Capítulo 14 - Não é sua Culpa - Dia 2 Parte 4

Pov’Autora

Emily estava totalmente embriagada. A jovem não era acostumada com baladas e muito menos com bebidas fortes. Ela passou a vida bebendo água de coco e sucos e não Vodca e muito menos Birita. Hermes tampouco se importou em pergunta a Emily se ela aguentava as bebidas, ele só entregava os copos e esperava ela beber.

Seus pensamentos estavam nublados hoje. Tudo que ele queria é levar para cama aquela bela deusa que dançava completamente bêbada á sua frente. Ele não hesitou em beija-la quando viu que a mesma não poderia mais responder pelos seus atos. Emily não estava correspondendo ao beijo, ela ainda estava lúcida o suficiente para se assustar com o ato, mas Hermes continuou forçando até ela ceder.

Emily chorou baixinho não era assim que ela queria dar seu primeiro beijo. Tentou empurra-lo, mas estava muito tonta para conseguir afasta-lo. Ela só desejava que seu pai visse a cena e lhe tirasse dos braços de Hermes. Emily começou a se debater, quando Hermes a puxou para um canto escuro.

— Hermes, para com isso. - Diz Emily com a voz embaralhada.

— Você vai gostar disso Emily. – Hermes diz beijando seu pescoço.

— Hermes, o que você tá fazendo? - A jovem se assustou.

— Vou te mostrar uma coisa que você via amar querida. – Hermes diz malicioso.

— Me solta! Eu quero voltar para a festa! - Emily exigiu .

— Só depois que for minha por completo. – Hermes diz com uma frieza desmedida.

Pov’Ares

Eu estava de boas bebendo minha birita, Afrodite estava praticamente no meu colo. Beijando meu pescoço, quando de repente eu vejo uma cena bastante estranha. Hermes estava beijando Emily que parecia estar incomodada e empurrar o mesmo. Continuei olhando para ver o que de fato estava acontecendo.

Então, para meu azar ele praticamente arrasta a garota até um corredor escuro e os dois somem dali. Eu poderia ignorar e deixar sabe se lá oque acontecer entre eles dois, mas se eu fizesse isso eu provavelmente iria levar a culpa. Zeus ia dizer que eu tinha que ficar o tempo todo com Emily, fora que do jeito que a idiota bebeu é bem capaz dela dizer que fui eu. Não estou a fim de me estressar e foi por isso que resolvi intervir. Levantei bruscamente e até me esqueci que Afrodite estava no meu colo, a mesma caiu sentada em um pufe e eu saí sem dar ouvidos as suas reclamações.

Caminhei na direção que vi aquele cabeça de vento do Hermes e a chata da Emily. Quando cheguei no local não vi ninguém já estava saindo quando ouvi a voz enjoativa de Emily.

— Me deixa em paz! – Ela gritou.

Segui a voz se Emily até ver uma cena que me deixou puto. Hermes praticamente agarrava Emily a força, enquanto a mesma se encontrava bêbada e tentando fugir. Quando ela me vê me lança um olhar de súplica que me fez fica com mais raiva ainda de Emily. Corri em direção do mesmo e o puxei pelo colarinho e o arremessei em uma pilha de caixas de bebida. Aproximei-Me de Emily e a mesma grudou em mim igual um bichinho assustado. Hermes se ergueu com raiva e ameaçou partir para cima de mim.

— Zeus vai ficar sabendo disso! - O Ameacei. – Espera só até Zeus , Hera, Hefesto e todo o fã-clube da Emily descobri oque tentou fazer aqui. - Digo vendo o mesmo ficar pálido de pavor.

Emily estava toda molenga e eu tive que a segurar pela cintura junto ao meu corpo. Odeio gente bêbada.

— Ares, não comentar nada;. – Ele suplicou. - Vão querer me castrar. – Ele diz assustado.

— Esse unicórnio foi mal comigo! – Emily diz coisas sem nexo.

