Londres, março,2018 (ano seguinte ao epilogo)

- É definitivo, então? - Perguntou a Loira enquanto se dirigiam para uma mesa no fundo da lanchonete. A ruiva apenas concordou com a cabeça.

— Vamos esquecer esse assunto, Luna. Hoje a noite é nossa! – Exclamou a terceira mulher, esta de cabelos pretos, recebendo o cardápio da garçonete – obrigada, por gentileza três caipirinhas de limão.

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— Tudo bem! Vocês repararam nos três hoties naquela mesa?

— Luna?! Você é casada! - Lembrou Ginny.

— Sim, mas isso não quer dizer que eu não possa flertar um pouquinho – As três riram.

— Eu não vi nenhum anel, vamos até lá? - Propôs Johanne.

— Não gente! Eu quero que seja só nós - Ginny tentou encerrar o assunto, as outras duas trocaram olhares cúmplices - Ok! Ok! Mais tarde então, pode ser? Eu vou ao banheiro - Luna fez menção de levantar para ir junto, mas Johanne a segurou - se comportem!

Ginny saiu um pouco desconfiada das amigas, perguntou à garçonete aonde ficava o banheiro e seguiu na direção apontada. Ocasionalmente olhava para trás para checar se as amigas ainda estavam “comportadas” e só reparou no rapaz apressado e distraído que vinha em sua direção tarde demais. Ginny precisou se segurar na bancada para não cair quando os dois se chocaram. Se não fossem pelos cabelos loiros, Ginny não o teria reconhecido. O rapaz foi o primeiro a quebrar o silêncio:

— O que você está fazendo aqui, Potter?

— É Weasley agora e não é da sua conta Malfoy.

— Sério?! Então você e o escolhido tiveram problemas no paraíso? – Draco debochou.

— Também não é da sua conta. Por favor vai procurar outra lanchonete para fazer sei lá o que você veio fazer.

— Esse é o único lugar em que posso encontrar meus clientes trouxas. Já que estou te incomodando, vai você...

Ginny não ficou para ouvir a próxima ofensa. Esqueceu completamente da necessidade de ir ao banheiro e voltou apressada para a sua mesa.

— Aquele ali é quem eu estou pensando? – Perguntou Luna, enquanto Draco Malfoy se juntava aos três “hoties” observados anteriormente.

— Aham. – Foi Johanne quem respondeu. – Devemos ir para algum outro lugar?

— Não! – Ginny quis soar mais decidida do que realmente estava. – Vamos simplesmente ignorá-lo.

Luna, Ginny e Johanne continuaram conversando, bebendo, rindo e bebendo mais um pouco. Entretanto, Ginny não conseguia ‘simplesmente ignorar’ o quarteto de “hoties” mais a frente. Ela só conseguia pensar no quanto ele tinha mudado, pelo menos fisicamente. O Malfoy que conhecera era tão franzino, já este estava tão musculoso, até a boca dele parecia ter ganhado mais forma. Ginny percebeu que ele também a analisava, talvez pensando a mesma coisa. Afinal, mesmo depois de três gravidez e aos 35 anos, ela estava deslumbrante. Seus olhares se encontraram. Ele piscou. Ela, sem jeito, voltou a se concentrar no drink em sua mão. Ginny se pegou pensando naquele loiro musculoso mais algumas vezes durante a noite, quanto mais ela bebia, mais calorosos eram esses pensamentos.

- Acho que devemos ir, antes que eu fique bêbada – Johanne trouxe Ginny de volta à realidade.

- Você já está bêbada, querida! – Luna a avisou. As três riram.

- E os três gatinhos? – Lembrou Ginny.

- O Malfoy está lá, Gin! – Johanne apontou o óbvio.

- A gente azara ele. – riram novamente. – Certo! Vamos embora antes que eu faça isso.

As três se dirigiram ao caixa, era a vez de Ginny pagar a conta. Então se despediram ali mesmo e Luna e Johanne foram aparatar no beco atrás da lanchonete.

- Você iria mesmo me azarar? – Malfoy surgiu atrás dela, assim que a moça do caixa fornecia o recibo.

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- Claro, você é um estraga prazeres.

