Medicine 2° Temporada

Capítulo 5 : Apologizes!


Na manhã seguinte eu me sentia um pouco melhor fisicamente, a dor de cabeça já não existia e meus olhos não ardiam tanto, porém havia marcas embaixo deles denunciando as horas seguidas que chorei. Tomei um banho para relaxar e sequei os cabelos com o secador de Caroline, coloquei a minha roupa que havia trago e dei carona a ela até o hospital. Troquei de roupa e fui pra cantina tomar café na companhia dos meus amigos. Pedi café com leite e sanduíche de presunto de peru, Belisquei meu sanduíche e tomei um pouco do meu café, eu queria pedir desculpas a Damon mas não sabia como me aproximar além de estar chateada com ele, muito chateada pra falar a verdade. Observo ele na fila para o café e vejo o exato momento em que Rebekah lhe acerta uma palmada na bunda e ele ri.

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Eu preciso encontrar uma solução -- sussurro olhando para meu café da manhã

conversar não é uma solução?-- Bonnie sugeriu

Não quando ele não quer ouvir e nem falar -- respondo suspirando pesadamente

talvez ele escute outra pessoa, alguém que saiba lhe dar com problemas assim -- sugeriu e caroline sorriu ao ter uma ideia, aquele sorriso de '' tive uma grande ideia''

Tive uma grande ideia -- comentou e eu a encarei esperando por sua explicação -- Por que não faz terapia de casal?

acha mesmo que ele vai querer ir ate um terapeuta de casais comigo se nem quer me dar um bom dia ?-- pergunto irônica

Bom eu já dei a ideia, agora arrume uma maneira de fazê-lo ir ao terapeuta com você -- piscou animadinha e eu volto a abaixar minha cabeça para Caroline tudo era fácil, por que o namorado dela é o Klaus, e ele não é complicado como o meu marido. continuo a tomar meu café e ao terminar jogo o recipientes descartáveis no lixo e me retiro da cantina, amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e arrumei meu jaleco no corpo.

Desculpa Lexi, eu não vi você -- comento ao esbarrar nela ao dobrar a direita rumo a sala dos internos e ela sorriu sem mostrar os dentes e virou o rosto um pouco lateralmente me encarando.

eu preciso muito falar com você -- comentou sem perder o sorriso e seu telefone apitou, ela o retirou do bolso e observou a imagem -- Droga.. tenho uma emergência, mas eu quero mesmo falar com você

Não sei.. eu tenho -- tentei falar e ela me interrompeu

Não vou fazer nada elena, só conversar.. mesmo -- afirmou e eu suspiro

Meu residente hoje é o Klaus, ele ficará sozinho se eu não for para a emergência o ajudar nos traumas -- explico me desculpando por não poder segui-la ou coisa do tipo, Lexi sai sem falar nada e eu sigo meu caminho, procurando por Klaus, e o encontrei em um dos leitos no meio de um atendimento.

posso ajudar senhora ?-- pergunto ao ver uma mulher perdida na emergência e ela me puxou para fora da mesma me arrastando -- Senhora? -- chamo mas ela não me solta e eu a sigo até a lateral do hospital, próximo ao estacionamento, e entre os carros, ao lado do lixo estava uma garota com um corte enorme no braço.

pode ajudá-la ?-- perguntou e eu me abaixei e afirmei ao ver o machucado

vamos entrar e eu irei fazer algo -- comunico mas elas negam -- Por que não?

ela está ilegal, não pode ir a hospital ou vão descobrir .. por favor -- a mulher implorou e eu levantei perdida, com a mão na testa eu encaro a senhora com as mãos implorando, e a garota, não muito jovem, uns vinte anos no máximo, segurando um pano velho em volta do braço para impedir o sangramento.