— O que você deu para ela? - Perguntei ao ver Emily distraída com meu cabelo.

— Muita bebida e algumas batizadas, mas pensei que ela estivesse dopada. - Hermes confessou.

— Di Immortales! - Exclamei. – O que deu em você Hermes? Está cheio de garota que você podia levar para cama de boa e você quer se aproveitar dela! - Digo com raiva.

— Por que você se importa tanto? - Hermes me perguntou.

— Eu não me importo com ela! - Neguei rapidamente. – Mas se souberem que eu não fiz nada para te impedir iam ficar falando no meu ouvido. - Expliquei. – Agora, tenho que ir falar com certas pessoas. - Digo maldoso.

— Por favor,faço o que você quiser! - Hermes diz.

Me viro novamente para ele. – O que eu quiser? - Repito e ergo minha sobrancelha. – Certo! - Concordei. – Quero que nunca mais encoste um dedo nela ou você vai ver o que vai acontecer contigo! - Digo com Raiva.

Saio com Emily dali o mais rápido possível. Eu iria levar essa fedelha para o quarto, mandar ela tomar banho frio e depois deixar a mesma dormir. Tudo estava já esquematizado na minha cabeça.

(...)

— Um Ares incomoda muita gente! Dois Ares incomodam, incomodam muito mais. Três Ares incomodam muita gente. Quatro Ares incomodam, incomodam, incomodam, Incomodam muito mais. - Emily cantarolava .

— CALA A BOCA! - Gritei e ela parou de cantar rindo. Bêbado.

— Pombinha branca o que está fazendo? Lavando a roupa pro casamento. – Emily pareceu esquecer o verso da musiquinha infernal. - Vou pra janela namorar. Passou um moço de terno branco, meu namorado. Mandei entrar,mandei senta. Cuspiu no chão? - Emily se calou e eu achei que tinha acabado - LIMPA AI SEU PORCALHÃO TENHA MAIS EDUCAÇÃO! - Ela gritou.

O pessoal que estava passando pelo corredor do Hotel olharam para nós dois. Queria afogar Emily na piscina, essa garota só faz vergonha, nessa droga. Quando entramos no quarto . Joguei ela na cama.

— Você é mais do que insuportável bêbada. - Digo com raiva. – Agora pega uma roupa e vai pro banho. - Ordenei.

Emily fingiu não me ouvir e ficou pulando na cama. Me aproximei tentando fazer ela parar.

— Emily, dá pra parar! - Pedi já cansado. - Porra vem logo aqui! - Falo já sem paciência.

Ela parou e desceu. Menos mal. Estava indo pro banheiro quando ouço um barulho de vômito. Depois tudo o que eu senti foi um líquido quente se chocar contra as minhas costas. Calma Ares, Respira. Foi apenas uma jaqueta de couro. Calma, Ares você não pode matar ela ainda,calma.

— Filha da puta! - Berrei tirando minha jaqueta. Puxei Emily pelo braço até o banheiro. Liguei o chuveiro e empurrei Emily dentro do mesmo. Ela pulou quando a água fria caiu em cima dela como um gato assustado. Ri ao notar que o mesmo havia acontecido comigo ontem.

— Ares... – Ela disse e eu olhei para a mesma.

Foi um erro pois seu vestido estava mais colado no corpo ainda. Tive que controlar meus instintos de homem, não queria ser um Hermes da vida.

— Ares, desculpa! - Ela disse chorosa - Eu sou muito fraca, olha tudo que aconteceu. Ela disse se sentando na banheira.

Sentei-me ao lado dela. E deixei que a água caísse em cima de mim.

— Não é culpa sua. – Digo. - È culpa do asno de Hermes. – Sinto a mesma se deitar em meu ombro.

Ficamos os dois ali parado, de baixo d’água, calados por um bom tempo.

— Obrigada! - Emily diz e desmaia em cima de mim.