- Duvido. Eu suspeito que pelo menos um dos meus clientes seja gay, então uma de vocês teria que se contentar comigo. – Ele riu sozinho.

- Convencido. – Ela desviou dele e saiu da lanchonete. Malfoy deixou duas notas de cinquenta reais com a moça do caixa e a seguiu.

- Hey, espera! – Ela parou, mas não se virou. – Não é seguro você andar por aí sozinha.

- Eu vou aparatar na porta de casa – Era mentira, ela não sabia exatamente para onde ir. Não queria ser vista bêbada pelos seus pais, ou qualquer um dos irmãos.

- Não se deve aparatar no seu estado.

Ginny virou e seus olhares se cruzaram uma vez mais. Ele estava mais perto do que ela esperava. Mais perto do que ela podia resistir.

- E você se importa?

- Eu vim atrás de você, não vim?

Ele deu mais um passo, ficando a alguns centímetros do rosto dela. Ambos ficaram em silêncio, ouvindo apenas a respiração um do outro. Os olhares fixos um no outro. Malfoy colocou seus braços em volta da cintura de Ginny e selou os seus lábios nos dela. Sua língua logo conseguiu permissão para aprofundar o beijo. Pararam apenas quando houve a necessidade de respirar.

— Isso foi errado... – Ginny começou.

— Você acha? Eu gostei...

— Eu também, mas eu sou uma Weasley e você um Malfoy.

— Vem, passa a noite comigo. Vou te fazer um chocolate quente. – Ela o olhou desconfiada. – Prometo não te tocar se você não quiser.

Nove meses depois, véspera de Natal na Toca.

Ginny andava de um lado para o outro na sala da Família Weasley, pensando no quanto a toca estava muito mais espaçosa depois da reforma que o Harry e seus irmãos fizeram no verão passado. Hermione estava jogando xadrez de bruxo com a filha Rose. Angelina e Fleur cochichavam sobre algum assunto insignificante. Victorie e Teddy também estavam cochichando e dando risinhos no outro canto da sala. O patriarca da família estava na sua poltrona lendo uma edição do profeta diário. Rony deu algumas moedas para Fred II, este as guardou e fez uma anotação em seu caderno. James Sirius estava fazendo algum tipo de gracinha para as primas Dominique e Roxanne. A Senhora Weasley entrou na sala acompanhada pelas netas Molly e Lucy.

— Está quase tudo pronto, tem certeza que ele vem, querida?

— Sim, mãe. Ele vem.

— Eu ainda acho que ele é imaginário. – debochou George.

— Deve ser alguém famoso. – Carlinhos comentou.

— Alguém em mente, tio? – Perguntou Fred II tirando o caderninho do bolso e atravessando a sala – Quer ganhar uma grana com o seu palpite?

— Aquele sobrinho da Rita Skeeter... qual é mesmo o nome?

— John. – A própria Ginny respondeu tirando o caderno da mão do sobrinho. – O que é isso?

— Er... nada. Só alguns palpites.

— Deixa eu ver... Cólin Creevey, Dino Thomas, Oliver Wood, Córmaco Mclaggen – Ginny parou ao ler o próximo nome “Malfoy”. Fred II foi salvo pela Campainha. Todos congelaram por alguns segundos. – Guarde isso e chame seus primos.

Ginny respirou fundo e foi até a porta, quando a abriu relaxou:

— É só você... Harry, você não precisa tocar a campainha.

— Desculpe desapontá-la. É só que eu não sei como agir agora que nós... bem... não estamos mais juntos.

— Só seja você mesmo, Harry, você sempre será parte desta família – Ginny deu um passo para o lado para o ex-marido entrar.

Harry foi cumprimentando um por um dos Weasley, sem economizar nos abraços. Ginny sentiu uma leve vertigem e se segurou na porta para disfarçar, aproveitando para fechá-la. Angelina veio ao encontro de Ginny com uma taça de Whisky de fogo em cada mão e entregou uma para Ginny:

— Toma, vai ajudá-la a relaxar. – Angelina piscou para Ginny e voltou para junto do marido.

Ginny sorriu em agradecimento e se sentou próximo a Hermione, segurando a taça.

