Fofoqueira.Com

Você gosta disso?


Parece que a nossa querida bibliotecária Jane tem lido livros escondida entre as estantes. Ou será que ela resolveu tornar realidade seus contos de fadas?

Flagrada: Jane Bustern, estrelando em A princesa e o Sapo com Snoop Gring. Ao menos sabemos que, apesar de dormir em todas as aulas, Snoop se esforçou pra arrumar alguém que o ajude a passar em história, não é mesmo? Aliás, acho super romântico uns pegas escondido. Pra quem não sabe, pelas normas da escola é proibido qualquer contratado se envolver com alunos. Ai meu Deus, me perdoem, mas essa eu não podia deixar de contar.

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Boa sorte com seu emprego, senhorita Bustern. Foi uma honra tê-la conosco.

Sejam venenosos.

Sejam tóxicos.

XoXo, fofoqueira.

Da sacada do meu quarto, eu sentia o roçar do sol na minha pele e a brisa levar meus fios de cabelo pra trás suavemente. O sábado estava ensolarado, a semana passou mais rápido do que eu pude notar e tudo ainda estava nublado na St. Valley. No meu celular, a mensagem da Louise dizendo que a Giulia ainda estava mal e de castigo por pelo menos mais um mês. Fechei os olhos aproveitando o sol que vez ou outra sumia de vista e apreciei o momento. Isso até a campainha tocar.

Bonnie, minha empregada – mais conhecida como segunda mãe – deu três batidas na minha porta e abriu.

— Visita pra você. – Eu fiquei confusa com a cara que ela fez, mas entendi no momento em que o Lucca enfiou a cabeça entre a porta. – Desculpa, é o Lucca, você sabe que eu não conseguiria fazê-lo esperar. – O sorriso estampado na cara dela era claramente um sorriso de quem sabia que eu ia matá-la assim que pudesse. Ela saiu e o sorriso dele ficou. E eu, sem ter muito tempo pra trocar o pijama que estava usando, que era uma blusa regata de alça fina e calça moletom.

— Você não vai dizer nada? – Argh! Que cinismo. Ele entrou e fechou a porta sem desviar o olhar do meu.

— Penso que, te ignorando, você vai embora mais rápido.

— Sabe Blake, você tá bastante diferente. Imagina a minha surpresa ao descobrir que você faz parte de um bondezinho. Como é mesmo? – Fingiu pensar. – As Badgirls? – Sua risada tomou conta do quarto. – Desde quando isso é você? Aliás, o que é isso na verdade? Vocês são Deus?

— Isso não é da sua conta. – Seu olhar me desafiava a cada segundo. Seus pés começaram a se mover lentamente na minha direção e sem que eu percebesse, eu estava dando pequenos passos contrários ao dele temendo qualquer que fosse a distância entre nós. Baixei meu olhar desejando que, aquele momento, ele no meu quarto, não me afetasse.

— Ao que parece, é da conta de todo mundo. – Levantei a cabeça para encará-lo enquanto ele me julgava com os braços cruzados.

— Todo mundo parece alguém, e esse não é o seu caso. – Eu disse, deixando escapar um pouco de veneno na voz.

— No que você se meteu? – Seu olhar estava sério.

— Porque você se importa? – O desafiei com o olhar.

— Quando eu deixei de me importar? Quer dizer... – Ele parou, possivelmente repensando a resposta. – Tanto faz. – Disse rispidamente.

Ele estava a um passo de fazer nossos corpos se tocarem. Atrás de mim, a parede protestou.

— O que você está fazendo? – Minha voz saiu um pouco mais baixa do que deveria.

— Só deixando um lembrete. Eu fui, mas, como você pode ver, eu estou de volta. E é bom que você saiba que eu vou dar duro até você me aceitar de novo na sua vida.

— Não perde seu tempo, você não faz ideia do buraco onde tá se enfiando.

— Já estou ansioso pra descobrir. – Lucca se aproximou com receio, talvez por achar que eu o afastaria, mas eu não tive muito tempo pra pensar. Baixou sua cabeça até meu ombro, onde depositou um beijo, e depois dois. A essa altura minha cabeça pendeu para o lado quase que involuntariamente respondendo ao toque dele. – Você gosta disso? – Seus beijos subiam cada vez mais e arrepios tomaram minha pele. Ele adorava estar no controle, mas eu não podia me render desse jeito.

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— É incrível o efeito que você consegue causar... – Subi minhas mãos até seu peitoral e puxando pela blusa, acabei com qualquer distância entre nós. Ergui minha cabeça até seu ouvido onde mordisquei a ponta de sua orelha, sorri ao notar que ele se arrepiou. – Isso acaba claro, quando você abre a boca. – Joguei seu corpo pra trás o afastando. Ele me olhou como se não tivesse entendido o que tinha acabado de acontecer. – Você não me conhece mais, Lucca, mesmo que pense que sim. E pra ser sincera, você não quer me conhecer. Se puder me fazer um favor... – Apontei pra porta sem desviar do olhar dele.

— Não esquece que você também não me conhece mais. Eu posso te surpreender. – Sua voz saiu serena, mas, algo na voz dele ativou meu sexto sentido. Ele saiu sem dizer mais nada e deixando uma confusão enorme na minha cabeça.

Passei o dia inteiro fazendo absolutamente nada. Eu não tive pique pra ficar lendo todas as mensagens que estavam chegando no blog, tudo estava me esgotando, minha cabeça estava a mil e eu sabia que deveria me preocupar com essa inquietação.

No fim da tarde meu celular tocou, era a Helena.

“Você vai?”

“Pra onde?”

“A festa na floresta. Vai ser hoje, adiantaram porque os pais do Alec voltam de viagem na segunda, e você sabe, o território é deles”.

“Eu tinha me esquecido” – Na verdade eu só tinha ignorado as mil mensagens do Liam a semana inteira.

“A Thalia tá distante, Louise vai tentar convencer a Giulia de sair escondido. Deseje sorte”.

“Ainda assim, Thalia vai?”

“Não faço ideia, ela me ignorou a semana inteira” – Franzi a testa pensando em um bom motivo que faria Thalia se afastar sem mais nem menos.

“Te vejo mais tarde”.

“Vai bem gostosa, o Alec disse que está com saudades” – Do outro lado da linha, ouvi a risada escandalosa da Helena. Não consegui segurar uma gargalhada.

Ela desligou e eu deitei na cama fitando o teto. A festa na árvore era a típica festa de “o ano começou”. Adolescentes bêbados, fogueira, um lago e baldes de cerveja. O que pode sair de bom nisso?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.