Musical High

Capítulo 9 : Ida Louca Ao Show!


Por mais uma vez o meu despertador tocou. Me levantei e olhei que dia era:

- Sexta-feira... Hum... – bocejei – Opa, que lembrete é esse...? “O Grande Show”...? – me sentei na cama animada quando caiu a ficha – Eu não acredito! É hoje! É hoje!

Pulei da minha cama alegre e fui me vestir para a aula. Acordei a verdinha e disse:

- Anda Gumi-chan! É hoje! É hoje o dia!

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- O dia de quê? – ela me perguntou sonolenta esfregando o olho direito.

- Como você não sabe? Hoje é o dia em que a maior diva do Japão vai se apresentar antes da turnê dela na América!

- Fofinha, de quem você está falando?

- Da IA, ora.

- Da Aria on the Planetes?

- O quê? Não! Esse não o nome dela! É um nome de umas das músicas que ela canta!

- Miku-chan, porque você me acordou mesmo?

- Ah, é! A aula! – eu exclamei, dando uma tapa na minha própria cara.

***

Estávamos atrasadas. Corremos rápido e conseguimos entrar na sala quando a sensei Lily estava de costas. Pra nossa sorte ela nem percebeu o nosso atraso.

***

A primeira aula passou rápido. No primeiro minuto do intervalo a maluquinha esverdeada já foi falando:

- Fofinha, agora me explica melhor essa história de “show da IA”?

- Show? Que show? – perguntou Luka curiosa.

- É que hoje à noite vai ter um grande show aqui perto! A diva maravilhosa IA, vai se apresentar aqui perto antes da turnê dela pela a América! Aiiii! Que ansiedade!

- A IA?! – exclamou Rin – Eu amo as músicas dela! Nós temos que ir, né gente?!

Kaito virou para a gente com uma cara de tédio. Ele falou:

- IA? Sério? Ela é só mais uma Idol no mundo. VY2 é mil vezes melhor.

- Como é? – argumentei meio irritada – Primeiro: VY2 nem sequer é um nome descente. Segundo: a IA não é uma Idol. Ela é uma cantora incrível.

- Qual a diferença? – ele retrucou.

- Idols são garotas, ou grupos de garotas, da mídia que são julgadas mais por sua aparência fofa e carismática. Já a IA ela não liga para a aparência e nem para o quê a mídia acha dela. Ela canta e dança porque é isso que a inspira a acordar todo dia.

- E como você tem certeza disso? – novamente ele retruca. (Arg! Que cara chato!)

- Kaito-kun! Para de encher! – reclamou Len – Um show é um motivo perfeito pra nós sairmos um pouco.

Eu assenti com a cabeça. O pessoal até que concordou. Até o azulado aceitou a idéia, mas quis deixar claro que só iria para matar o tédio. (Típico do Shion)

- Mas gente. – falei - Os ingressos já acabaram. Eu comprei o meu há meses pela a Internet.

- Ser rico serve pra quê, querida? – disse Gumi com um sorriso orgulhoso no rosto.

***

As aulas já tinham acabado. Estávamos perto da sala da diretoria para saber quem iria falar com a diretora.

— Que tal o Kaito-kun? - perguntou Luka - Yowane-sensei o adora.

— Sim, só que eu não vou conseguir convencê-la a nos deixar ir num show de uma Idol que eu nem gosto! - ele justificou.

— Ela-não-é-uma-Idol! - falei irritada. (Que carinha chato!)

— Aliás, qual é mesmo o nome dela? Zia? Mia? - o azulado perguntou se fazendo de inocente.

— É IA! - exclamei mais irritada ainda. (Ele tá pedindo! Ô, se tá!)

— Já sei! - falou Len, que parecia ter uma lâmpada no topo da cabeça - Eu e a Onee podemos ir lá tentar falar com ela, já que ela gosta muito nos nossos pais.

— Tem certeza? - Gumi perguntou - Aquela mulher é complicada...

— Calma, Gumi-chan. - Rin disse - Eu e o Len damos conta!

***

Os Kagamines tinham ido falar com a diretora já fazia uns vinte minutos. Já nós estávamos à espera dos loiros no clube, como o combinado. Logo, eles apareceram falando:

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Ela não deixou.

- O quê? Mas por quê? – perguntei.

- No início ela estava tri calma e gentil, mas depois de eu falar “sair da escola” ela começou a surtar e achar que éramos doidos. – Len contou.

- Eu já tinha ouvido falar que ela era bipolar, mas não sabia que era verdade. – comentou a outra Kagamine.

- O que vamos fazer agora? Eu queria tanto ir nesse show... – Luka falou desanimada.

- “Show”? Quem pronunciou essa santa palavra em vão? – disse Meiko-sensei que apareceu do nada.

Nós explicamos tudo para a Sakine e, como resultado do que ouviu, falou indignada:

- Essa Haku! Tão chata quanto uma pedra! Mas deixem comigo! Eu levo vocês escondidos!

- Sério?! – o grupo, com exceção do azulado, disse junto com estrelas nos olhos. (De repente passei a amar essa professora...)

***

O show começava às oito e vinte e terminava às onze horas da noite.

