Emily

Capítulo 23 - Uma mão lava a outra


Pov’ Autora

Ares sentiu como se tivesse levado um tiro no peito. O mesmo nunca havia se sentido assim antes. O Arrependimento e Desilusão tomava conta de todo o seu ser. Ele entrou feito um furação em seu quarto. Quebrando tudo o que encontrava pela frente. Em sua cabeça coisa como: “ Eu sou tão ruim, assim?” ou “ Eu jamais deveria ter admitido isso para ela.” Muitas desses questionamentos pipocavam sua cabeça.

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Então, sua personalidade falou mais alto. Se ela não o queria e nem estava disposta a tentar, dana-se ele não iria se lamentar mais por isso. Pegando sua jaqueta de couro o mesmo se preparou para ir no mundo mortal e sim ele iria tentar afogar todas as suas magoas e tentar tirar aquele gosto de decepção de sua língua. Era tão amargo.

(...)

Pov’ Emily

Dia seguinte...

Se sentir culpada é um sentimento horrível. Ainda posso me lembrar da cara de dor e decepção de Ares. O mesmo realmente estava começando a se apaixonar por mim e eu sinto como se eu tivesse pisoteado seu coração sem nenhum pudor. Isso fazia a culpa crescer ainda mais em mim.

Pensei em ir até ele hoje e tentar conversar com ele com mais calma. Quem sabe fazer ele entender meu lado, mas isso não é uma boa ideia. Ares estava ferido e mexer em sua ferida agora iria acarretar mais problemas.

Resolvi por fim, deixar ele esfriar a cabeça. Eu posso falar com ele á noite ou no dia seguinte. Não! Não estou evitando ele por que quero ou por que não me importo, mas eu conheço Ares e sua teimosia e falta de sensibilidade. Ele estava como uma fera ferida que mesmo assim estava pronta para te atacar assim que você estivesse perto o suficiente.

Sou desperta de meus pensamento por batidas hesitantes na porta. Abro a porta e me surpreendo ao ver Tritão. Eu ergo minhas sobrancelhas não entendendo o por que dele estar aqui, já que ele havia deixado bem claro que não queria saber de amizade.

— Oi... – Cumprimentei. - Posso ajudar? - Pergunto sem saber o que fazer.

— Olá Emily! - Ele cumprimentou de volta dando um sorriso mínimo.

Tritão não me cumprimentou calorosamente como eu estava acostumada, tudo se resumiu a um aperto de mão e dois sorrisos sem graça.

—Eu vim aqui, pois você parece ser uma garota legal. – Ele diz embaraçado, me seguro para não rir de sua timidez repentina.

— Certo, parece que estamos um pouco tímidos, hum? - Eu indaguei apenas para provoca-lo.

Tritão parece ter levado um choque ao ouvir isso. Ele endireitou a postura e colocou um olhar desinteressado no rosto. - Tenho que lhe buscar também para um trabalho. - Ele informou.

— Trabalho? - Questiono. – Bem não a nada na minha lista de afazeres e nem na que eu compartilho com Eros e Afrodite. E além do mais hoje é tipo meu dia de folga. - Cruzo os braços e o encaro desconfiada.

— Acho que terá que fazer hora extra. - Ele disse dando de ombros. - Minha mãe precisa de seus serviços.

— É Anfitrite, a esposa de Poseidon. - Afirmo. - O que ela quer?

— Ela precisa que faça com que meu pai se encante por ela novamente. - Tritão revela e eu crispo os lábios pensando em Poseidon e Atena.

Desde que vi os dois juntos, eu notei que havia uma pequena chama. Eles tinham um potencial e eu queria dar um empurrãozinho para ver aonde iria dar. Eu sei que Poseidon era casado, mas eu sou a deusa da paixão e eu ignoro completamente fidelidade em casamentos as vezes, ainda mais quando o casamento já durou o que tinha que dar.

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Anfitrite não percebeu mas ela já perdeu Poseidon a milênios para muitas outras mulheres. Certamente, o melhor a se fazer era a separação, mas ...

— Eu tenho que avaliar a situação. - Digo um pouco mais séria. – Tenho que ver se vale a pena devolver a paixão ao casamento deles. Eu simplesmente não posso fazer isso por causa de um capricho dela.

— Tudo que tem que fazer é sua magia e depois acabou. - Tritão argumentou.

— Por que sua mãe quer que a paixão volte? Ela ainda sente algo por seu pai ou o motivo é outro? - Questionei.

Pela cara azeda que ele fez ficou obvio que o motivo era outro. Soltei um suspiro pesado e neguei com a cabeça.

— Ela quer garantir o trono no fundo do oceano. Quer garantir continuar sendo a esposa de um dos três grandes. - Ele confessou.

— Eu posso até avaliar, mas acho que a resposta é não. – Falo e saio do meu quarto.

Caminho até a sala de estar do templo e sento no sofá. Tritão vem atrás de mim com uma expressão furiosa, mas então seu semblante mudo como se o mesmo tivesse acabado de se lembrar de algo importante.

— Minha mãe tem algo para você. – Ele disse. – E eu também.

— O que vocês dois possuem que pode me interessar? - Pergunto.

— Gema da Vida. Temos a localização de uma delas. - Tritão diz e eu sinto o ar sumir de meus pulmões.

— M-meu p-pai procurou por essa gema, desde que me criou. - Eu comento nervosa e gaguejando. – Como vocês dois podem possuir algo desse tipo? - Praticamente gritei.

— E o que eu tenho a oferecer minha queria é uma causa. - Ele voltou a dizer, mas minha mente tinha travado na parte gema da vida.

— Eu faço o trabalho. Eu faço! - Rapidamente concordei.

— Bem, então venha comigo e conversaremos sobre os tramites do contrato. - Ele disse estendendo a mão para mim.

— Contrato? - Repeti sem entender.

— Vamos falar mais disso, quando estivermos no palácio de Poseidon. - Tritão diz sorrindo.

— Certo, mas eu não consigo respirar de baixo da água... – Antes que eu pudesse terminar de falar, senti os lábios de tritão batendo nos meus. Foi um selinho mais foi o suficiente para encarar ele mortificada.

— Mas, o que...

Ele puxa minha mão e uma forte luz branca preenche tudo ao redor. Quando ela se vai, posso notar que estamos em outro lugar. Num porto.

— Depois disso você irá conseguir respirar normalmente. - Tritão explicou.

— Como um beijo roubado, vai me ajudar a prender a respiração! - Berrei.

— Pula na água e veja por si mesma. - O moreno deu de ombros.

Revirando os olhos eu pulo de roupa e tudo na água. Eu só não contava com que iria acontecer a seguir.