O Caderno

20.08.16


E rápido assim, estou só. Os sons reconfortantes de vozes familiares somem, desaparecem; as brigas e as brincadeiras, tudo. Não é porque não estão perto, tenho certeza, mas sim pelo sentimento arrebatador que surge: saudade, que bate no fim do dia quando os ouvidos não ouvem as palavras habituais.

Essa saudade, destrói, distrai e desanima. Essa saudade que vai e vem, que corre nas veias e sangra para fora do corpo. Saudade essa, que some ao aparecer do outro. Mas se outro sumir por uma eternidade, como dar forças a saudade, quando a tristeza, raiva e desespero já estão em seu lugar?

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E é por isso que o coração é pintado com duas cores: onde há o amor e alegria, há também a saudade e tristeza. Não podemos separar, nem escolher. É assim que é e ponto, porque o coração é rápido, involuntariamente, sadomasoquista, irracional e louco impensante, o que nos faz se guiar por ele, arrombando portas com o sofrer que escondem o sorrido genuíno de quem fala coraçãones.