O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos

Quando Cai a Máscara – Parte 1


Máscaras... itens frequentemente usados em peças de teatro, festas e até por criminosos que querem manter suas identidades ocultas. Pessoas de todo mundo usavam máscaras por uma infinidade de motivos, no entanto existem mascaras que não podem ser vistas ou tocadas, elas não escondem apenas o rosto, mais sua alma.

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Chamamos as de Máscara da Alma.

Porque com ela a pessoa pode esconder quem realmente é por dentro, boa... ou má...

E naquela noite uma máscara iria cair... para sempre.

O memorial do antigo monge de Yamato estava vazio, na verdade poucas pessoas iam lá, poucos ainda se importavam com as antiga tradições e de recordarem dos heróis do passado, por isso ninguém estava presente quando os irmãos Hamada se reencontravam.

Hiro encarava seu irmão mais velho com fogo nos olhos, de todas pessoas que ele poderia pensar em encontrar naquela momento, seu irmão de longe era o último deles!

Imagens do passado vinham como flashes na mente do pequeno gênio, memorias de um passado que ele preferia esquecer, de uma pessoa que ele achava que poderia apoia-lo, dá-lhe forças nos piores momentos, enfrentar a solidão de não terem mais seus pais, mas Hiro não teve nada disso, pois justamente aquele que ele mais desejava estar aos eu lado se tornou seu maior motivo para odiar o Mundo da Magia.

Aquele rapaz na frente dele não era seu irmão, era só mais um mago que se achava superior aos outros e pior... ele o chamou de...

— Você me chamou de verme?! – Brada o menino.

Tadashi ri da cara do mais novo.

— Nossa, parece que além de choram e verme... é surdo!

O menino serra os dentes em fúria.

— Você tem muita coragem pra vir me encarar depois de tudo o que fez! –Brada o pequeno gênio. – Primeiro entra ilegalmente no país e trazendo a tiracolo quatro magos, que se não bastassem são da realeza! Violou acordos e leis que foram feitas em comum acordo com nossos governos como se não significassem nada, recusou-se a ajudar a prender um criminoso, atrapalharam uma operação policial que levou anos para se concretizar, permitindo assim que nosso alvo fugissem sabe-se lá pra onde, mais o pior de tudo... VOCÊS TIRARAM O WELTALL DE MIM!!! – Explode o pequeno gênio em fúria. Um brilho verde brota de seu corpo respondendo a sua fúria. Seus olhos castanhos brilham como chamas de cor verde. Tadashi fechou a cara ao ver aquela Aura, não conseguia conceber a ideia de que seu irmão mais novo tivesse uma Aura tão poderosa e pior... ter chamado a atenção de um Espirito Guardião.

Aquilo não podia continuar...

— É impressionante como você tem a mania de me irritar moleque!

Ao dizer essas palavras o mais velho dos Hamada libera sua Aura, também de cor verde, só que mais escura e densa que encobriu o local. Na mesma hora Hiro sentiu seu corpo pesar igual quando encontrou Armatas pela primeira vez.

— Mas o quê?!

— Se eu fosse você abaixava essa Aura, você pode até ter despertado ela a pouco tempo e ser, digamos, levemente mais forte que uma criança normal... só que...

O Hamada mais velho caminha e o chão começa a trincar, os bancos a balançarem, a estátua de bronze do monge tremia pela vibração da Aura e Hiro se sentia recuando aos poucos, mesmo ele não querendo. Encarou seu irmão que tinha um olhar frio e opressor, totalmente diferente do de superioridade que demonstrava todas as vezes que se encontravam.

“Esse olhar dele é totalmente diferente do de antes!”

Aos pouco os joelhos do menino iam se dobrando.

“A Aura dele não chega aos pés do Armatas, mas mesmo assim...”

O menino morde os lábios tentando se manter firme, seu irmão estava o pressionando para que ele fosse ao chão... não iria lhe dar esse prazer!

“Eu não vou... me curvar!!!”

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Hiro tenta se manter firme, mas era difícil, não tinha o controle pleno de sua Aura como Weltall fez para protegê-lo da Aura do Alquimista.

“Weltall...”

Ao fechar os olhos a imagem do robô aparece em sua mente, o desejo de encontra-lo aflora por seu corpo e de sua garganta ecoa um brado que libera uma torrente maciça de Aura por todo seu corpo, apagando a presença opressora de seu irmão, que por sinal recua alguns passos cobrindo o rosto.

— Impossível!!!

O brado de Hiro continua até que aos poucos vai sessando junto com sua Aura, o chão a sua volta estava queimado, assim como pequenos focos de chamas na cor verde que crepitavam a sua volta e sobre ele. Sua respiração estava pesada, seus ombros subiam e desciam, sua boca entreaberta tentando recuperar o folego e seus olhos focavam seu irmão que observava incrédulo.

