Os feriados e as neves já estavam acabando e a vontade de aprender a como derrotar os dementadores estava muito aflorada na consciência de Harry Potter.

Ele iria encontrar com o Professor Lupin na sala dele. Ele estava contando os minutos para tal. Era como se fosse jogar a partida final de Grifinória contra Sonserina.

Quando finalmente chegou o momento, Harry bateu a porta de seu professor que imediatamente mandou-o entrar com a voz abafada lá de dentro.

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— Sabia que iria chegar no horário, Harry. - convidou o professor com a mão após o pequeno bruxo abrir a porta.

— Professor. - respondeu Harry, acenando com a cabeça e oscilando a voz.

Remus Lupin estava com uma ótima aparência. Com certeza estava mais corado e vivo que da última vez que Harry o vira. Por mais que estivesse nervoso na presença dele, Harry sempre notara as suas faltas durante um certo período das aulas. Lupin estava sempre com um problema de saúde e isso preocupava Harry, porque o seu professor fora amigos de seus pais. E claro que ele acha que isso era o motivo de seu nervosismo.

O professor estava sentado atrás de sua escrivaninha, aparentemente tomando um chá extremamente quente. A sala de Lupin estava cheia de velas para todos os lados e prateleiras gigantes de livros. No centro dela, um grande espaço com um baú que expelia vibrações enquanto Harry entrava na sala. Ele parou e observou a caixa.

— Você tem certeza que quer tentar isso? Essa é uma magia muito mais avançada, muito além de todas as outras que você conhece, Harry.

Perguntou o professor, levantando-se de sua escrivaninha e caminhando até o centro da sala, parando em frente ao baú que tremilicava, juntando-se a Harry a observar a caixa.

— Preciso aprendê-la, professor. Não posso passar vergonha no próximo jogo! - Harry apertou as mãos, demonstrando um tanto de ódio em sua voz.

— Tudo bem. - disse Lupin num tom confiante caminhando até a caixa - Já está tudo preparado. Você conhece o Feitiço do Patrono?

— Não, senhor.

Lupin sentou-se na caixa e a fez parar de ter chiliques.

— Bem, o Feitiço do Patrono é como um escudo feito de energias positivas. Claro, como sabemos, os dementadores se alimentam destas energias e o escudo serve então para proteger o bruxo que a conjurou. Para o feitiço funcionar, você precisa se concentrar em uma memória muito feliz. Consegue fazer isso, Harry?

Harry respira fundo, tentando se acalmar e afirma positivamente com a cabeça.

— Pois então, feche seus olhos.

Lupin levanta-se da caixa e ela imediatamente começa a se sacudir novamente. Harry fecha os olhos, buscando profundamente a memória mais feliz no fundo de sua mente. O professor se aproxima de Harry e o observa. Claro que ele já notara antes, mas agora, ele estava aqui, imóvel em sua frente e teve total certeza de que o garoto era como uma cópia de James, seu amigo de infância, pai de Harry.

Lupin sentiu uma extrema vontade de abraçar o garoto, como se voltara aos seus treze anos, querendo reviver momentos felizes do passado.

— Concentre-se. Busque bem lá no fundo. - disse Lupin, fazendo o mesmo com as memórias de seu amigo. Ele tentou levar a mão até o rosto de seu aluno, seu coração se encheu de memórias boas, era como se pudesse desbravar o mundo outra vez com aquele mesmo coração acelerado, mas algo o congelou. Não podia. Ele respirou fundo - Então, tem alguma coisa?

Harry afirmou positivamente sorrindo ainda com os olhos fechados. Ah, como pode ter o mesmo sorriso? pensou o professor ainda preenchido pelos sentimentos daquela época.

— Deixe esse sentimento preenchê-lo e repita comigo: Expecto Patronum.

Quando Harry repetiu o dizer, Lupin sentiu seu coração apertar. Era a mesma expressão que James fazia ao dizer tal feitiço. Como um sentimento desse tão escondido poderia aflorar em tal momento? Tantos anos, tanto tempo depois e ele estava aqui novamente. Lupin sacudiu a cabeça, como se quisesse deixar todos os pensamentos caírem ao chão. Era muito inconveniente pensar nisso agora.

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— Certo. Vamos lá? - disse Lupin. Harry abriu os olhos e viu o professor muito próximo lhe perguntando. Imediatamente ele corou e toda a memória feliz escapuliu de nervoso, mas o garoto não notara.

Quando Remus abriu a tampa do baú, Harry estava a postos com sua varinha, segurando-a tão firme que se apertasse um pouco mais iria quebrar. Um dementador enorme saiu dali, levantando frio e tristeza pelo lugar. As velas se apagaram e as vozes de Lílian já começara a invadir a cabeça de Harry.

— Expecto Patrono! - gritou o garoto, mas nada aconteceu na sua varinha - Expecto Patrono! - ele tentou outra vez e nada - Expecto… expecto… expec...

Harry tentara, mas a falta de energia que o dementador consumira foi mais rápida que qualquer reação do garoto. Lupin apresentou-se imediatamente para resgatá-lo do chão após trancafiar o bicho de volta ao baú.

Ao tê-lo nos braços, tentou manter o profissionalismo, mas não conseguira. Outra versão de seu amigo estava ali quase sem um pingo de vivacidade. O professor não resistiu e acariciou o rosto de seu aluno, o trazendo para mais perto de si. Harry estava de boquiaberto, como se estivesse dormindo.

Lupin sentiu aquele sentimento de adolescente. Algo pulsava no seu peito e entre o seu ventre, gotas de suor começaram a se espalhar em sua face. Não vou fazer nada, somos apenas professor e aluno. Mas estamos apenas nós nesta sala, o que poderia acontecer? Lupin então se aproximou seus lábios nos lábios do garoto. Sua garganta estava seca e tudo o que pensava era será como beijar James quando tínhamos treze anos?

Não saberia responder sua pergunta, se ele não fizesse. E teria de ser agora.