— Deixa eu fico com isso. – Hermione pegou a taça da mão da cunhada e tomou um gole.

— Como você soube? – Ginny questionou.

— Eu estive do seu lado durante três gravidez, lembra?

— Não, isso também, mas eu me referi a sua aposta.

— Ah... Foi só um chute. – Ao perceber que Ginny não estava acreditando completou – Ok. Eu meio que o encontrei esses dias no beco diagonal. Ele estava diferente, mais amigável. Eu só liguei os fatos.

— Entendo. Você realmente é a bruxa mais inteligente do nosso mundo.

— E você está usando o colar que eu o vi comprar. – As duas riram.

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Enquanto isso, em um dos quartos da toca Albus Severus, Louis, Hugo e Scorpius estavam sentados em rodinha no chão e Lilian Luna sentada na cama com um bloquinho e uma pena nas mãos.

— Então, vocês já devem imaginar a razão desta convocação de emergência. – Lilian começou.

— Acabar com a felicidade da sua mãe? – Louis respondeu.

— Não! Fazer esse estranho ver que ele não se encaixa aqui. – Scorpius respondeu de forma automática.

— E fazer a mamãe perceber que ela e o papai devem ficar juntos. – Albus completou.

— Isso! Alguma ideia?

— Bem, eu vi em um filme trouxa umas crianças misturando a cueca do namorado da irmã em um bolo de carne para atiçar o cachorro. – Hugo sugeriu.

— Nós não temos cachorros, Hugo! Vamos não temos muito tempo, preciso de ideias.

— Eu acho que vocês deveriam dar uma chance ao cara. Ele pode ser legal e hoje é natal. – Louis pontuou. Todos riram. Ouviram duas batidas na porta.

Fred II entrou no quarto:

— Sua mãe pediu para vocês descerem... de novo.

— Fred, meu primo querido, você trouxe alguns produtos da loja do seu pai? – Lilian perguntou sorrindo.

—----- x -------

Rony estava voltando da cozinha com mais um copo de eggnog quando a campainha tocou novamente, resolveu recepcionar o novo convidado:

— Malfoy?! O que você está fazendo aqui? Pensei que o seu filho iria passar o natal conosco.

— Ele vai. – Draco respondeu sorrindo. – E eu também, cunhadinho.

Ginny se juntou aos dois para socorrer o namorado:

— Finalmente! Ron você já conhece o Draco né? – Ginny pegou na mão do namorado e o levou em direção à sala. Rony fez uma careta e uma imitação silenciosa da irmã dizendo “Draco”.

— Ele vai me matar, não vai? – Draco cochichou para a namorada.

— Talvez. – George interrompeu. – Você já colocou minha irmã no seu testamento? – Estendeu a mão para cumprimenta-lo - Eu sou o George.

— Pessoal! – Ginny anunciou ao chegarem na sala – Este é o meu namorado, Draco. Draco, acredito que você já conhece quase todos aqui. Minha mãe e meu pai, meus irmãos Carlinhos e Gui, Angelina e Fleur, Harry, as crianças Victorie, Teddy, Rose, Roxanne. – Draco começou cumprimentando um por um. – Meus filhos James... cadê os seus irmãos, Jay? – O primogênito deu de ombros.

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— Estou aqui Ginevra – Lilian Luna estava parado no meio da escadaria. A garota vestia um vestido todo preto.

— Já que estamos todos aqui, vamos começar a ceia. – A Sra. Weasley quebrou a tensão.

Um a Um os Weasleys e agregados foram se sentando ao redor da enorme mesa de jantar. A toalha era vermelha com pequenos papais noeis voando em seus trenós, cada um com suas renas, desviando para não colidir uns com os outros. No centro da mesa um pernil suculento, uma tigela de nhoque ao molho sugo com muito queijo e outra tigela com arroz com nozes. Ficaram na sala de estar apenas Ginny, Draco, Lilian, Albus e Scorpius.

— Sério mãe?! O pai do meu melhor amigo? – Albus quebrou o silêncio.

— Vamos ser irmãos agora? – Scorpius perguntou assustado para o pai.

— Não, só vão passar mais tempo juntos. – Draco respondeu – se quiserem.

— Mais tempo com a Rose também. – Scorpius sorriu.