Tadashi levou anos para desenvolver sua Aura, teve que fazer aulas extras, pois ainda tinha dificuldades, quando no final do segundo ano conseguiu se sentiu realizado, por isso ao ver que seu irmão que nem estudante era ainda conseguir fazer algo que ele levou dois anos para fazer se sentiu humilhado.

— Moleque...

— É melhor... abaixar... essa Aura! – A voz de Hiro saia fraca.

— O quê?!

— Se você continuar... a libera-la... seu professor vai perceber.... fico imaginado... o que vão achar quando verem que o brilhante estudante perdera o controle diante de um... moleque!? – E o pequeno gênio finaliza com um sorriso, que se largou ao ver a careta de ódio de outro.

Tadashi precisou serra os punhos e controlar sua raiva, queria agora mesmo acabar com a raça de Hiro... mas ele estava certo... o professor Kojiro ainda estava na cidade e com certeza sentiria sua Aura se a elevasse demais... teria que se controlar... por hora.

O Hamada mais velho abaixa sua Aura assim como Hiro que parecia exausto, teria que se acostumar com essa nova força que possuía, mas agora não era o momento para isso e sim...

— O que você quer aqui?! – Rosna o menino para seu irmão que ajeita a gravata e o terno que usava que ficaram desarrumados devido a liberação de Aura.

— O que vim fazer? – Devolve o mais velho. – Fazer uma proposta com você moleque.

— Ah?! – Indaga o menino incrédulo.

Enquanto isso em outra área da cidade...

O som de carros ressoava nas ruas da cidade, veículos lotados de pessoas que voltavam de seus trabalhos, indo para o aconchego de seus lares, outros começavam agora seus expedientes, abrindo bares e casas de festas. Já outras lojas ficavam abertas quase por todo o dia, como padarias, confeitarias e cafeterias, e justamente em uma destas cafeterias um casal conversava.

O homem possuía um longo cabelo azul claro preso em um rabo de cavalo, trajava um terno elegante de cor azul marinho, com abotoadoras de ouro e sapatos pretos brilhantes. Já a moça trajava uma calça social preta, assim como sapatos de salto da mesma cor, uma blusa verde e pequenos brincos de pedras azuis nas orelhas.

Ao contrário do homem podia se nota que a moça estava abatida.

— Peço desculpas por chama-la a esta hora da noite, sei que deve estar cansada após os longos dias no hospital cuidando de Hiro-san. – Diz o homem com educação. – Mas eu não podia mais atrasar nossa conversar Cass-sama.

A tia de Hiro suspira pesadamente, realmente a última semana não foi fácil. Ver Hiro em uma cama de hospital todo machucado, saber que os causadores daquilo foram pessoas que ela acolheu em sua própria casa com todo o amor e carinho e por último o desaparecimento, ou melhor dizendo, sequestro de Weltall que ela tinha como confidente, guardião, e melhor amigo de seu sobrinho, foram golpes muito pesados. Mesmo que ela não tenha sofrido nenhuma dor física, as feridas em seu coração eram profundas e pensar que isso tudo foi causado por...

— Cass-sama? – O homem a chama e a tia de Hiro ergue a cabeça.

— Imagino qual seja o assunto. – Indaga a moça e o professor responde:

— Como sabe, leciono na escola de Magia e Feitiçaria de Draconia. Meus colegas e eu ensinamos e educamos vários alunos que hoje são magos renomados por todo o mundo. – Explica. – Quando eles colocam os pés na escola nos tornamos responsáveis por seus atos, sejam eles bons ou ruins, por isso primeiro de tudo tenho que pedir desculpas por seu sobrinho... meus colegas e eu deveríamos ter previsto essa atitude impensável daqueles cinco! – A voz do professor saiu seria e forte, mostrando para a tia do pequeno gênio que ele se sentia culpado pelo que ouve, mas...

— Kojiro-sama, por favor não se culpe. – Diz tia Cass. – O que está feito esta feito, não adianta procurarmos culpados ou culpadas... nada disso trará Weltall de volta.

O samurai abaixa a cabeça.

— Entendo... mesmo assim não posso ficar inerte e sem fazer nada, por isso decide fazer uma investigação por conta própria averiguando todos os fatos, desde da partida deles do continente até Yamato.

A moça se surpreende.

— E... descobriu algo? – Pergunta a tia de Hiro com um tom de esperança.

— Descobri algumas coisas, mas prefiro não revelar nada ainda sem ter provas concretas, não quero cometer nenhuma injustiça, entende?

Cass meneia a cabeça em confirmação, realmente fazer um julgamento precipitado agora não seria nada bom.

— Então... o motivo de o senhor querer conversar comigo deve ser por causa de...

— Tadashi! – Responde o samurai sem tripudiar. – Cass-sama eu devo admitir que estou perplexo, quando ouvi daqueles quatro aloprados que Tadashi tinha feito, custei a acreditar... entrar ilegalmente em um país, caçar um mago das trevas por conta própria, colocar civis em perigo ao atrapalharem uma ação da polícia... tudo isso liderado por ele! Esse comportamento não condiz com o menino que conheci em Draconia! – Diz o samurai descrente.

