe doía ver o olhar de reprovação de Nino(que se encontrava no meio da imprensa)enquanto Alya estava fazendo a cobertura do julgamento para o país todo,tentando ao máximo transmitir imparcialidade.

Naquele dia todos seriam julgados,sem exceções.Por mais que tivesse apenas uma juíza para julgar o caso,a população também iria participar(Já que o julgamento era público)e por fim os 7 jurados que foram sorteados para ajudar a decidir qual seria o futuro do Agreste.

—Ordem no tribunal!-A juíza bateu o martelo ao perceber o burburinho que se espalhava por todo o lugar.

A mesma esperou que todos fizessem silêncio e deu ínicio ao julgamento,passando a palavra para a vitima:

—Eu gostaria de esclarecer que eu não sou a vitima desse julgamento,e sim Tom Dupain.-Nathaniel se levantou e falou no microfone no seu tom de voz mais comovente.-Eu denuncie Adrien Agreste por acabar com a vida de uma família inteira e estou aqui não só para representar toda a família Dupain e Cheng,mas também descrever o que eu vivi naquele dia tão...trágico.-O ruivo respirou fundo e abaixou a cabeça por alguns segundos antes de continuar seu depoimento.-No dia 21 de Abril,por volta de umas 8:00 ou 9:00 houve aquele terrível atentado no parque de diversões recém inaugurado que colocou muitas vidas em perigo,uma delas era a de Tom Dupain e Sabine Cheng,pais de Marinette Dupain Cheng...que considero umas das vítimas mais afetadas por esse assassinato.No entanto tudo que eu posso dizer é que Tom acabou sendo gravemente ferido nesse incidente e acabou sendo levado até o Hospital Bichat-Claude Bernard,tanto que eu estava junto com Marinette e Sabine quando encontramos Adrien Agreste dentro do quarto de Tom...Que já estava morto.

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Um silêncio perturbador invadiu todo o tribunal e por alguns segundos só foi possível escutar o flash das câmeras sendo disparados na direção de Nathaniel,até a juíza dar a palavra para a primeira e segunda testemunha,que eram os dois médicos que participaram do crime.

Ambos disseram a mesma coisa,mas também acabaram se contradizendo em muitos pontos.O mais crucial deles é que um dizia não lembrar do que aconteceu dentro do quarto e que acordou no chão do local,com a mão em um dos aparelhos enquanto viu Adrien tentando socorrer o paciente.

Já o outro disse que Adrien começou a agredi-los assim que entraram no quarto e se deparam com o mesmo prestes a desligar os aparelhos.

Logo depois a juíza dera abertura para que Sabine desse seu depoimento:

—Eu e meu marido fomos atacados no atentado no Parque de Diversões logo de manhã,mas o meu marido foi atingido por um homem que eu suspeito que pudesse ser um akumatizado.Depois que ele foi atacado,levaram ele pro hospital e foi lá onde tudo aconteceu...-Sabine respirou fundo enquanto seus olhos enchiam de lágrimas.-Eu fui ver como meu marido estava e quando entrei no quarto...ele já estava morto.

—Pode dar mais detalhes sobre o que viu,Sra.Cheng?-Um dos jurados perguntou por intermédio da juíza.

—Meu marido estava na maca,os dois médicos estavam desmaiados e o Adrien estava...do lado da maca do meu marido,segurando uma injeção na mão...-Sabine se curvou e começou a choramingar,até ser retirada do local temporariamente por não ter condições de continuar o julgamento.

Depois desse ocorrido,todas as atenções se voltaram para Marinette que seria a última testemunha a depor antes do advogado de Nathaniel começar a acusação.

Havia muitas expectativas naquele momento,principalmente as de Adrien que pela primeira vez iria ouvir a sua amiga falar abertamente sobre o que aconteceu.

Obviamente esperava ouvir acusações dela,já que a última vez que a viu fora alguns dias antes do velório do seu pai e seus nervos estavam a flor da pele(o que era totalmente compreensível,Adrien também agiria da mesma forma se não soubesse a verdade e não tivesse outras suspeitas além daquela)No entanto se surpreendeu quando Marinette começou a falar:

—O que houve com meu pai foi realmente trágico,está sendo ainda muito difícil aceitar que ele não esta mais aqui comigo e com a minha mãe...Mas acusar uma pessoa que não tenho certeza que matou meu pai,não traria ele de volta.Meu pai sempre foi um homem muito justo e me transmitiu muitos destes valores,um deles é foi a honestidade.Eu e Adrien Agreste somos amigos a mais de 10 anos,nos conhecemos no ensino médio e desde então nos tornamos grandes amigos,assim como qualquer pessoa confia em um grande amigo...eu confiei nele.

Quando eu vi o meu pai morto naquela maca,ele estava lá e isso eu não posso negar...Mas eu não o vi matando o meu pai,nem ninguém...acabei chegando tarde demais para impedir que o pior acontecesse.Pra mim foi muito difícil tentar não acusá-lo,por mais que ele fosse um dos meus melhores amigos...-Marientte direcionou um olhar cheio tristeza para Adrien,como se estivesse tentando se comunicar com ele através do olhar.-..Ele era um forte suspeito,porque ele estava lá.Não sei se foi ele quem fez isso com meu pai,não sei o porquê dele ter feito isso,mas por mais que eu tente negar...eu não o vejo como um assassino,acho que dificilmente vou imaginá-lo cometendo uma atrocidade dessas.Nós vivemos tantos anos juntos,acho que é o suficiente para que eu possa dizer que eu conheço ele e sei que ele não teria capacidade pra fazer isso.

Meu pai sempre gostou dele e os dois sempre tiveram uma aproximação,como se fossem grandes amigos...Eu sinceramente não faço ideia do que realmente aconteceu,mas independente de quem seja o culpado,peço que a justiça seja feita.Tenho certeza que meu pai,aonde quer que ele esteja agora...-A voz da mestiça começou a falhar e algumas lágrimas escorreram de seu rosto,mas a mesma se recompôs rapidamente.-Não gostaria que um inocente fosse preso e condenado injustamente por conta de algo que eu disse ou deixei de dizer.

O tribunal inteiro ficou em silêncio absoluto,Nathaniel estava incrédulo com o que acabara de ouvir,já Adrien não disse absolutamente nada e tentou não se comover com o depoimento de sua amiga.

Ele realmente não esperava por aquilo,nem o réu e nem o restante do público que apenas observava a ultima testemunha voltar ao seu respectivo lugar sem ter sido questionada ou interrogada pelo júri popular.

Agora era a vez do réu de ser interrogado diante de todos no tribunal pela juíza,Adrien estava torcendo para que todos acreditassem em suas palavras e faria o possível para responder todas as perguntas da melhor forma possível para se defender.