O dia amanheceu nublado e fechado como se anunciasse alguma tragédia, o que não deixava de ser verdade. O quarto de hotel onde os bibliotecários e a Guardiã se encontravam recebia um pouco de luz através do vidro da janela ainda fechada. A luz incidia sobre os corpos deitados na cama.

Eve despertou e espreguiçou-se sentindo-se renovada após a noite de sono. Sua mão tocou algo quente de que ela não se lembrava. Não estava sozinha. Sentiu uma mão enlaçar sua cintura. Quase gritou de susto. Somente não o fez porque se lembrou de que durante a madrugada tivera um pesadelo e Flynn a acalmara, deitando-se ao seu lado e acariciando seu cabelo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ela retirou a mão de Flynn de sua cintura e levantou-se abruptamente da cama. Precisava esclarecer a Flynn assim que ele acordasse o que havia acontecido durante a madrugada, além disso, ainda tinham um mistério a resolver.

Ela aproximou-se da cama e sacudiu o bibliotecário.

— Acorda Flynn! - ela o chamou.

Flynn Carsen despertou assustado.

— O que? - ele perguntou atordoado. Quando viu Eve a sua frente ele sorriu - Bom dia Eve!

— Bom dia Flynn! Levante-se e vamos nos juntar aos outros para tomar café e continuar a investigação - ela ordenou.

Eve Baird caminhou até a porta e levou a mão à maçaneta e quando estava prestes a abri-la, parou e voltou-se para Flynn, sem contudo, fitar-lhe os olhos.

— Eu queria pedir desculpas pelo meu comportamento de madrugada. Quero que saiba que não tenho o costume de agir daquela maneira.

— Não é desonrado demonstrar um pouco de fraqueza. Mesmo os fortes em algum momento caem se não tiverem em quem se amparar - ele explicou - Você sabe que pode contar comigo.

— Obrigada! - ela agradeceu.

— Não contarei nada a ninguém. Não se preocupe, seu segredo está seguro comigo - ele comentou sorrindo.

Eles saíram do quarto e dirigiram-se à sala de refeições, onde os outros já se encontravam. Sentaram-se junto a eles.

— Bom dia! - saudaram Flynn e Eve em uníssono.

— Bom dia! - responderam os outros.

Eve serviu-se de uma xícara de café, pegou um pão que estava em uma cesta sobre a mesa e o mordiscou.

— Aceita mais café Cassandra? - Jacob perguntou Cass.

— Sim, aceito - ela assentiu corando.

— Ah! Parem de enrolação e se beijem logo! Está na cara que vocês estão a fim um do outro - comentou Ezekiel.

Jake e Cassandra ficaram sem jeito. Iam falar alguma coisa quando dona Isabel apareceu. Sua face aflita demonstrava que algo estava errado.

— O prefeito e mais algumas pessoas estão esperando por vocês, senhor Carsen. Não parecem com cara de bons amigos.

A equipe se entreolhou. Levantaram-se e seguiram para a entrada do hotel.

— Onde ela está? - perguntou uma mulher assim que viu o grupo.

— Ela quem? - indagou Flynn.

— Minha filha. Ela desapareceu - esclareceu a mesma mulher que o interpelou antes.

— Pensávamos que podíamos confiar em vocês, porém vejo que me enganei. Para que não tenhamos nenhum incidente ou problema, pedimos que vocês deixem nossa cidade - pediu o prefeito.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.