A tia dos irmãos Hamada suspira, entendia muito bem o que o professor queria dizer. Tadashi podia ser um ótimo menino, sempre prestativo, sorridente e amigável... isso era o que ele queria que todos acreditassem

— Nem sempre podemos manter nossas mascaras, não é professor?

— Hum?

— Todos nós usamos mascaras, seja por muito ou por pouco tempo, as vezes as usamos para nos proteger em um ambiente hostil e as vezes para esconder nossa verdadeira personalidade.

O samurai ergue uma sobrancelha.

— O que a senhora está tentando me dizer?

A moça suspira e diz:

— A verdade professor... é que nenhum de vocês conheceu o verdadeiro Tadashi... já eu...

Lagrimas começam a escorrer dos olhos da moça.

— Cass-sama...

— Eu sempre tentei ser a melhor tia para eles. – Diz a moça chorando. – Cuidei deles como se fossem meus filhos, já que a vida não me agraciou com essa oportunidade. – Acaricia o próprio ventre. – Desde bem nova eu sabia que não poderia gerar filhos, isso afastou vários pretendentes que começavam a namorar comigo, mais logo terminavam ao saber que nunca poderia gerar herdeiros, ou seja, constituir uma família... isso doía muito...

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O samurai sentiu uma pontada no estomago, realmente existiam pessoas muito idiotas no mundo.

— Eu havia desistido... achava que viveria sozinha para sempre, mas um dia tudo isso mudou...

Kojiro coloca os cotovelos sobre a mesa, prestando atenção no relato da moça.

— Um dia sem que eu esperasse, minha irmã Misato apareceu em minha casa junto com seu marido Kenzo. Ambos estavam com aparências abatidas, exaustos e até alguns machucados e com eles traziam duas pequenas vidas...

— Tadashi e Hiro. – Supõe o homem.

— Sim, Kojiro-sama... meus sobrinhos queridos. – Responde a tia dos irmãos Hamada ao professor de Draconia. – Tadashi na época tinha quatro anos e Hiro era um bebê de colo, eu estranhei a presença de minha irmã e meu cunhado, quando vinham me visitar sempre avisavam para que eu preparasse várias gostosuras... que por sinal eles adoravam. – Sorri limpando uma lagrima. – Mas naquele dia eles não queriam comer nada, ou melhor, estavam com muita, muita pressa.

— Muita pressa? – Questiona o samurai.

— Sim, Kenzo e Misato, não me explicaram muito bem, só que precisavam partir e deixaram os meninos comigo.

O professor arqueou uma sobrancelha.

— Não explicaram o motivo?

Tia Cass meneia a cabeça em negação.

— Eles só disseram que não seria seguro que os meninos ficassem com eles, me assustei ao ouvir aquilo e pensei... “o que esses dois se metram”? Mas me fizeram prometer que eu cuidaria deles, até retornarem... e isso nunca aconteceu. – Comenta a tia dos meninos com voz triste.

— Não deve ter sido fácil não é?

— E não foi mesmo... devo admitir. – Responde. – Tadashi era muito rebelde naquela época, preferia ficar sozinho rabiscando em um caderno, já Hiro chorava muito devido a falta da mãe. Passei muitas dificuldades afinal não estava acostumada a cuidar de crianças... foi um desafio e tanto... mais aos poucos, fomos nos conhecendo, nos unido, aos poucos aqueles meninos que eram estranhos se tornaram minhas joias mais preciosas, Tadash se acalmou e Hiro não chorava mais, juntos superamos as dificuldades e nos tornamos uma família.

O professor ouvia tudo com atenção, percebia que a tia dos meninos falava com amor de ambos os sobrinhos que ela considerava como filhos, mas havia algo que ele queria saber e que começaria a fazer sentido agora.

— Foi então que um dia... tudo mudou... quando Hiro fez cinco anos e Tadashi estava para fazer nove, o mais novo construiu um pequeno robô, sozinho e sem ajuda de ninguém, eu fiquei extremante feliz e orgulhosa, cheguei até a comentar que ele havia puxado a genialidade do pai... esse foi meu erro.

Kojiro serra os olhos e ouvia ainda com mais atenção.

— De repente Tadashi surtou! Começou a ofender Hiro e sua invenção dizendo que aquela invenção era fútil e sem proposito, um desperdício de recursos para algo melhor... acredita nisso? Uma criança de oito anos e meio falando isso?!

— O que ouve depois? – Questiona o samurai.

— Hiro chutou o tornozelo do irmão e saiu correndo, se desfazendo do pequeno robô, depois disso a relação entre os dois ficou estremecida. Dias se passaram e mais calmo Hiro tentou se reaproximar do irmão, mas sempre era rejeitado pelo outro que se afastava. Meses se passaram e Tadashi vivia sempre sério e sem brilho nos olhos, estudava a portas fechadas ignorando a existência do irmão e quando podia o menosprezava... era horrível...