Fiquem aqui, eu volto já -- falo e caminho na direção da emergência novamente, entrando pela mesma e tentando não parecer ansiosa, caminho até o leito vazio e puxo as cortinas, procurando entre os materiais no carrinho ali o necessário para usar na garota, encontro uma seringa empacotada, e enfio no bolso do jaleco, assim como o vidrinho de anestesia, pego esparadrapos e algodão,um par de luvas e material para sutura, agulha e linha e enfio no bolso da calça e do jaleco, e uma pomada, saio do leito andando vagamente e pego dois copos de água para lavar o ferimento, e saio dali carregando os dois copos, andando apressada ao cruzar as portas automáticas e ver que o lugar estava vazio. Não poderia arriscar ser vista -- Vamos lá ver o que posso fazer com o que conseguir pegar ..

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Vai doer ?-- a senhora perguntou quando eu retirei o pano velho do braço da garota e ela fechou os olhos mordendo a própria mão quando usei a água para lavar o corte, não conseguir pegar álcool, teria que usar apenas a água mesmo, após lavar sequei com algodão e preparei a anestesia, apliquei a mesma no corte e preparei e preparei o material da sutura, prolene 1.5 foi o que conseguir encontrar, começo a suturar enquanto a senhora mantem a garota calma, sorri tentando passar firmeza a ela e passei novamente a agulha entre uma extremidade e outra, e após finalizar com um ponto, coloquei um pouco de pomada e lhe entreguei o tubo, passando um curativo em torno do braço dela, e usando esparadrapo para prender -- Obrigado Dra.

é meu dever -- falo levantando e as ajudando a levantar -- Boa sorte e tome cuidado, lave com água apenas, e seque bem, em seguida passe essa pomada, e caso sinta dor ou febre tome um analgésico, eu não conseguir pegar nenhum.. espero que fique bem

Obrigado -- a senhora agradeceu e a menina apenas balançou a cabeça, me dando a certeza de que ela não sabia falar nossa língua ainda, sorri e segui de volta para o hospital, com o resto do material e os descartei corretamente em lixo branco, sem que ninguém notasse, ao sair do trauma um onde havia entrado para descartar o material esbarei em Damon.

Oi -- tentei sorri e ele entrou no trauma

Viu o stefan? ele foi pegar uns exames na farmácia e sumiu -- Damon falou procurando algo entre as gavetas do trauma e eu fiquei na porta a impedindo de fechar

Não .. posso fazer uma pergunta ?-- pergunto

já fez -- respondeu sem me olhar

É errado roubar coisas do hospital .. mas seria tão errado se fosse para um bem maior, ajudar alguém necessitado ?-- pergunto e ele me olha

Se esta necessitado a pessoa vem ao hospital -- respondeu obvio

Mas e se ela não puder entrar ? assuntos legais.. como se ela nem devesse estar aqui? -- pergunto olhando em volta para me certificar de que não estão ouvindo mas todos estavam ocupados demais em suas tarefas para prestar atenção em que o proximo fala -- Ainda assim é errado ?

Continua sendo errado.. mas você fez bem em ajudar -- respondeu e eu me senti aliviada -- Era algo sério?

um machucado, não devo contar a ninguém não é ? -- pergunto

não, ninguém -- afirmou e eu balancei minha cabeça concordando com ele e finalmente damon encontrou o pacote que procurava, com os pertences de alguém.

Damon? -- chamei segurando seu braço e ele me encarou quando fiz isso -- Sobre ontem ...

To ocupado Dra. Gilbert -- ele me cortou e saiu andando me fazendo suspirar cansada, nem parecia que a segundos atrás ele estava me aconselhando a não contar nada a ninguém. passei a mão no rosto frustrada e observei ele entrar no elevador e o mesmo se fechar, Damon nem olhou pra trás. Notei Klaus todo atarefado e peguei alguns de seus pacientes para atender, nenhum trauma sério chegou para nós pela manhã. peguei concussões na cabeça, cortes profundos em várias partes do corpo, mas nada que me levasse a cirurgia, durante o almoço, comi uma salada verde com creme de leite e batata frita para completar, um suco de maracujá, na companhia de Stefan e Tyler que estavam a jogar conversa fora, nada muito importante.

