Fugimos das Regras, Okay?

Capítulo 2 - Verdade, ou Consequência?


(…)

— Até que enfim podemos jogar, vocês dois por acaso esqueceram-se de que a Carmen não está mas a Ernestina sim? A gente conseguiu trancar a porta do quarto dela e fazer uma “coisinha” para que ela não ouça nada, mas dessa forma… — Disse a Bia num tom elevado.

— Calma, Bia. — Tentou Ana. — O que aconteceu para vocês demorarem tanto?

— Nem demoramos tanto assim! — Defendeu-se, o Binho.

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— E… O que vocês fizeram para a Ernê não nos ouvir? — Perguntou Tati, bem curiosa para variar.

— Eu também quero saber, tu e o Mosca não quiseram dizer a ninguém. — Disse a Dani.

— A gente depois diz-vos. Vamos é jogar porque já perdemos muito tempo à espera do Binho e da Tati.

— Eu giro a garrafa primeiro. — Disse o Thiago.

Assim o fez. Ele girou a garrafa e depois de algumas voltas dadas por ela, ficou de modo a que a Mili perguntasse à Maria.

— Então Maria… — Mili sorriu-lhe gentilmente. — Verdade ou consequência?

— Não vai haver aquelas coisas de beijo não é? — Perguntou a questionada, azendo uma careta ao pensar na possibilidade de ter que beijar algum menino.

A pergunta ingénua da pequena Maria causou discussão. Uns diziam que sem beijo não teria graça nenhuma, outros, que não jogavam se fosse pra ter que beijar alguém.

— Gente… — A Mili tentou chamar a atenção, para acabar com a confusão… Uma tentativa falhada. — Oh gente. — Tentou novamente, tendo assim duas tentativas falhadas. — Gente!! — Á terceira vez gritou, conseguindo atrair a atenção de todos. — Já chega, né? Respondendo à tua pergunta Maria, sim, vai haver beijos. Mas não te esqueças que são sempre três consequências dadas e tu deves escolher uma delas. Ou podes escolher verdade.

— Hm. Pode ser consequência.

— Eu sei que consequências podes dar!! — Gritou o Neco, correndo em direção a Mili.

— Ah, mas isso não vale! — Disse a Maria. — Oh Neco fica na tua!

— Já disse a ela. — Respondeu ele colocando a língua para fora.

— Ai o que eu vou fazer de ti… — Disse ela mostrando um pouco de raiva. Ela não costumava ser assim, mas com o Neco ela abre-se de todas as formas, afinal, ele é o melhor amigo dela.

— Primeira: bebe uma mistura de ingredientes feita pelo Neco; segunda: dá 10 voltas ao orfanato sobre supervisão dele; e terceira: cortares cinco centímetros do teu cabelo.

— Ei, não foi essa a terceira que eu disse! — Disse o Neco.

— A terceira que disseste era bem pior.

— Okay, okay.

— Vou dar as 10 voltas ao orfanato, mas Neco…tu vais te arrepender tanto.

Ele riu do que ela disse.

— Antes de irem, gira a garrafa Maria.

Ela girou e não esperou para saber quem havia ficado para quem, foi logo para a rua.

— Oh não. — Reclamou Vivi, ao ver que seria questionada pela Bia.

— Verdade ou consequência? — Perguntou, tendo soltado antes uma gargalhada.

— Verdade.

— É verdade que ainda dormes com o Chobi? — Perguntou com um sorriso sapeca, conhecendo com muita certeza a verdade.

— Quem é o Chobi? — Perguntou o Samuca.

— Sim, é verdade. — Vivi respondeu à pergunta da Bia revirando os olhos. — O Chobi? É…

— O leão de peluche da Vivi.

Alguns riram, enquanto ela revirava os olhos e girava a garrafa.

— Agora sim! — O Binho soltou uma gargalhada daquelas, ao ver que perguntaria ao Thiago, que fez cara de descaso. — Verdade ou consequência Thiaguinho? — Perguntou a sorrir, como se fosse aprontar alguma coisa.