— Mas porquê? – Inquere o professor.

— Eu pensei em várias possibilidades, talvez birra, rebeldia, implicância, coisas que crianças fazem... mas aos poucos... eu comecei a perceber que aquilo não era birra e sim... outra coisa...

— Outra coisa?

— Sim... – Kojiro pode notar um olhar de medo da tia dos irmãos Hamada. – Um dia eu cheguei em casa e ouvi um choro, segui até a garagem e quando entrei vi Hiro debruçado sobre vários dos pequeno projetos que ele fez... destruídos!

— Destruídos?!

— Exato! Hiro sempre teve amor pelas maquinas e isso se mostrava em seus pequenos e inocentes projetos, ele havia herdado a mesma paixão pelas maquinas que o pai e talvez até sua sabedoria e isso incomodou Tadashi de certa forma.

O samurai arqueou uma sobrancelha.

— Porque isso incomodaria o Tadashi? – Pergunta o samurai.

Tia Cass respira fundo e confessa:

— Acontece que Tadashi... nunca aceitou ter sido deixado comigo pelos pais, achava que podia ajuda-los de alguma forma, que foram egoístas em só pensar na tecnologia do que na própria família e que no fundo não os amavam de verdade... isso ele começou a falar com cinco anos, com o passar dos anos sua magoa ao invés de diminuir, aumentava e no fim ele já falava que um dia superaria o pai... fosse em sabedoria, inteligência, fama e principalmente renome!

— Renome...

— Sim professor, renome... Tadashi tem um desejo enorme de ser reconhecido pelo mundo, provando que é maior do que o pai o famoso Kenzo Hamada!

Kenzo Hamada era considerado o pai da robótica moderna. Em sua infância os robôs ainda eram muito arcaicos e duros, seus motivemos eram muito limitados e eles nem falavam o que dificultava a comunicação entre eles e os humanos. Por isso ainda novo começou a pensar em formas de melhorar os robôs para que pudessem ser a diferença em um mundo onde a magia era soberana.

E assim ele o fez!

Estudou muito, lia plantas complicadas, desenhava formulas, estudou as esferas de vapor dos robôs e percebeu que poderiam ser substituídas por Moonstones que daria a eles muito mais energia. Desenhou o primeiro exoesqueleto que seria a base para a criação de qualquer robô da atualidade, programou a primeira interface neural e depois de dez anos apresentou ao mundo o primeiro robô que se comunicava com outro humano e isso tudo aos dezessete anos!

Seu nome foi reconhecido por toda San Fransyko e ele não parou mais, começou a construir novo robôs, mais versáteis e rápidos, ajudou os meios de comunicação, ou seja as memory boxes. Não havia uma só descoberta no mundo da tecnologia que não contasse com a ajuda de Kenzo.

— Ele sempre foi altruísta. – Diz Cass. – O senhor acredita, que ele negou projetos de milionários para criar tecnologias privadas?

— Não me diga! – Kojiro estava impressionado com as história que ouvia.

— Sim, ele só trabalhava em projetos que ajudassem as massas, ou seja o povo... ele sempre foi muito altruísta, acho que foi essa uma das qualidades que fizeram minha irmã se apaixonar por ele.

— Entendo...

— A fama dele foi tanta que ele passou dois anos fora da cidade e voltou com ainda mais ideias que eu mesmo não consigo entender.

— Mas todas foram para o bem comum, não é? – Indaga o samurai que recebe um sorriso da moça. – Acho que já descobri de onde vem o jeito altruísta de Hiro. – E toma uma xícara de seu chá.

— De fato... Hiro puxou tudo isso de Kenzo e isso era o que Tadashi não suportava.

— Porquê?

— Tadashi tem o pai como um rival, um adversário a ser superado e ele não aceita que ninguém interfira em sua ambição.

Os olhos azuis do samurai tremem ao ouvir aquilo, sua feição fica seria assustando a tia de Hiro.

— Professor?

— Cass-sama... o que a senhora quer dizer com, “ninguém interfira em sua ambição”?

E a moça reponde:

— Lembra dos projetos de Hiro que falei que estavam destruídos?

O samurai meneia a cabeça em afirmação.

— Tenho quase 100 % de certeza que foi o Tadashi quem os destruiu. Ele negou é claro, dizendo que não havia provas e de fato não havia. De início acreditei nele, mais depois acontecem mais vezes e eu me convenci que ele estava sabotando as invenções do irmão até que ele desistisse de criar algo novo.

— Pela Deusa Althena... – Murmura o professor atônito.

— Hiro passou anos sem criar nada, até que Tadashi foi para Draconia e Weltall chegou, trazendo luz a vida do meu pequeno sobrinho.

— E agora graças a Tadashi, Hiro perdeu seu melhor amigo.

A tia dos meninos mal consegue responder, sentiu seu peito doer, após a afirmação do professor.

Como ela queria que aquilo não fosse verdade, mas infelizmente...

