Forever

Tomando Decisões Difíceis


— E foi assim que o miraculous veio parar nas suas mãos prima. – Bridgette terminou encarando o chão da varanda tristemente. – O resto você já conhece. Hawk Moth, akumas do mal, Poder Supremo e final feliz para todos os heróis de Paris.

— Eu não fazia ideia do que Mestre Fu havia passado. – Marinette disse se apoiando nas grades de sustentação da varanda ainda um pouco tonta com tanta informação. – Mas uma coisa me chamou muito a atenção do que você me contou.

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— A parte da morte da minha equipe e que só eu, Chat Noir e Niakamo-Fu sobrevivemos? – a morena indagou sem olhar na direção da mesma.

— Não. Não é isso. – a garota rebateu pensativa. Várias ideias rodeavam a sua mente e formavam um enigma em sua cabeça. – Você não acha que é muita coincidência que o melhor amigo do Mestre Fu era justamente o portador do miraculous da borboleta?

— O que você está insinuando Mari?

— Não estou insinuando nada Bridgette, só estou comentando que é realmente muito estranho que o melhor amigo do nosso mestre tenha se tornado um inimigo. – a mestiça respondeu colocando uma mão no queixo. – Posso estar enganada, mas acho que tem algo por trás de toda essa história.

— Eu não sei, mas se realmente existir, então Mestre Fu é muito mais misterioso do que eu podia imaginar. – sua prima disse encarando a morena.

— Mais do que ser uma espiã britânica em uma missão especial de resgate de um objeto mágico antigo? – Marinette retrucou com um sorriso irônico.

— Muito mais. – a mesma respondeu com uma pequena gargalhada. Com um pulo se levantou e a encarou com uma animação que só ela possuía. – Mas mudando de assunto, pronta para irmos até a casa do seu namorado? Pensei que você quisesse reconquistar a sua confiança.

— E eu ainda não desisti. Eu só... – hesitou em prosseguir. Suspirou. – Estou com um pressentimento ruim.

— Um pressentimento ruim? – a sua prima repetiu arqueando uma sobrancelha.

— A última vez que tive um pressentimento desse jeito meus pais foram atacados por Chat Blanc enquanto estava fora. – Marinette respondeu virando-se de costas para a prima. – Não sei se é um alerta ou apenas uma bobagem minha, mas acho que alguma coisa está acontecendo pelas minhas costas.

Tocou levemente o colar em seu pescoço e encarou o bracelete em seu pulso com o símbolo do Ying. Não sabia o que fazer e nem ao menos o que pensar. E se alguma coisa estivesse mesmo para acontecer? E se realmente houvesse algo acontecendo em suas costas? Dúvidas e mais dúvidas lhe perturbavam, lhe sufocando com tantas coisas em seu cérebro.

— Tudo vai ficar bem no final Mari. – Bridgette assegurou abraçando a prima e olhando no fundo dos seus olhos. – Eu prometo isso a você.

— Eu não diria isso tão cedo. – uma voz disse próximo de onde ambas estavam paradas.

Era Abelle. A filha do prefeito estava ofegante, como se tivesse corrido uma maratona e com o desespero estampado em seus olhos azuis. Aquilo foi o suficiente para Marinette ter certeza que o que tivera não era apenas um pressentimento. Havia mesmo alguma coisa acontecendo.

— Chole? O que aconteceu? Porque está branca desse jeito? – a garota indagou preocupada com a mesma. Em suas costas estavam ambas as asas de seu poder especial: Magic Wing’s. Ainda sim, a loira aparentava estar muito cansada.

— Ela... Ela está aqui...

— Ela? – Bridgette repetiu confusa.

— Ela quem Chole? – a mestiça perguntou agarrando os ombros da mesma ainda mais preocupada. – Quem está aqui?

— Style Queen. – a mesma respondeu quase sem voz, sendo o suficiente para assombrar ambas parentes presentes.

***

Gritaria. Confusão. Desastre. São três palavras que descreviam perfeitamente o que acontecia nas proximidades do Sena onde muitas pessoas corriam para suas casas ou para qualquer lugar que lhes parecessem seguros, mas com um único motivo em comum. Style Queen. A Rainha do Estilo estava fazendo o que mais lhe dava prazer e o que sentira falta já há muitos anos: espalhar o caos por onde passava. Nunca se sentira tão bem desde que havia sido trancada em sua prisão por Niakamo-Fu. Como sua mente se alegrava só de pensar que se vingaria do mesmo um dia. Tantas opções, tantas possibilidades... Mas ainda não era o momento ideal. Precisava de mais poder antes de colocar a sua vingança em prática. Precisava continuar com o seu plano. Estava próxima da renomada Torre Eiffel, onde milhares de pessoas lhe admiraram horrorizadas por sua presença. Sorriu.

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Logo muitas pessoas inocentes estavam presas em monumentos de cristal dourado enquanto a vilã tentava acertar outras com o raio do seu bastão, machucando muitas outras gravemente. Soltou uma gargalhada maligna e continuou seu caminho, sem notar que deixara uma pessoa especial escapar com vida dali.

