Lembranças ou Amor?

Uma decisão de cada lado


Harry voltara para o seu quarto naquela noite, ainda não acreditando no que acontecera. Nada tinha sido em sua imaginação, o professor Lupin também sentia o mesmo por ele. O garoto arrastava-se pelos corredores, feliz com essa memória recente em seus lábios, em seu corpo.

Foram três dias longos até a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Harry seguiu cedo para a sala, mesmo sem seus amigos e quando chegou lá, descobrira que o professor Lupin estava indisposto para dar aula, de novo. Harry não entendera, como professor estava doente, acontecera o mesmo no mês passado e no outro. Será que tudo estava bem?

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No primeiro intervalo que teve entre as aulas, Harry saira correndo até o gabinete do professor. Bateu e bateu na porta, mas ninguém veio atendê-la. Quando tentou abri-la, trancada. Ficou intrigado e pensou na noite em que se beijaram, se o professor demonstrava sintomas de doença, mas só o que vinha em sua mente eram seus corpos ardentes.

Mais um tempo se passou e finalmente o professor aparecera para aula, com um curativo em seu rosto e uma expressão cansada. Harry quase pulou de alegria, mas ao mesmo tempo estava nervoso. Nunca mais tinha o visto depois daquele dia. Será que tudo ficaria bem entre eles como gostaria que estivesse?

Quando Lupin avistara Harry dentre os alunos, se sentira ainda mais desconfortável. Como iria encará-lo agora? Por que fez o que fez? Tudo estava errado, mas o seu pior sentimento era que tinha gostado. Gostou de cada gemido, cada toque, cada beijo que lhe arrepiava. O que James está pensando sobre tudo isso?

O professor sabia exatamente o que fazer pois não podia deixar o seu pensamento cheio de dúvidas: ele precisava ser fiel ao seu amigo, ao seu status de professor e não deixar se enganar com as semelhanças entre Harry e James, afinal, ele é apenas um menino.

A aula acabara e Harry deu um jeito de se livrar de Rony para falar com Lupin. Harry teve que correr atrás do professor pelos corredores. Quando finalmente o alcançou, Lupin estava mais do que decidido.

— Professor, eu...

— Desculpe, Harry. Tenho compromisso. Com licença. - Lupin seguiu o seu caminho. Harry o acompanhava às pressa, batendo sua mochila em outros alunos.

— Então, posso passar a noite para...?

— Não.

Harry vira uma fúria nos olhos do professor, o que o deixara confuso.

E fora dessa mesma maneira todas as tentativas de aproximação entre Harry e Lupin. O que ambos não sabiam era que o outro estava decidido a se aproximar e a evitar mais dessa situação. Que os deixavam em muitas noites em claro.

Harry não conseguia dormir, sua cama parecia dura e os roncos dos colegas estavam retumbando pelo quarto. Decidiu ir até a Sala Comunal da Grifinória, para tentar relaxar e colocar seus pensamentos em ordem. Era claro para Harry que tudo que acontecera naquela noite tinha sido real, mas ele não conseguia entender como o professor não enxergava isso.

Ele se aproximou da janela para ver a noite lá fora. Tudo estava tão escuro, apenas Bichento, o gato de Hermione, estava transitando a beira da floresta. Um ruído aconteceu no quadro que dava acesso à sala e ele se abrira. Um vulto enorme passou pela porta e Harry se apavorou, esquecera sua varinha ao lado de sua cama. Se escorou no canto da janela e respirou baixinho para não ser ouvido pelo vulto, mas já era tarde demais: ele já estava indo ao encontro de Harry. Será que era Sirius Black? O vulto tirou algo do bolso, conjurou lumus e tudo ficou mais claro.

— Harry, - o coração dele disparou ainda mais, não esperava que fosse Lupin - você está bem?

Respirou fundo antes de responder: sim, professor.

Lupin aproximou-se de Harry, tocando o garoto nos ombros. Os dois se olharam com uma mesma intensidade, alimentando a pequena brasa.

— Harry, me perdoe, tenho agido de forma muito desnecessária com você. - Lupin respirou fundo - Na verdade, tenho fugido de nós por medo. Te quero, Harry, mais que tudo!

Antes que Harry pudesse responder qualquer palavra, Lupin já estava envolvendo o garoto nos braços e possuindo sua boca em um beijo tão ardente e arrebatador. Era tudo que Harry queria e precisava. Estava pronto para se entregar.

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