— Eu não tenho outra explicação que não seja essa. – Afirma já voltado a chorar.

Tal ato deixou o samurai revoltado, não admitia ver pessoas inocentes sofrendo a sua frente, principalmente uma mulher tão bondosa e gentil como Cass.

— Aqui Cass-sama. – O samurai estende um lenço tirado de seu bolço do paletó.

— Obrigada. – Agradece a moça limpando as lágrimas. – O senhor parece ser um ótimo professor Kojiro-sama.

— Na verdade sou bem rígido com meus alunos. – Afirma o samurai. – Os pressiono a tira-los o melhor de si mesmos e são raras as vezes que recomendo alguém, seu sobrinho mais novo foi o primeiro em dez anos a chamar minha atenção por seu talento!

A tia de Hiro abre a boca em forma de “O” ao ouvir tal afirmação, novamente seu sobrinho a surpreendia e disse baixinho:

— Esse é meu sobrinho!

Um sorriso surge na face do samurai ao ouvir aquilo, mesmo Cass tendo dito tão baixo, mas logo o sorriso some, havia conseguido muito mais do que informações com a tia de seu aluno... conseguiu um perfil psicológico dele, perfil esse que ele escondeu muito bem e de imediato alguns fatos que aconteceram no decorrer dos anos em que o rapaz esteve em Draconia voltaram a sua mente o deixando muito preocupado.

“Por favor Deusa... que eu esteja errado!”

Foi então que o barulho de sua memory box interrompe seu pensamento.

— Com licença Cass-sama.

— Disponha.

O samurai abre a memory box e atende:

— Quem fala?

“Oi, Kojioro-sensei, é a Mérida!”

O professor de imediato bufa.

— O que vocês aprontaram desta vez?

“Nossa que desconfiança, hein?”

O professor fala sério.

— Mérida você não me ligaria se algo não tivesse acontecido, então pare de enrolar e diga logo o que aconteceu?!

A princesa não responde de imediato, mas o professor pode ouvir ao fundo as vozes de seus alunos, principalmente a de Jack que berrava que não tinha sido ele.

— Mérida... o que está havendo aí?

E a princesa responde:

“Acho melhor o senhor vim ver pessoalmente... o Jack fez uma MERDA das grandes!”

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“NÃO, FIZ NÃO!!!”

A voz de Jack ecoa tão alto que o professor tem que afastar o aparelho do ouvido.

— O que está acontecendo aí?! – Brada o samurai.

“Professor não acredite em nada o que a Mérida disser... É TUDO MENTIRA!!!”

E a memory box desliga.

O calmo samurai fecha sua memory box, respira bem fundo, toma sua xicara de chá e diz com toda a calma do mundo.

— Eu vou matar aqueles moleques... e vai ser hoje!!!

A tia dos irmãos Hamada arregala os olhos ao ver um brilho medonho nos olhos do samurai.

— Algum... problema?

— Relacionado aqueles quarto... sempre é problema! – Responde o professor se levantando. – Desculpe mais devemos voltar a vossa casa Cass-sama, preciso matar...digo corrigir aquele bando!

A moça olha preocupada.

— T-Tudo bem. – E se levanta, mas antes. – Ah, obrigado por me ouvir, nunca tive oportunidade de conversar sobre esse assunto com outra pessoa, me sinto aliviada. – E esboça um belo sorriso, sorriso esse cheio de alivio e reconfortante de alguém que pôde dividir o peso de um importante segredo com mais alguém e o samurai sentia isso.

— Foi uma honra poder conversar convosco Cass-sama. – Responde Kojiro fazendo uma reverencia tradicional dos samurais, curvando metade do corpo deixando a moça sem jeito.

— N-Não precisa ser tão formal, eu, eu não mereço!

O samurai ao fim da seu cumprimento encara sério a moça.

— Não merece? – Se aproxima e segura a mão direita dela com carinho. – A senhora lutou muito pelo bem estar de dois meninos, se entregou de corpo e alma para eles, mesmo não tendo seu sangue e isso... é algo que só uma mãe pode fazer.

Os olhos de Cass se enchem de lágrimas, estava ouvindo aquilo mesmo?

— O que... o senhor está?

— A senhora pode não ter dado a luz a eles, mas os preencheu com outra luz. A luz do amor e da família, a senhora pode não ter sido uma mãe de ventre, mais foi uma mãe de coração e isso... ninguém pode lhe tirar.

E depois dessas palavras tão carinhosas e calorosas a tia dos irmãos Hamada esqueceu completamente a etiqueta e abraçou o samurai que não esperava aquela reação ficando imóvel. Podia ouvir as lágrimas da moça e ela dizer baixinho obrigado. As pessoas envolta olhavam para ambos, alguns sorriam, outras cochichavam e ainda teve alguns que suspiravam e isso deixou o professor tenso.

— C-Cass-sama... a-acho que é melhor... nós... separarmos.