— Ela nunca vai dar bola para você. – Lilian debochou.

— Lily, por favor, você pode ser gentil com todo mundo? Só hoje... – Ginny suplicou.

— Eu estou com fome, vamos Al. – A garota ignorou a suplica da mãe e seguiu para a sala de jantar. O irmão a seguiu.

— É só uma fase, Gin. – Draco a tranquilizou­­­­ e foram se juntar ao restante da família na mesa de jantar.

— Eu gostaria de dizer algumas palavras – Começou a sra Weasley na ponta da mesa, assim que todos os presentes se acomodaram em seus lugares – Eu estou muito feliz de ver a família toda reunida hoje. Não importa o que cada um de nós acredita para comemorar esta data. Não importa se é o aniversário do menino Jesus ou de Merlin, se é o nascimento de algum deus da antiguidade, ou simplesmente o início de mais um ciclo solar. O que importa é que depois de um ano corrido estamos todos bem e reunidos aqui hoje para celebrar essa família. A idade está chegando para alguns de nós, não sei se ainda estarei entre vocês no próximo natal. Então, muito obrigada a todos por estarem aqui. Eu amo muito todos vocês – Lágrimas escorriam dos olhos da anfitriã e de alguns membros da família – E mesmo tendo sido surpreendida pelo meu novo genro. – Todos riram, exceto Rony, Lilian e Albus. – Draco, seja bem-vindo à família! Espero que trate muito bem a minha única filha, senão eu vou passar o resto da minha vida aterrorizando a sua. – Dessa vez apenas o Malfoy não achou graça. – Por enquanto é isso, podem se servir.

Todos começaram a se servir. Rony cochichou para o Harry:

— Minha mãe perdeu o juízo. É o Malfoy!

— Não sei. A Ginny parece feliz. – Harry respondeu.

— Mas é o Malfoy! Ela deve estar sob alguma maldição ou poção...

— Ron, por favor! – Hermione o interrompeu.

Do outro lado da mesa Lilian cochichou para Albus:

— O seu amigo será um problema?

— Não, ele não é um Rabicho.

— Então você já sabe o que fazer.

Albus fez que sim com a cabeça, olhou para o pai do seu melhor amigo ao seu lado e tirou do bolso dois comprimidos azuis.

— Senhora Weasley, a comida está deliciosa! – Draco elogiou.

— Obrigada querido! Como está a sua mãe? Eu não a vejo desde que a guerra terminou.

— Está bem, quer dizer, ela ainda sente muito a falta do meu pai, mas ela está melhorando.

— Que ótimo! Ela não vai passar o Natal sozinha, não né? Ah querido, porque não a trouxe com você?

— Acho que ela não iria...

Rony o interrompeu quase gritando:

— Ela deveria estar com o marido em Azkaban! E essa Doninha também!

— Ronald não foi essa a educação que eu e sua mãe te demos – O Sr. Weasley o reprendeu.

— Vocês estão todos loucos! A Ginny trocou o Harry por esse metidinho e vocês o estão tratando como se ele fosse uma pessoa decente.

— Ron por favor... – Hermione suplicou.

— NÃO! – Rony se levantou. – Ele deve ter feito um feitiço poderoso. Isso não vai ficar assim, eu vou salvar vocês.

— Sim – Draco debochou – Chama-se amadurecimento, você deveria experimentar.

— Estão vendo? Ele ainda está tirando uma com a minha cara. Eu não aceito isso. Ginny eu como seu irmão mais velho a proíbo de se envolver com esse bostinha.

— Chega Rony! – Ginny retrucou – Você é o único louco aqui. Eu amo o Draco e se você não pode aceita-lo, peço que pelo menos o respeite.

— Você o quê? – Várias vozes fizeram eco à pergunta de Draco.

Hermione sussurrou algo no ouvido do marido. Rony fechou as mãos com força, como se estivesse se segurando para não pular no pescoço do arqui-inimigo de infância e se retirou da mesa.

— Eu o amo. – Ginny repetiu - Pensei que você já soubesse.

— Sim, mas é bom ouvir você dizendo em voz alta, finalmente. Eu também.

— Também o que? – Ginny provocou.

