Emily

Capítulo 28 - Chá da Tarde


Pov’ Emily

Depois de um tempo divertido no mundo mortal eu voltei para o Olimpo duas horas antes do meu chá ou café com Poseidon. Eu fui para os jardins no templo da minha vó Hera. Pedi para algumas ninfas prepararem tudo. A poção estava comigo e antes que Poseidon chegasse, eu despejei o conteúdo na bebida dele. Por sorte eu servi para nós dois chá gelado.

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Depois de alguns minutos ele finalmente havia chegado. Poseidon chegou com sua habitual bermuda e camiseta meia –manga. Cumprimentamo-nos e sentamos em nossos lugares. Ele logo tratou de beber o chá batizado e começamos a conversar.

— Como anda aquele semideus Percy,? O que dizem ser responsável pelo roubo. - Perguntei com curiosidade.

— Ele está em uma missão para encontrar o mesmo. - Poseidon respondeu. - Ele não fez isso.

— Como pode ter tanta certeza? - Indaguei descrente.

— Eu sei que ele não seria capaz de fazer isto. - Poseidon pareceu ficar desconfortável. - Bem por que me convidou para este chá da tarde?

— Eu li que os britânicos costumam fazer bastante isso e tive vontade de fazer o mesmo. - Digo dando de ombros. – Eu te chamei aqui por que quero te fazer uma proposta. - Falo e ele ergue as sobrancelhas.

— Que tipo de proposta? - Ele me perguntou.

— Sua esposa Anfitrite me chantageou. Ela pediu para que fizesse uma poção do amor para fazer você se apaixonar por ela novamente, em troca ela me daria uma coisa que eu quero muito. - Começo a contar e vejo o semblante de Poseidon mudar para raiva. - Eu coloquei no seu chá, mas relaxa isso não é uma poção de amor e paixão, não a poderosa. Apenas irá dura tempo suficiente para ela me dar o que é meu.

— E por que você está me contando isso? - Questionou com raiva.

— Veja você ainda não está completamente sob o efeito. Então aqui vai minha proposta. Você bebê todo o conteúdo e fica apaixonado por Anfitrite por um tempo, e eu faço a pessoa que você mais ama te amar de volta, seja ela quem for. - Falo e vejo o mesmo ficar pensativo.

— Qualquer pessoa? - Poseidon me perguntou.

— Qualquer pessoa. - Confirmo, sorrindo para o mesmo. - Todo mundo se beneficia no final.

— Eu topo. - Ele respondeu bebendo todo o chá gelado dessa vez.

Quando ele termina eu olho para o mesmo com expectativa. - Como se sente? - Perguntou.

— Eu preciso ir embora agora, eu tenho que pedir perdão a Anfitrite. Ultimamente não fui um bom marido. Não demostrei a ela o quanto a amo. - Poseidon tinha um brilho no olhar quando falou o nome dela.

— Então vai, sem problemas. - Eu digo erguendo meus polegares e fazendo sinal positivo.

Observo Poseidon ir embora e solto um suspiro. Espero que isso dê certo. Eu realmente preciso das gemas. Começo a comer então sozinha as guloseimas na mesa e ouço uma voz conhecida dizer meu nome.

— Emily... - Era o meu “querido” avô.

Virei para olhar o mesmo e não esbocei nenhum sorriso. Mesmo assim ele continuou vindo até a mesa. - Tem alguém sentada aqui?

— Você está vendo mais alguém aqui? - Digo mostrando que não havia mais ninguém ao meu redor.

— Eu sei foi uma pergunta idiota. - Ele comentou e eu concordei com a cabeça. - Minha neta eu queria me desculpar pela forma como eu te tratei. Eu estava tão nervoso que acabei perdendo minha cabeça. Como forma de ter compensar eu pensei em te dar um trono na sala dos doze o que acha? - Ele ofereceu me pegando de surpresa.

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— Um trono no Grande Salão! - Exclamo chocada.

— Você seria a primeira deusa menor a ter esse privilégio. - Zeus comentou alegre.

Quando ele disse deusa menor meu sorriso quase vacilou. As coisas não mudaram eu continuaria a ser tratada de forma inferior pelos deuses maiores. Mas mesmo assim eu precisa disfarça minha falta de contentamento. Eu apenas continuei a sorrir.

— Eu adorei a ideia. Sério Vô eu realmente queria isso. Eu sei que você estava raciocinando direito e entendo. Por isso te perdoo. - Digo tudo falsamente. Eu preciso manter o disfarce.

Nos abraços calorosamente e vi que ainda havia mais surpresas. Ele me deu um lindo colar de rubis. Eu agradeci o presente e disse que estava indo embora . Nos despedimos brevemente e eu sai dali o mais rápido que pude. Quando cheguei no meu templo eu fui até meu quarto e me joguei na cama.

Eu tirei o colar da caixinha e o fitei. Era um colar muito caro e bonito. Por isso eu o puxei até arrebentar em minhas mãos. Os rubis caíram por todos os lados. Eu não deixaria ele me comprar. Já tinha escolhido meu lado, e não iria trair meus irmãos deuses menos e muito menos nossa causa. Esse trono por si só seria um problema pois poderia ser visto como traição para alguns deuses menores, teria que conversar com Tritão sobre isso.

Estava pensativa quando ouvi barulhos na porta. Eram batidas e eu revirei os olhos. Quem poderia ser? Apenas gritei um entra e esperei que a pessoa entrasse. Quando vi quem era pessoa soltei um bufo irritado. Era Ares.

— Eu preciso falar com você sobre ontem. - Ele disse parecendo estar envergonhado.

— Veio aqui me humilhar mais? Ontem não foi o suficiente para você?! - Indaguei, e lhe dei um olhar raivoso.

— Depois do fora que eu tomei de você eu fui para um bar afogar as magoas. Então em algum momento da noite Afrodite apareceu e sem me dar conta me deu alguma poção de Hécate. Essa poção me deixou naquele estado de babaca que disse todos aqueles absurdos para você. - Ele disse numa tentativa de se explicar. - Ela me contou essa manhã, disse que era sua vingança pessoal.

— È uma boa explicação. Olha suas palavras me feriram muito, então você precisa conquistar meu perdão. - Falo e ele me olha compreensivo.

— Claro, eu estou disposto a isso. – Ares concordou.

— Ótimo! Mas agora preciso ficar sozinha. - Digo me virando de costas para o mesmo.

— Certo...- Ele diz saindo do meu quarto.

Ares...Ares você me deixa tão confusa. Sua explicação parece verdadeira, mas por que eu não queria confiar em você? Você realmente me magoou, só espero poder ter perdoar algum dia.