— Hum! – Ela ergue o rosto encarando o samurai e foi então que se deu conta que o havia abraçado no meio do café. – Aí... que vergonha! – E se solta toda vermelha. – Desculpe Kojiro-sama, eu não tive intenção é que... é que...

— Tudo bem, tubo bem, mas acho melhor irmos. – Responde o professor estendendo o braço direito para ela. Tia Cass fica vermelha, mas logo corresponde o gesto entrelaçando seu braço esquerdo com o do professor e ambos saem elegantemente do café, na saída pagam a conta pegam um veículo que o professor alugou e partem para a residência dos Hamada.

Enquanto isso na casa da família Hamada...

— Pronto, ele já deve estar vindo. – Diz Mérida fechando sua memory box diante de um Jack bolado.

— Ruivinha, em nome de Althena e de todos os Dragões Sagrados que existem, que eu nem sei quantos são, me responde?

Pausa dramática.

— PORQUE VOCÊ LIGOU PRO PROFESSOR KOJIRO?!!!

A ruiva lança um olhar sonso para o rapaz e responde apontando o dedo para um memory pc destruído.

— Você quer realmente que eu responda?

Jack a encara e reponde pela milésima vez:

— Não fui eu!!!

— Ah não? Então de que quem são os cristais de gelo que estão sobre o monitor, o teclado, a torre, a tomada e quem foi que saiu correndo para nos chamar dizendo que estava usando o memory pc do Tadashi? – Questiona Mérida apontando para Frost que serrava os dentes.

— Mas não fui eu!!!

— Mérida para! – Zie se manifesta. – Essa discussão não vai levara a lugar nenhum.

— Ufa, valeu por me apoiar Zie, pelo menos VOCÊ é mais sensata! – Jack enaltece o “você” olhando para Mérida que cerra os olhos.

— Isso mesmo sem brigas, vamos apenas nos concentrar em concertara a burrada do Jack e sair daqui sem que ninguém perceba, tá?

— Isso aí concertar a minha burrada... – O albino se cala. – COMO QUÊ É?!!!

Mérida não se aguentou e caiu na gargalhada, ver o Frost passando vergonha era um de seus passatempos, se não o favorito!

— HÁ, HÁ, HÁ, SE DEU MAL!!!

O albino encarava a loira choramingando.

— Até tu loirinha!

Aprincesa de Corona sorri sem jeito.

— Sabe Jack, devido as circunstancias, do memory pc estar congelado e você ser um mago do gelo... eu supus o obvio do obvio.

— Mas o obvio do obvio, não é o obvio do obvio dessa vez, poxa!!! – Brada o rapaz magoado.

— Nossa quantos óbvios.

— Cala a boca ruivinha!

A ruiva sorri.

— Há, há e perder a chance de você se dar mal... jamais!

O albino fuzila a ruiva, sabia que Mérida não iria acreditar nele, mas Rapunzel, essa havia doido. Soluço não havia dito nada, apenas estava agachado abrindo a torre do memory pc para tentar salvar alguma coisa e quando abriu ficou sério.

— E então Soluço... dá pra reparar com magia? – Pergunta a princesa de Corona.

O herdeiro de Berk olhava todos os componentes da máquina, todos de última linha, Tadashi havia gastado um nota na construção daquela máquina com toda a certeza.

— Infelizmente não Zie. – Responde pegando um bloquinho de notas e anotando alguma coisa. – O gelo penetrou nos circuitos e conectores eletrônicos da máquina, causando um curto-circuito, foi isso que causou a explosão.

Ao ouvirem isso as duas princesa encaram Frost decepcionadas.

— Não me olhem assim, eu já disse que não fui eu!!!

Mérida bufa ao ouvir mais uma desculpa do Frost e diz:

— Sabe Jack, eu já vi você fazer muita merda antes, tipo expiar o banheiro das meninas, pregar peças, contar piadas com duplo sentido entre outras babaquices que você vive fazendo. Agora destruição de propriedade alheia... cara você passou do limites!!! – Exclama Mérida apontando para o memory pc de Tadashi destruído. – Admite logo que foi você e pronto, aceita que dói menos!!!

O albino estava sem palavras, havia corrido para chamar os amigos para verem o que ele havia descoberto sobre Tadashi. Logico que desconfiaram dele, afinal Jack era o rei das pegadinhas, mas sua insistência foi tanta que os outros resolveram subir e averiguar, no entanto...

— Não fui eu!!! – Exclama o rapaz apontando para si mesmo. – Acreditem em mim, por favor, eu não ia destruir algo assim e outra... cadê o Tadashi?!

— Não mude de foco Jack, a questão é o memory pc, não o Tadashi. – Diz Zie seria.

— Mas é sim! – Responde o rapaz. – O professor Kojiro foi bem claro com a gente, ninguém saia de casa até ele voltar... até eu cumprir essa ordem e outra... – Caminha até os armários e gavetas e as abre. – Cadê as coisa dele, não achei nada aqui, nem a mala dele!