— Também amo você. – Draco a beijou. Algumas das mulheres fizeram coro de “Oww”.

— Eca, arranjem um quarto. – Lilian se manifestou pela primeira vez.

— Bem, aproveitando o momento, eu gostaria de te fazer uma pergunta. Draco começou segurando as mãos da namorada. Toda a família ficou em silêncio. Draco começou a ficar azul.

— Querido, você está bem? – Ginny perguntou.

— Claro. Por que não estaria? – Sua voz saiu aguda e um pouco cantada. Draco tampou a boca com uma das mãos. Seu nariz e suas orelhas estavam maiores e arredondados.

— Você está azul. – Ginny parecia assustada.

- E cantando. – Hugo se manifestou divertido. Quase todos os presentes estavam rindo da situação.

— Por Merlin, Gin! A sua família quer me matar. – Draco estava desesperado, mas sua voz estava agradável e harmoniosa. Draco começou a encolher. – Não, não, não!

— Isto é coisa sua, George? – Ginny acusou o irmão.

— Claro que não. – George respondeu ofendido. Ao perceber o olhar da esposa completou: - Juro que não fui eu, mas esses efeitos lembram o smurficador. Isso não é possível, o produto não estava pronto ainda.

- Ótimo, cadê o antídoto? – Draco estava agora do tamanho de um anão, mas não parecia que iria encolher mais.

— Ginny você não entendeu. Ainda não estava pronto. Nós nem conseguimos acertar o tamanho final. Está vendo? Ainda faltam muitos centímetros. O antidoto é a última fase do processo. Mas não se preocupe irmãzinha, em quase todas as cobaias o efeito foi passageiro.

— Quase todas? – Draco gemeu.

— Hey, elas sabiam dos riscos e foram bem recompensadas. Eu posso tentar alguns feitiços e poções se você me acompanhar – George saiu em direção ao jardim, Draco o seguiu.

Ginny relaxou no seu lugar e fechou os olhos. Quando os abriu deu de cara com um Harry preocupado ao seu lado.

— Gin, vai dar tudo certo. Logo ele volta ao normal, você vai ver.

— Eu não deveria ter trazido o Draco. Não tinha como dar certo.

— Não se culpe, Gin. Você teria que apresentá-lo a sua família eventualmente.

— Eu sei. É que eu estou tão exausta.

— Vai descansar um pouco, se acontecer alguma coisa eu vou lá te chamar.

Ginny concordou com a cabeça e subiu para descansar no seu antigo quarto.

— Pai... – Lilian começou a segunda parte do seu plano. – Quando você vai voltar para casa?

— Lily, nós já conversamos sobre isso.

— Eu sei. É que a mamãe fica muito mais feliz quando você está perto que eu achei que ela iria mudar de ideia. E existe uma chance do novo namoradinho dela ficar azul para sempre.

— Lilian, a decisão foi minha também. Eu vou sempre amar a sua mãe, mas de outra forma, como minha melhor amiga. E como melhor amigo tudo o que eu quero é que a sua mãe seja feliz, mesmo que seja com o Malfoy.

Lilian bufou e se retirou da mesa em direção a um dos quartos no andar de cima, sendo copiada pelo seu fã clube (exceto Scorpius). Harry a interrompeu:

— Lilian! Chega de travessuras, você já foi longe demais por hoje.

— Não sei do que você está falando.

—---- x -----

— Jay, para por favor. Nós não devíamos... - Dominique sussurrou para o primo enquanto este acariciava suas partes intimas por baixo do vestido e enchia o seu pescoço de beijos no sótão da toca.

— Então me diz que não está gostando. - James sussurrou no ouvido da garota, antes de capturar os lábios da prima em um longo e molhado beijo.

— Eu estou, mas meus pais estão lá embaixo.

— E? Não acho que eles estejam interessados em participar.

— Idiota.

A porta do sótão abriu de repente. O casal se separou abruptamente como o susto. Lilian entrou no sótão, seguida pelo seu fã clube.

— O que vocês estão fazendo aqui? - Albus perguntou.

— O que você acha? Jogando snap explosivo. - James retrucou. Muitas cartas do jogo estavam espalhadas pelo chão. O que teria sido convincente se as roupas dos dois não estivessem tão amassadas e os lábios mais vermelhos do que o normal. - O que vocês querem?

