Capítulo 20 - Os segredos que ele esconde

Pov’ Emily

Continuei encarando Hermes e me sentia completamente perturbada por sua presença. Desde que ele entrou aqui tudo que eu consigo pensar é em fugir daquele maníaco. Ainda consigo me lembrar de algumas coisas da fatídica noite em que ele tentou se aproveitar de mim e toda vez que eu me lembrava me subia uma ânsia de vômito.

— Ares o meu assunto é com Emily. – O imbecil diz com dificuldade já que Ares ainda o segurava pelo colarinho.

— Como pode ver ela não quer falar com você! – Ares retrucou.

— Emily eu só quero pedir desculpas. - Ele diz para mim, mas tudo o que eu penso é no quanto ele me deixa enojada.

— Ares tira ele daqui! – Pedi num fio de voz.

— Seu tempo para sair daqui por bem acabou. Sai agora ou você irá se arrepender Hermes. – Ares o ameaçou, mas isso não o fez desistir.

— Eu não tenho medo de você Ares! - Hermes diz com raiva e o mesmo conseguiu se soltar de Ares. - Só irei sair daqui quando Emily ouvir o que tenho para dizer a mesma! - Hermes diz irredutível.

Eu não consegui mais me controlar.

— Então, como vai ser? - Indaguei chamando sua atenção. – Você vai me obrigar a ouvir , igual fez naquela noite. Ou você precisa me encher de álcool? – O questionava debochadamente.

— Emily... – Hermes tentou falar algo, mas eu o impedi.

— EU não quero ouvir desculpas nenhumas e estou pouco me importando com o que tenha a dizer! - Digo fria. - Quero que saia do meu quarto e saia do meu templo! - Gritei. – Aqui você não é bem-vindo Hermes. - Falei seu nome com nojo.

— Me ouça! - Pediu Hermes.

— Não saia daqui imediatamente, seu parasita! – Berrei.

— Você ouviu a moça, circulando! – Ares diz sério.

— Isso não acabou! – Hermes diz antes de sair.

— Oh sim! Já acabou e se você voltar a me perturbar irei ser obrigada a tomar medidas drásticas . - Lhe ameacei.

Quando Hermes saiu de vez, Ares veio até mim e eu o abracei. Chorei em seu ombro por um bom tempo, só de lembrar de Hermes já começa a me subir um ódio do mesmo. Ainda bem que Ares estava aqui para me dar suporte.

— Você está bem? – Ares perguntou, após eu me separar dele.

— Eu vou ficar. - Minto. – Só foi algo que eu não esperava que acontece-se. – Dou de ombros. – Mas, agora acabou.

— Se ele voltar novamente quero que me chame! - Ares pediu.

— Eu vou te chamar sim. – Concordei.

— Acho melhor você dormir mais um pouco, afinal mais tarde você tem que trabalhar com Afrodite e Eros. - Ele me lembrou.

— Di Immortales! - Exclamei exausta. - Dai-me paciência para aguentar aquela Regina George do Paraguai. - Reclamei.

— Por falar nela, Afrodite veio me procurar ainda a pouco. - Ares comentou.

— E o que ela falou? - Perguntei curiosa.

— Um monte de merda! - Ares quis resumir.

—Seja mais especifico, por favor! - Pedi.

— Ela veio falar mal de você e dizer que nós se pegando. Para mim controlar você, por que você deu uns fora nela. Basicamente isso. – Ares diz e meu sangue começa a borbulhar de raiva.

— Eu irei enfiar nos seu malditos saltos scarpins pela garganta daquela naja. - Digo e Ares ri.

— Pode fazer isso mais tarde, agora descanse! - Diz autoritário.

— Ok papai. - Digo sarcástica.

(...)

Pov’ Autora

Afrodite caminhava furiosa pelos corredores que levavam até o grande salão, na esperança de encontrar Hefesto. Quando ela viu o mesmo, deu um sorriso maldoso. A deusa do amor se aproximou do mesmo, mas se deteve quando viu que ele falava no celular;

— Não ninguém desconfia de nada, Hécate. – Ele diz irritado. - Se eles soubessem iriam querer usar todo o seu poder e sabemos que isso não iria ser nada bom. - Agora ele parecia nervoso.

Afrodite a cada palavra que ouvia ficava cada vez mais desconfiada. Pela cabeça d a deusa ela pensava em inúmeras possibilidades. Ela passou a suspeitar que Hefesto e Hécate escondiam algo. Talvez eles sejam os responsáveis pelo sumiço do raio, ou então poderia ser algo ainda mais interessante.

— Ela está doente Hécate e ninguém ainda descobriu essa pedra. Se descobrissem ela pode piorar e você sabe muito bem o que acontece depois. - Hefesto diz agora bravo.

Afrodite arregalou os olhos. Alguém estava doente? Quem? Um semideus? Um mortal? Deuses não podem adoecer! Outra dúvida que preenche sua mente é que pedra é essa? Definitivamente Hefesto escondia algo e a loira assumiu a missão de descobri o que era.

— Escutando a conversa alheia Afrodite? - Uma voz conhecida a assusta. Hefesto olha em sua direção alarmado e desliga o celular.

Afrodite olha com raiva para Hermes.

— Por que não vai tentar agarrar alguma deusa por ai, hein? - Provocou a deusa.

— E por que você não vai dar para qualquer um logo, hein? - Retrucou Hermes.

— Como você é baixo! - Afrodite diz com raiva.

— Bem, pelo que pude observar. Não sou eu quem fica escondida ouvindo a conversar alheia dos outros. Não sou que traí o marido com qualquer coisa que pinto. Não sou eu quem ficar querendo se aproveitar dos erros dos outros para vencer uma discussão. - Hermes começou a apontar as falhas da mesma. – Poderia ficar o dia inteiro dizendo o quanto você é baixa ,mas eu não quero ficar com garganta seca, sabe. – Hermes sorri de lado e caminha até seu trono.

Afrodite que a essa altura estava vermelha de raiva e vergonha se senta em seu trono. Ela estava ciente que fora humilhada por Hermes e Hefesto ainda pode ver de camarote. Mas, ela tinha a convicção de que se vingaria mais tarde de Hermes e descobriria o que Hefesto esconde.