— Olhou debaixo da cama? – Pergunta Mérida de braços cruzados fazendo o albino a olhar incrédulo.

— Serio que você perguntou isso?

— Geralmente as pessoas guardam malas debaixo da cama, justamente pra poupar espaço cabeção!

Jack ergue uma sobrancelha não acreditando que estavam conversando sobre malas.

— Olha, eu não sei nada disso pelo fato que eu não tenho mala e nem cama própria, mas vamos tirar a dúvida. Zie olha pra gente se a mala tá mesmo debaixo da cama? – Pede Jack sem se virar e a resposta foi...

— Tá aqui! – Exclama Zie puxando a mala debaixo da cama.

Depois essa Jack só conseguiu dizer uma coisa:

— PORRA!!!

— Cara... você tá ferrado! – Diz Mérida sorrindo de ponta-a-ponta.

— Você deve estar adorando isso né?

— E como!

— Tá bom chega! – Exclama Soluço se levantando. – Zie que horas são?

A loira estranha a pergunta do rapaz, mas verifica em seu relógio de bolso.

— São 19:30hrs, porque?

— As lojas de informática e aparelhos eletrônicos daqui fecham as 22:00hrs, anotei aqui todas as peças do memory pc que o Jack destruiu. – Explica Soluço mostrando o caderninho de notas que estava escrevendo. – Vou até lá e ver se consigo comprar todas as peças e montar um pc novo.

As meninas olham espantadas para o rapaz.

— Acha que consegue montar um pc novo Soluço? – Pergunta Mérida meio incrédula.

— Consigo sim, essas lojas vendem todos os componentes que preciso, só espero que o Tadashi tenha feito backup dos arquivos dele... isso nem eu consigo resolver.

Rapunzel suprirá alivia.

— Puxa! Ainda bem que temos um gênio entre nós... porque eu não entendo batatinhas do que você disse So.

— Idem, sou “noob” nesses assuntos. – Responde Mérida. – É assim que se fala, né?

— É sim. – Responde o herdeiro de Berk. – E Jack... você vem comigo!

— EU?! – O albino arregala os olhos apontando para si mesmo. – Mas Soluço eu já disse que...

— Eu já ouvi, mas não tem outra explicação, tem?

O albino ficou calado, nem seu melhor amigo acreditava nele.

— Vamos, meninas se o professor perguntar expliquem pra ele, tá?

— Pode deixar! – Exclama Zie acenando.

— Vê se não congela mais nada pelo caminho sorvetão! – Zomba Mérida deixando Jack fulo da vida.

— Sua ruivinha mequetrefe... – Só que Jack não conseguiu terminar a frase já que Soluço o arrastou escada abaixo. Calçaram os sapatos, Soluço pegou uma mochila e saíram noite afora.

Sozinhas as meninas se entreolham.

— E então Méri, vamos fazer coisas de meninas? – Pergunta Rapunzel com um brilho nos olhos.

— Tipo, jogar videogame, ou tiro ao alvo?

O brilho nos olhos da loirinha desapareceu na mesma hora.

— Deixa pra lá... – E desse as escadas desaminada.

— Ué... o que foi que eu disse? – Questiona Mérida dando de ombros.

Lá fora na cidade os meninos caminhavam.

— Poxa não acredito que nem você acreditou em mim mano? – Jack murmura magoado, mas Soluço não respondeu.

— Olha eu sei que piso na bola várias vezes, mas vocês precisam acreditar em mim dessa vez... o Tadashi tá escondendo algo muito sério da gente e por isso... ué a gente não ia para as lojas de informática? – Questiona Jack ao ver que Soluço seguia por outro caminho.

O herdeiro de Berk olha em volta, parecia verificar se não estavam sendo seguidos.

— Soluço?

O rapaz moreno olha para um canto e sem avisar pega o braço de Jack o puxando para uma área aberta, na verdade um parquinho infantil que estava vazio. Assim que entraram o berkiano soltou o braço do albino e se vira o encarando.

— Pronto, aqui tá bom.

Jack o olha confuso.

— Dá pra explicar o que tá acontecendo?

Soluço saca um relógio de bolso.

— São exatamente 19:40hrs... quando o professor Kojiro voltar ele vai mandar colocarmos aquelas pulseiras limitadoras que os magos que vem a cidade são obrigados a usar e a 00:00hrs elas vão ser ativadas começando a nos monitora caso usemos alguma magia.

— Ehhh... – Jack fica confuso ao ouvir aquilo.

— O que significa que temos quatro hora e vinte minutos livres para podermos usar magia! – Explica o rapaz para o albino que estava confuso.

— Cara... o que você tá...

— Jack!

— Ah?

— Você apreendeu a fazer uma barreira de runas, não apreendeu?

O albino na mesma hora arregala os olhos.

— Como é que?

— Apenas diga sim ou não, temos pouco tempo!

— Olha... sim... eu apreendi a fazer essa barreira no ano passado, é uma que isola um pequeno espaço e ninguém com magia pode ver, tipo um capa de invisibilidade gigante.