— Precisamos de um plano e da sua ajuda. - A caçula respondeu.

— Nem pensar.

— Tudo bem. A mamãe já sabe sobre vocês?

— Você está me chantageando irmãzinha? - James se aproximou da irmã.

— Talvez.

— Será a sua palavra contra a minha, querida.

— Tudo bem. – Lilian andou até a porta.

— Jay, por favor. – Dominique pediu. – Meu pai vai me matar.

— Ok, mas isso vai ter troco irmãzinha.

—---- x -----

Quase uma hora depois, os Weasleys e agregados estavam jogando conversa fora. Quando George entrou com o Malfoy, ainda azul, mas de tamanho, nariz e orelhas normais.

— Pronto, Draco Malfoy está de volta feio como sempre foi. – George zombou.

— Eu estou vendo coisas ou ele ainda está azul? – James riu.

— Tem razão, ainda não está tão feio. Mas espero que volte ao loiro aguado em algumas horas. – completou George.

— Cadê a Ginny? – Draco ignorou ambos.

— Foi descansar um pouco. – Harry respondeu.

— Ok. Então eu vou embora antes que vocês...

— Calma aí, Malfoy! – Gui o interrompeu. – Precisamos conversar.

— Claro. – Malfoy se acomodou em uma poltrona.

— O que você pensa que está fazendo com a minha irmã?

— Não entendi. Olha eu sei que durante várias gerações os Weasleys e os Malfoys se odiaram, mas eu a amo de verdade. Eu quero fazer parte dessa família. Tudo que eu quero é fazê-la feliz.

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— Lindas palavras, espero que não sejam vazias – James levantou fingindo emoção – isso merece um brinde. – Começou a servir whisky de fogo para todos.

— Valeu a tentativa, mas você não vai beber. – Harry tomou a taça do filho.

James deu de ombros e se sentou ao lado de Dominique.

— O garoto tem razão. – George pontuou – Vamos brindar.

— Draco, bem-vindo à família! – Gui levantou a sua taça. – Mas saiba que se fizer qualquer coisa para magoá-la... bem, a coisa vai ficar feia pro seu lado.

— Olha, já passou da meia–noite. – Fleur comentou apontando para o relógio.

As crianças pegaram seus copos de cerveja amanteigada e todos começaram a brindar e a desejar “Feliz Natal” uns aos outros. Ginny desceu as escadas e se juntou a eles.

— Que bom que vocês estão se entendendo. – Ginny Disse feliz, após o termino do brinde. – Quero aproveitar para compartilhar algo com vocês... Eu estou grávida – Todos ficaram congelados – Eu esperava uma reação melhor de vocês.

— Eu só estou surpreso, mas muito feliz. – Draco a abraçou. – Quero aproveitar para te pedir uma coisa também... – Draco tentou novamente, mas sua barriga soltou um ronco enorme, provocando espanto e risos nos presentes.

— Tudo bem, querido? – Ginny perguntou.

— Não sei. – Draco Soluçou e pequenas borboletas saíram voando de sua boca. – Que porcaria é essa? – Outro soluço e mais borboletas voaram.

— Quem foi o gênio dessa vez? – Ginny perguntou chateada.

— Não importa, Gin! – Mais borboletas saíram – Eu vou continuar o meu pedido – saiu outro soluço com borboletas.

— Draco isso é ridículo, meu irmão deve conseguir consertar de novo.

— Não! – Draco ajoelhou-se, tirou uma caixinha vermelha do bolso e continuou em meio aos soluços – Ginny Weasley você aceita se casar comigo?

Ginny congelou. James deu um frasco para o Scorpius e sussurrou algo no ouvido deste discretamente. Scorpius por sua vez repassou o frasco para o pai e o abraçou. Draco olhou para o filho e depois para o futuro enteado, o qual fez um pedido de desculpas silencioso, e bebeu do frasco. Os soluços passaram e a sua cor estava quase normal.

— Então? – Draco trouxe Ginny de volta a realidade – Esses segundos parecem uma eternidade sem uma resposta.

— SIM! Mil vezes sim!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.