Mário estava sendo puxado por Lila para longe de onde estavam. Sem pestanejar a italiana foi em direção à casa de sua tia, correndo com seu pai nos calcanhares. Por sorte do destino a casa da mulher ficava bem longe de onde sua inimiga estava espalhando o terror. Com o coração aos pulos bateu na porta desesperadamente, suplicando que a tia lhe abrisse logo.

— Tia abre a porta, sou eu, Lila! Abre por favor! – a morena gritou batendo com força na mesma. Logo a mesma se encontrou escancarada e ambos entraram sobre o olhar preocupado de Francisca.

Grazie a Dio hai ragione. – a mesma disse abraçando a morena com força e encarando o cunhado, aliviada. – Onde vocês estavam? O que está acontecendo lá fora?

— Agora eu não posso explicar tia, eu... Eu preciso ir pro meu quarto. – Lila respondeu dando um beijo rápido na bochecha de Sandro e correndo para o seu cômodo.

Nenhum dos três ali presentes entendeu o que acontecera, mas aquilo só servira para Mário realmente desconfiar de que sua filha escondia mesmo alguma coisa. O italiano arqueou uma sobrancelha e se juntou ao garoto para fazer alguma coisa que Fran havia lhes pedido.

Enquanto isso a morena de olhos verdes se encontrava em um verdadeiro dilema: como faria para sair dali e ajudar seus amigos com a inimiga?

— Trixx, o que eu faço agora? Eu preciso ajudar os meus amigos.

— Então vá oras. – a pequena kwami laranja disse simplesmente. – Eu não estou te segurando.

— Você mais do que ninguém sabe que não é tão simples assim. – a italiana retrucou passando a mão no rosto nervosa. – Não posso deixá-los enfrentarem Style Queen sozinhos. Só eu vi o que aquela mulher maluca pode fazer.

— Mas você também não pode deixar a sua família e as pessoas que você ama correndo perigo, sozinhos. – Trixx lembrou flutuando na frente do seu rosto. – Você precisa tomar uma decisão e precisa ser cautelosa para não cometer uma burrada.

Lila encarou a janela de seu quarto e refletiu por um instante. O próprio Mestre Fu lhe dissera que ao voltar para Paris havia colocado sua vida e a vida daqueles que estavam com ela em perigo. A atitude de voltar a ser uma super-heroína havia sido tomada por ela, não por Niakamo-Fu. A escolha de enfrentar o perigo ao voltar a ser Volpina havia sido tomada por ela. Porém, por outro lado, por mais que não quisesse admitir, não suportaria que nada acontecesse com aqueles que agora eram a sua verdadeira família. Era o momento de terminar o que havia começado. Era a hora de arriscar para salvar os que estavam com ela.

Respirou fundo e abriu a janela de seu quarto.

— Trixx, me transforme!

***

— Ei Style Queen, porque não pega alguém do seu tamanho? – Paon gritara do topo de um prédio para a vilã, na tentativa de persuadi-la enquanto seu parceiro lhe atacasse.

— Eu adoraria, mas acho que você não é um bom exemplo. – a vilã retrucou evitando o ataque de Tortoise e o atirando na direção oposta de onde a ruiva estava. Sorriu com a cara de irritação da garota e apontou o seu bastão mágico na direção da mesma, fazendo com que um círculo de cristal se prendesse ao seu redor com força. – Quais são as suas últimas palavras passarinha?

— Que tal... Larga a minha amiga agora senão eu acabo com você?

A Rainha do Estilo se virou tocada pela ousadia das palavras que foram ditas próximas de si. Deu um sorriso debochado com quem encontrara ali.

— Veja só, a heroína mais conhecida de toda a França me ameaçando. – disse alargando seu sorriso. – Que mau exemplo você está dando para as crianças dessa cidade Ladybug.

— O único mau exemplo que há aqui é você Style Queen. – Abelle disse se posicionando ao lado da heroína de pintas. – Não acha que esses óculos escuros estão um pouco inadequados para um ambiente nublado?

— E esse uniforme? – Volpina disse aterrissando próxima das duas outras parceiras. – Argh, dourado realmente está fora da minha lista de coleção de verão.

— Hã... Eu gostei do salto alto. – Bridgette se pronunciou um pouco afastada de onde toda a cena acontecia. – Você me empresta depois tiazona do mal?

— Hã... Será que vocês podem discutir isso depois? – a ruiva gritou irritada por ser deixada de lado. – Eu ainda preciso ser salva por alguém, tá?

— Eu tenho uma ideia melhor. – a vilã disse voltando a encarar a garota de uniforme azul. – Quem sabe os anjos não te salvem? – a mesma indagou com um sorriso maldoso no rosto. – Porque você vai dar uma voltinha lá encima mais cedo.

— Não! – Ladybug gritou quando Style Queen lançou a garota para longe sem poder fazer nada. Olhou rapidamente para Abelle, fazendo a mesma entender o recado e sair voando rapidamente dali em direção a ruiva. Suspirou irritada. – Se não pode ser da maneira fácil, então será pela maneira difícil.

Pegando rapidamente seu ioiô em sua cintura a morena o lançou para cima gritando o mais alto que pôde:

Lucky Charm!

Foi então que teve mais uma surpresa. Uma surpresa que lhe arrepiara dos pés á nuca.

Não havia Lucky Charm para derrotar Style Queen.