Herois e Vilões

Laboratorio


Savannah olhava para o chão do laboratório abandonado enquanto sentia um vento frio sob seus cabelos. Ela apertou os olhos enquanto Donn a observava. Ele se aproximou dela.

— O que foi minha linda? - Ele segurou seu queixo

— Não é nada, Donn. - Ela olhou para o lado

— Você não vai dar conta do trabalho, não é? Você anda muito mole ultimamente.

— Eu não estou mole! - Exasperou Savannah

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Donn aproximou o rosto do de Savannah. Ela ficou surpresa e corou um pouco. Ele sorriu.

— Isso que vamos ver. Agora as coisas estão como antes. Como deveriam ser.

Donn colocou as mãos dentro dos bolsos do sobretudo preto e caminhou elegantemente para saída do laboratório abandonado. Savannah abaixou a cabeça com uma expressão triste.

Enquanto isso, na entrada de Tecnocity, o Patrulheiro, já vestido com sua armadura, caminhava para entrar na cidade com dificuldade. Ele ouviu alguém encostado em uma arvore chamando sua atenção:

— Ei, enlatado.

O Patrulheiro se virou de costas e viu Snow sorrindo de lado, com os braços cruzados, encostado na arvore. Ele se afastou da arvore e caminhou um pouco na frente do Patrulheiro.

— Você?

— Soube que estava me procurando. Tanto esforço, e eu me pergunto: Realmente valeu a pena?

O Patrulheiro apertou os punhos e olhou para baixo.

— Isso não interessa. Eu não posso perder tempo com você agora.

— Eu sei. Eu vi seu estado. Eu vi tudo. Estava lá desde o inicio. Fui eu quem salvou vocês dois.

— Você nos salvou? Como assim?

— Eu tenho que explicar tudo?

Snow suspirou impaciente e o Patrulheiro arqueou a sobrancelha.

— Como é?

— Você desmaiou depois de ter apanhado feio da lula. Ele injetou um veneno de escorpião do deserto em você. Segundo a garota era para você ter morrido, mas parece que não morreu. Ela cuidou de você por toda a noite.

O Patrulheiro olhou para ele surpreso e ficou serio.

— E o que mais?

— Foi só isso. Pena que ela não me deixou te ver debaixo dessa lataria toda.

— Ela não deixou?

— Não. Acho que no fundo ela queria proteger sua identidade. Foi até bonitinho da parte dela.

— Entendo...

— Agora, se me der licença...

Snow se virou de costas e o Patrulheiro o chamou:

— Espere!

— Se for o protótipo, esqueça. E você não está em condições de lutar comigo. - Disse Snow, o olhando sobre o ombro

— Argh.. Certo. Obrigado.

— Até que enfim recebi um obrigado. Achei que todos aqui eram mal educados.

— Não todos.

— Posso voltar a cidade?

— Acho que você não se afastaria.

— Está começando a me conhecer melhor. - Snow sorriu

Uma hora depois, já na suíte, Ted andava de um lado para o outro preocupado com Tay. Ele nunca tinha passado a noite fora. Manley estava sentado no sofá, com uma expressão preocupada. O elevador fez um barulho, e Tay. que estava sem a armadura, se aproximou da sala. Ted e Manley ficaram aliviados.

— Onde você esteve, cara?

— Eu tive um problema. Fui pego de surpresa pelo o vilão dos tentáculos, o Mr Donn.

— Mr Donn? Esse é o nome dele? Que nome ridículo.

— É. Esse é o nome dele.

— Eu sabia que tinha algum problema. Um esquisitão como você não teria como estar com uma mulher. Se bem que aquela heroína, Dark Aqua, estava com você, não é?

Tay o olhou seriamente e suspirou.

— Eu vou ignorar seu comentário. Ela não era quem eu pensava ser.

— Como assim? - Ted perguntou confuso

— Não importa. - Tay começou a caminhar

— Ah é! Eu me lembrei! Descobri algo importante!

— Senhor Ted... - Interviu Manley

-Fica quieto Manley. Eu sei o que estou fazendo. Eu descobri informações sobre Hera Venenosa.

Tay parou de caminhar e se virou para encarar Ted, surprso. Ted sorriu confiante.

— O que você descobriu?

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— Hera Venenosa e Paula Irving são a mesma pessoa!

— O que? - Perguntou Tay incrédulo

— Paula Irving é uma bióloga de Seattle.

— Uma bióloga...? - Tay olhou para baixo

— É. Foi o que eu disse. O que foi?

— Nada. Eu preciso ir para o laboratório falar com Savannah. Mas irei amanhã. Estou muito cansado para isso.

Tay caminhou até as escadas e subiu para o seu quarto. Ele entrou no quarto e pulou na sua cama macia. Ele fechou os olhos, mas não queria dormir, aqueles pensamentos estavam bombardeando a cabeça dele, mas o pensamento que mais o incomodava era sempre o mesmo. Savannah. Saber quem ela realmente era, aquilo o incomodava. O que mais ele teria que saber sobre ela? Ele fechou os olhos e dormiu.

No dia seguinte, Tay acordou ainda incomodado com tudo o que tinha acontecido. Ele vestiu uma camisa social azul escura com os dois primeiros botões desabotoados, com uma calça jeans. Ele desceu rapidamente as escadas e saiu da suíte o mais rápido possível. Ele entrou no carro e rapidamente dirigiu até a universidade.

Ele parrou no estacionamento com as mãos no volante e respirou fundo. Era a hora. Ele pensou consigo mesmo. Ele saiu do volante. E caminhou até o departamento de biologia. Ele se aproximou de uma porta amadeirada clara que estava aberta e entrou. Savannah estava com um jaleco de costas para ele mexendo em algumas amostras. Ele bateu na porta e ela o olhou surpresa.

— Tay? O que você faz aqui? - Perguntou ela

— Precisamos conversar. - Disse ele serio

— É. Acho que nós precisamos.

— Eu agradeço por você esconder minha identidade secreta. E em retorno, eu também esconderei a sua.

— Obrigada.

— Mas isso não é tudo. Eu escondo sua identidade secreta. Mas você irá embora da minha cidade. Não quero um tipo como você aqui.

— Um tipo como eu?

— Um monstro. Eu fiquei pensando a noite toda. Você está envolvida em tudo o que aconteceu aqui. Eu não sei porque se deu o trabalho de se aproximar de mim e fingir ser uma coisa que não é. Mas agora que seu disfarce acabou, volte a sua vida vazia e sem sentido, mas longe daqui.

— Você não pode me expulsar! - Exasperou Savannah

— Eu posso. Sabe por que? Eu sou o Patrulheiro. E nós dois sabemos disso.

— E desde o inicio eu disse que não tinha medo do Patrulheiro.

— Mas deveria ter. Saia da cidade.

— Eu não vou sair só porque você quer.

— Savannah, entenda uma coisa de uma vez por todas. Aquele beijo, você, nosso tempo juntos, tudo isso não significou nada para mim.

Tay se virou de costas e saiu do laboratório. Ela pegou uma jarra e jogou na direção da porta.

— Eu irei acabar com você!

Savannah fechou os olhos e os apertou. Ela sentiu as lagrimas frias descendo sob seu rosto.