— Essa mesma! – Exclama o moreno.

— Tá mas nunca tive chance de usa-la.

— E consegue executá-la agora?

— AGORA?!

— Jack, por favor, preciso que você faça isso. – O Herdeiro de Berk parecia tenso. – Preciso dizer coisas que não podem ser ouvidas por pessoas com poderes, principalmente magos!

Os olhos do albino brilham.

— Perai... Soluço você tá dizendo que...

— Cria a barreira... depois eu falo!

Não precisou dizer uma terceira vez, logo em seguida Jack invoca seu cajado o cravando na terra do parquinho.

— Se afasta um pouco! – Ordena o rapaz e Soluço se afasta.

Jack fecha as mãos e os olhos e começa a recitar palavras em uma língua desconhecida para o berkiano. O cajado do mago do gelo começa a brilhar em uma luz azul pálida. Runas magicas começam a surgir na superfície do cajado, de pouco em pouco até tomarem toda a arma do mago que aos poucos vai abrindo as mãos e as runas “flutuam” formando círculos que se espalham pela área onde os dois rapazes estão.

Soluço olhava impressionado a magia de seu amigo se formando, sabia que de todos eles Jack era o mais forte e possivelmente o mais inteligente, só que não levava isso a sério, mas se levasse... ele seria imbatível. Afinal aquele feitiço era difícil e não é qualquer mago que consegue executá-lo e Jack o estava executando com maestria.

Os círculos feitos de runas se espalham criando um tipo de redoma de luz azul que vai se fechando, a Aura de Jack fluía por seu corpo que o fazia flutuar no ar, em segundos todo o parquinho estava envolto pela barreira de runas e ninguém podia velos, nem ouvi-los.

Ao finalizar sua tarefa o mago do gelo pousa se apoia no cajado, abre os olhos e solta o ar dizendo:

— UFA! Cara, me custou mais Aura do que eu esperava, mas agora estamos isolados, ninguém pode ver ou nos ouvir, o que você tinha de tão importante para me dizer?

Nesse momento Soluço retira a mochila que carregava nas costas, a abre e dela retira um grosso fichário, o abre folheado algumas páginas até achar o que queria.

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— Jack... foi isso que você viu no memory pc do Tadashi?

Os olhos de Jack quase saíram para fora quando ele viu os mesmos desenhos que estavam no pc bem a sua frente, perfeitamente desenhados no papel.

— Mano... você...?

Um sorriso se forma na face do herdeiro de Berk.

— Você não foi o único que mexeu naquela maquina meu amigo... eu mesmo já o tinha usado algumas vezes, por já estra desconfiado do nosso “amigo”. – Explica o rapaz. – E como Tadashi não tinha impressora eu transcrevi e desenhei tudo que tinha naquele maquina, levei dois dias... mas acho que o resultado foi positivo!

Jack não sabia o que dizer, folheava as páginas e lá estavam as figuras do corpo humano com peças de metal que ele viu, todas desenhadas em detalhes.

— Mano... você fez tudo isso... sozinho?

Soluço meneia a cabeça em afirmação.

— CARA VOCÊ É FODA!!!

— Não exagera! – Reclama o moreno. – Mais esta ai, tudo o que ele fez e colocou naquela maquina eu pus ai. Inclusive cartas enviadas para um homem do Ministério da Magia chamado Klaus Van Carter.

Os olhos de Jack se arregalam.

— Mano... esse cara mandou uma carta agora pouco pro memory pc, era uma das coisas que eu ia mostrar para vocês! – O albino pensa. – Acho que não deu tempo de você transcrever essa carta né?

— Infelizmente não. – Responde Soluço. – Só estão ai os arquivos desde hoje de manhã.

Jack suspira.

— Mano... o que o Tadashi tá aprontando?

O rosto de Soluço fica sombrio.

— Não sei ao certo... mas tudo indica que ele planejou nossa vinda até San Fransyko... nos mínimos detalhes.

— Mas por qual motivo? – Questiona o Frost. – Será que ele tinha medo que o mago das trevas visse o que ele estava fazendo?

— Isso se existir mesmo um mago das trevas. – Comenta o berkiano.

— Quê?!

— Jack... acho que ele inventou esse papo de mago das trevas... só para nos trazer até aqui.

O albino arregala o olhos em choque.

— Como assim mano?!

— Vira para as primeiras páginas... e você vai entender. – Pede o herdeiro de Berk.

O albino estranha aquelas palavras, mas obedece e vira o fichário para o início e o que ele vê o deixa atônito.

— Mas... isso aqui é...

E longe dali no memorial dos monge Hiro digeria o que seu irmão havia dito.

— Você disse... o quê?

O rapaz ríspido responde:

— Você ouviu... quero que você rasgue aquela carta de admissão e me prometa nunca pisar em Draconia... ou eu juro por Althena... que você nunca mais vera aquela pilha de sucata novamente!!!