L-O-V-E

Eu não sabia que você frequentava lugares tão baixos como esse [ZARKINSON]


Alguns anos após a Guerra ela estava entrando no Cabeça de Javali, precisava ver algum lugar conhecido, algum lugar que a lembraria de como a vida era mais fácil em Hogwarts. Mesmo com todos aqueles sangues ruins andando livremente pelo castelo. Balançou a cabeça levemente e sentiu seus cabelos escuros balançarem.

Observou o lugar assim que passou pela porta. O chão de pedra ainda estava tão sujo que parecia ser de terra batida, era como voltar no tempo. Principalmente porque ela havia percebido ele.

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A postura indiferente no balcão do pub. Mesmo de costas Pansy conseguia dizer que era ele. Blaise Zabini. Há quanto tempo eles não se viam ou trocavam cartas? Desde aquele dia. A morte de Gregory Goyle e Vincent Crabbe mudara eles. Os três. Pansy, Blaise e Draco nunca mais foram os mesmos após a Guerra.

Ela suspirou ao dar alguns passos até o balcão, sentando-se ao lado dele e pedindo um copo de firewhiskey e deu um grande gole assim que o recebeu.

Ele havia percebido ela ali e não virou o rosto para encara-la. Com o canto dos olhos pode ver que os cabelos da, agora, mulher estavam mais compridos e que o cheiro deles continuavam os mesmos. Menta. Só não sabia como conseguia senti-lo, mas agradecia qualquer responsável por aquilo.

Blaise Zabini sentia falta do cheiro dos cabelos de Pansy Parkinson. Porém não era maior do que a falta que ela mesma fazia em sua vida.

— Eu não sabia que você frequentava lugares tão baixos como esse, Parkinson – a voz do rapaz soou debochada.

— Eu não sabia que você se importava com os lugares que eu frequento, Zabini – ela lhe respondeu tomando outro gole da bebida presente do copo.

O som da risada baixa dele pode ser ouvida e ela deu um pequeno sorriso com isso. Ele havia feito falta e encontra-lo naquele lugar, naquele período solitário de sua vida, era algo realmente bom. Sua mente voltou há calcular quanto tempo eles não se falavam.

— Dois anos? – a voz dele se fez presente novamente.

— Você estava lendo minha mente, Blas? – ela pergunta dando um leve sorriso irônico para ele – Não sabia que você tinha esse poder.

— Somente com você, Pan – ele comentou com o copo na mão e o balançou, fazendo seu firewhiskey misturar-se com o pouco de gelo derretido – Somente com você.

Ela deixou seu rosto virar para o lado que ele estava e percebeu que ele encara seu perfil, deu um sorriso para ele e suspirou.

— O que houve? – ele perguntou a encarando estranho.

— As coisas mudaram após a Guerra – ela murmurou – Eu não tive contato com você ou com Draco...

— Draco está com Astoria – ele disse – Descobri isso esses dias quando fui ao Gringotts Bank.

Pansy fez um barulho com a boca, fazendo-o sorrir. Ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e o olhou.

— E você? – ela perguntou.

— Eu o que? – ele lhe respondeu com outra pergunta, fazendo a menina revirar os olhos.

— Não se faça de desentendido, Zabini – murmurou irritada.

— Eu quero ouvir você perguntar, Pan – o rapaz respondeu dando um sorriso debochado para a mulher.

— Você está com alguém? – a voz dela era quase inaudível, mas ela podia ver um sorriso vencedor no rosto dele.

— Não – ele respondeu simplesmente.

— Entendo – ela murmurou.

Ela pode ver o rapaz fechar os olhos e sorrir. Viu os olhos deles se abrirem e ele aproximar seu rosto do dela, arqueando a sobrancelha levemente.

— Entende o que, Parkinson? – a voz dele era desafiadora nesse momento.

— Você não está com ninguém porquê não conseguiu me esquecer – a mulher comentou, mordendo seu próprio lábio levemente – Não conseguiu me esquecer desde aquele dia no meu dormitório de Monitora – murmurou com seus lábios perto dos deles, seus olhos desafiando os dele.

Blaise fechou os olhos novamente lembrando-se de como era ter Pansy para si. Um sorriso convencido se apossou de seus lábios e ele abriu os olhos. Seus olhos castanhos demonstravam desejo. Desejo por Pansy Parkinson.

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— Você tem um ego enorme para alguém do seu tamanho – ele comentou com um sorriso vencedor nos lábios – Mas assim como eu não consegui te esquecer – disse vendo-a umedecer os lábios – Você não conseguiu me esquecer.

A mulher deu um leve sorriso e encarou os lábios dele, que estavam perigosamente perto demais dos seus.

— Talvez eu não tenha esquecido – sua voz disse em um fio.

— Eu tenho certeza que não – ele murmurou.

— Talvez você devesse me fazer relembrar – a voz dela disse enquanto seus olhos iam em direção aos dele – Para ter certeza de que eu não vou esquecer.

— Mas se eu te fizer relembrar – ele comentou levando sua mão até o rosto da menina, acariciando-o levemente – Você não pode ir embora dessa vez.

— Eu não irei – ela deu um curto sorriso para ele enquanto piscava o olho direito, fazendo-o sorrir.

Ela o viu deixar alguns galeões no balcão e se levantar. Blaise levou sua mão até a mão da mulher e a puxou, fazendo-a o seguir. Eles andaram até um cabideiro ali perto e ele pegou seu casaco, deixando a mão de Pansy por um minuto ele pode vestir seu casaco e dar um sorriso fechado para ela.

— Então vamos – ele murmurou puxando-a para fora do Cabeça de Javali.

Os dois estavam de frente um para o outro. Ele pode ver Pansy morder os lábios e levar sua mão até a sua pele negra, fazendo-o sorrir.

— Eu não vou embora dessa vez – ela murmurou – Certo?

Certo— ele respondeu para ela abraçando-a e aparatando com ela para sua casa.