A Hospedeira 2

Capítulo 13


Eu fiquei paralisada olhando para Jeb, ele sorriu tentando me reconfortar.

- Vai dar tudo certo, Peg. Pense positivo, respire positivo, coma positivo, resumindo, seja positiva. - Ele riu e apertou meu ombro de leve - Álias, Fords quer falar com você. Está na ala hospitalar.

Eu sorri e ascenti. Todos sabiam o quanto eu estava reagindo estranho ao que estava acontecendo, existiam até pessoas ainda que acreditavam que eu pudesse mudar de time e ir para o lado das almas. Ah, eu estou desnorteada, não consigo me concentrar em quase nada, me irrito e me desespero por pouco, tem dias que quase não como e outros que poderia comer por 20 pessoas. O que está acontecendo comigo?

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- Fords? - eu chamei ao chegar na ala.

Depois da chegada de Fords e das coisas que ele trouxera, o pequeno lugar onde Doc fazia seus milagres foi remorfado e arrumado para ficar uma pequena ala hospitalar. Eu gostei, estava menos medonho e as lembranças ruins não podiam ser lembradas. Fords estava sentado na sua abitual mesinha onde escrevia seu diário.

- Peg, finalmente! - ele se levantou e indicou a cadeira a sua frente - Sente-se, por favor.

Eu sorri e sentei na cadeira.

- Jeb disse que você queria falar comigo.

- Sim. - disse ele pensativo.

- E o que é?

- Eu preciso fazer uns exames em você. - ele disse sério

- Por que?- quis saber preocupada

Ele se levantou e andou até uma maca.

- Nós iremos descobrir. - ele indicou para que eu deitasse.

Fords me examinou em cima a baixo, principalmente em minha barriga. Então fez uma sequência de perguntas sobre enjoou, fome, estado emocional e físico, até que veio uma pergunta chave.

- E seu ciclo mestrual, Peregrina?

Eu o olhei confusa.

- Está normal.

- Tem certeza? Já ficou este mês?

- Bom, na verdade, acho que tem um mês que não veio.

Ele suspirou.

- Peregrina, eu não tenho certeza por não ter o material necessário para descobrir.

- Mas? - eu disse levantando uma sobrancelha.

- Acho que está grávida.

Eu escutei um gritinho fino e agudo soar distante, depois que percebi que fui eu quem gritara. Por instinto coloquei minha mão na barriga e o olhei horrorizada.

- Não. - eu disse

- Isso é uma notícia boa, Peg. - Fords sorriu

- Não.

- Por que não? - ele franziu a testa

- Ian não pode saber, ou melhor ninguém pode saber! - eu exclamei

- Você irá engordar, Peg, e precisará tomar remédios. - Fords disse calmamente - Eles não são burros, pelo contrário, irão perceber num segundo.

Eu me levantei bruscamente.

- Darei um jeito, mas ninguém poderá saber. Além que iremos nos mudar em breve, então não terão tempo para reparar.

- Peregrina, por que isso?

Eu parei de andar e fiquei em silêncio, demorei um tempo para conseguir pensar na resposta.

- É melhor, para todos, para a segurança deles.

E então saí pelo corredor escuro.