Cada um do nosso sexteto de maluquinhos ligou para os nossos pais para informá-los e saber se nos davam permissão de ir. Por sorte, todos deixaram. ( Claro que tivemos que mentir e tal, mas teria um responsável e de maior com a gente, então tava tranqüilo.)

***

Tínhamos combinado de todos nós ir se encontrar perto da garagem ás 19:40.

Eu e as maluquinhas já tínhamos nos arrumado. Elas tinham colocado roupas estilosas como vestidos curtos, shorts e jeans de marca. Eu apenas estava com uma calça jeans rasgada nos joelhos, uma encharpe e uma camiseta simples.

Fomos para o local no horário combinado. Quando chegamos lá, os garotos e a sensei já tinham chegado. A Meiko-sensei estava de sobre-tudo e uma bota cano longo somente. Os outros dois com calças boas e camisetas de marca (pra variá).

- Certo crianças, - disse a sensei (ela acha que temos o quê? Oito anos?) – como o meu carro é pequeno, vamos fazer o seguinte: os rapazes – (Eita mulher se decide! Somos crianças ou adolescentes?) – vão no porta malas e as garotas entram dentro das caixas de som. Assim os seguranças não vão ver vocês.

Aaaaaannn... Essa mulher é mais louca do que todos nós juntos! E se a polícia nos parar à caminho do show? Vão prende-la achando que ela está traficando pessoas e levando para a Turquia! (Tá acho que exagerei um pouquinho...)

Ficamos meio assustados com o quê ela falou, e resolvemos convencê-la a pegar a minevan em vês do carro.

***

Quando passamos pelos os guardas do internato deu um friozinho na barriga, mas Sakine-sensei tinha bolado uma bela história sobre consertar umas caixas de som, e que o cara que conserta ia viajar sábado, só voltando daqui um mês, e blá, blá, blá... Bem convincente a propósito. Além que os seguranças são gente boa, então deu certo.

***

- Chegamos! Finalmente chegamos! – exclamei animada.

- Vamos lá garotada! Todo mundo descendo. – disse a sensei.

Eu e o trio de louquinhas descemos e ficamos papiando um pouco. Quando a morena desceu do veículo ela se aproximou dizendo:

- E então garotas? O que acharam do meu visual? – ela tirou o sobretudo demonstrou o que realmente estava usando: um top preto, uma mine-saia e uma jaqueta vermelha cheguei.

- Que roupa é essa?! – perguntou Gumi apavorada (e com razão).

- Meninas, eu vivo num internato. Sabem há quanto tempo eu não tenho um encontro? – ela justificou.

- Quanto? – questionou Rin.

- Há dias. Semanas. Meses. Tá! Anos! Satisfeitas agora?! – ela reclama.

- E você acha que com essa roupa você vai conquistar alguém? – eu perguntei.

- Claro que vou! Querem ver? – a mulher falou se aproximando dos dois integrantes masculinos da banda. (Parece que Len ficou preso no cinto de segurança da minevan e o azulado ficou pra trás pra ajudá-lo.) Só foi eles saírem que ela já foi chegando – Me respondem uma coisa garotos: se eu não fosse a professora de suas amigas, vocês me levariam para um encontro?

Eles a olharam de cima à baixo, depois se entre olharam e começaram à dar gargalhadas.

- Qual é a graça? – Sakine-sensei os interrogou com uma sobrancelha arqueada.

Kaito, ainda rindo, respondeu:

- Desculpe, mas eu não pego velhotas!

- Como é que é?! – ela gritou em fúria – Quem você está chamando de “velhota”?! – a morena então deu um soco no azulado que o fez cair de costas no chão e ter sangramentos nasais. Ela olhou para Len com os olhos em chamas o fazendo ficar sério no exato momento – Acho bom. – comentou se referindo à atitude do loiro.

***

Faltavam cinco minutos para o show começar. Eu estava ansiosa até demais. Além de escolhermos um ótimo lugar, mesmo sendo à céu aberto, (vantagens de ter amigos ricos) estávamos com bastões de luz florescentes.

Notando minha ansiosidade, o Shion me disse:

- Só não desmaie antes do show, ok?

- Aff, vai dizer que nunca ficou ansioso para ver o seu ídolo? – falei.

- Sim, mas nem tanto a ponto de ter um treco como você.

- Você fez curso de chatice ou é um talento natural? – perguntei irônica.

- É um talento próprio mesmo.

- Hunf.

O palco começou a se iluminar, o que significava que era hora do show.

- Aaaaaaaaiiiiii! – exclamei feliz.

- Não é “Ai”, é IA! – ele debochou.

- Tá, tá! Fica quieto! – pedi, nem ligando para o comentário.

Então a diva entrou no palco. Radiante como sempre, ela disse ao público:

- E aí Tóquio! – a platéia ia a loucura, gritando animados (e como não estar?) – É uma grande honra estar aqui com vocês!

A música soou, e o show começou. Estava épico! A iluminação, os efeitos, e é claro a própria IA, estavam realmente sensacionais! Fiquei, sinceramente, encantada com tudo! Com toda certeza, esse foi o melhor show ao vivo que eu já vi!