— Consequência. — Respodeu confiante.

Binho riu alto, uma risada bem maléfica.

— Agora é que este jogo vai começar de verdade. É o seguinte parceiro: vais dar um beijo linguado ali na Aninha durante um minuto, vais fazer isso mas… — Riu, sem conseguir falar. — ao Rafa, — Todos riram para valer nessa hora, menos o Thiago e o Rafa. — durante o tempo que os pombinhos quiserem, ou vais dar um selinho à Ana, à Dani, à Bia, à Pata, à Mili e à Cris.

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— Já agora todas do orfanato não? — Perguntou num tom de sarcasmo.

— Escolhe aí parça.

— Só vou avisando que não vais sair livre de mim deste jogo… Ana, vem cá.

— É sério? — Perguntou Ana, sem nenhum tipo de expressão.

— Mas é claro, sou macho, não ia beijar o Rafa, e não ia beijar quase todas daqui.

— Eu tinha a esperança de que ele ia beijar o Rafa, que pena. — Disse Bia, a rir.

— É mesmo, já estava até a shippar RaGo. — Disse a Tati.

— ThiFa fica melhor. — Disse o Binho.

— Não.

— Sim.

— Morre, cebola do demónio!

— Ama-me menos Tatiane.

— Não dá para reduzir um sentimento que não existe, Rubens.

— Eita… Cuidado pra não gaguejares, hein? — Disse o Mosca a rir bastante.

— Gente, o pior é que eu acho que o Binho ficou chateado de verdade. — Disse a Pata, a rir ainda do que a Tati falara.

— Não precisa Binho. — Disse a Tati, beijando depois a bochecha dele, como se estivesse a tirar uma com a sua cara. — Gente, eu giro agora.

Ela girou e ficou da Vivi para o Binho.

— Heh, mas eu acabei de jogar…

— Oh senhorzinho, não fujas, vais jogar de novo e pronto.

— Vish…

— Verdade ou consequência?

— Consequência.

— A primeira: estás a ver a Daniela ali? Vais beijá-la.

— Isso é o que pensas… — Interrompeu, o Binho.

— Shh, não me interrompas. A segunda: vais dedicar uma música à minha irmãzinha.

— Oh se vou. Tati, gostas da música “Atirei o pau ao gato”? — Perguntou de soslaio.

— Ai Binho interrompes-me sempre, credo! E a terceira… a terceira… Já sei! Vais 20, não, vinte não, trinta minutos pro seu quarto com… — Ela olhou para todas, e ao ver que a Tati estava a fazer gestos como se fosse para ela não a escolher, decidiu que seria ela. — a Tati!

— O que mais queres de mim? A minha alma? Tá bom, Tati vem comigo.

— Juízo. — Disse a Vivi a rir.

— Divirtam-se bastante. — Disse a Dani.

O Thiago e a Ana aproximaram-se da mesinha da garrafa a dizer que tinham voltado. Como é óbvio, a demora deles foi questionada.

— É que nós encontramos uma coisa estranha, e decidimos ir ver.

— Lá no pátio tem umas roupas caídas no chão, juntamente com uns vidros.

— Vamos lá ver.

Os dois deixaram todos irem e ficaram na sala.

— Gostei da sua ideia.

— Eu sou expert nisso Ana.

— Ainda bem que não fizemos a consequência, a tua ideia deu certo.

— Queres falar mais alto?

— Calma senhor, já me calei.

Lá na rua…

(...)

— 10… acabou!

— Vamos para dentro.

(...)

No quarto dos rapazes…

Binho entrou no quarto e deitou logo na sua cama, enquanto Tati deitou na de Thiago. Ambos permaneceram bastante tempo sem dizer nada. Ele decidiu sentar-se na cama do Thiago para ficar a falar com ela, pelo menos não seria tédio completo. Quando se aproximou, é que deu conta de que ela havia adormecido.