Desde que nasci,

Enxerguei essa vasta imensidão,

com os olhos da vida e do coração.

Desde que nasci,

Sentimentos e emoções foram criados,

do útero da vida, onde cresci.

Nasci com a luz do amor

Transmitida no olhar,

de uma maneira bem singular.

A cada dia, a vasta solidão,

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Tomava conta da minha alma,

um pequeno monstro,

do qual eu alimentava.

Desde que nasci,

procurei o sentido da vida,

na minha vida sem sentido.

E esta longa temporada,

me ensinou que dessa vida não levaremos nada.

Desde que nasci,

Tentei construir minha base,

Escalar meu pilar,

E durante o percurso, percebi,

Que, não adiantaria me ausentar,

Pois, sozinho, não chegaria a nenhum lugar.

Desde que nasci, carrego a solidão,

Onde se faz moradia a minha introspecção.

E por um período, por não falar a minha vida toda,

Andei fugindo da verdade,

Buscando somente a irrealidade

Vivendo em sonhos

para me acomodar,

e dessa maneira, eu fui deixando de sonhar.

Com isso, só não percebi

Que a vida passou como um lampejo de um raio.

O que eu farei agora¿

Nessa lastimável senilidade¿

O que farei com essa tal fragilidade,

que me abate sobre a idade?

Com os olhos de um velho eu enxergo este mundo,

Seco e quebradiço.

Ah, se eu pudesse voltar atrás,

que tamanho foi meu desperdício.

No leito eu me despeço,

De tudo aquilo que não fiz,

e de tudo aquilo que desfiz.

Hoje romperei as barreiras do tempo e espaço,

Levarei da vida apenas vontades e desejos

que deixei de conquistar pelo cansaço.

Desejos resguardados e vontade de viver,

uma vida que eu não pude ter.

Covardia a minha,

como eu me arrependo.

Pois, daria tudo

Pra voltar no tempo

e viver cada momento.