O que você tem a me dizer Dra. Branson ?-- pergunto ao encontra-la no corredor e ela me puxa pela mão me arrastando sabe la pra onde ela quer me arrastar, e finalmente nós entramos em uma sala de reuniões, ela fecha as persianas e a porta, e me encara.

Sente -- apontou para uma das cadeiras e eu fiz isso, sentando na mesma após puxá-la e me mantive ereta, com as mãos sob a superfície fria da mesa de vidro -- Precisamos conversar sobre o que aconteceu

eu deveria estar tendo essa conversa com Damon -- resmungo e ela ri

não quero falar sobre ontem, apesar de achar merece uns tapas por ter feito aquilo com meu amigo -- deixou bem claro seu ponto de vista e eu ri -- To falando serio elena

eu sei, mas não sei mais o que devo demonstrar -- explico parando de rir

Você foi embora Elena -- Lexi falou sem dar volta alguma -- Eu entendo que perdeu seu filho , mas Damon também perdeu,e você foi embora sem pensar nisso..

Eu estava mal, muito mal -- comento obvia e ela balança a cabeça

Ele estava também,mas ele sempre esconde o que sente, ele enterra os sentimentos e fingi que esta tudo bem, mas não tá, uma hora tudo transborda.. transbordou e foi terrível -- Lexi comentou baixinho e eu a observei, olhar para as unhas nervosa e quando ela levantou o rosto estava com os olhos marejados -- Eu vi.. quando transbordou e ele parecia quebrado, em caquinhos e foi doloroso demais, para ele, Bailey teve que lagar tudo e correr até la para nos ajudar ..

O que ele fez ?-- pergunto curiosa

Foi um acidente -- lexi comentou secando as lágrimas rapidamente -- Mas foi péssimo, nós o dopamos por três três noites seguidas depois daquela noite, perdi uma noite em claro com ele depois que paramos de dopá-lo, por que ele estava ansioso demais sem conseguir dormir, Enzo perdeu duas tardes de trabalho o levando para visitar a mãe, e stefan perdeu todas as noites daquela semana em que ele ficou em casa por que estava a nos fazer janta, e você só havia mandado uma mensagem ... Uma mensagem elena

Eu sinto muito, ele havia dito que estava bem na mensagem -- sussurro sentindo um nó na garganta e meus olhos começarem a arder -- Como eu ia adivinhar ?

Havia tanto sangue -- lexi sussurrou olhando a própria mão -- Eu me assustei, ele estava lá no chão chorando entre os cacos de vidro, o sangue e a faca suja, parecia perdido e sozinho.. Bailey viu como estava

sinto muito -- sussurro sem jeito -- Eu só precisava me afastar

eu sei, mas ele ficou elena -- ela disse obvia e eu levantei o rosto para ver Lexi sorrir triste -- Você só esta colhendo o que plantou, por que ele ficou e você o magoou profundamente

Eu falei a ele -- me defendo

Um dia antes? que consideração -- ela riu -- Ele não queria que você fosse

eu disse que seria por um tempo, nós falamos por telefone algumas vezes e parecia tudo bem -- comento perdida -- Ele não disse nada

você ja tinha ido, não iria mudar nada -- balançou os ombros e olhou o telefone -- O que ta feito, esta feito .. você só pode tentar melhorar, ou deixá-lo ir ..

Mas ele não esta totalmente correto -- falo obvia

eu não disse que estava -- ela levantou e saiu da sala fechando a porta e me deixando sozinha, após me recompor, saio da sala e procuro por algo para fazer mas klaus estava ajudando Webber numa cirurgia e o interno de webber era Liam, então eu estava de fora, e sem nada a fazer, peguei prontuários na emergencia para atender e segui parte da tarde assim.

Bailey -- chamei ao vê-la e ela parou de andar -- Posso conversar com você ?

Sim, mas tem que me acompanhar -- ela falou e continuou andando e eu a segui escada a cima -- Então Gilbert.. para haver uma conversa devemos falar e eu não falarei ate saber o que você quer conversar -- ela falou me olhando de lado e continuou andando, passei a ficar ao seu lado.

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O quão ruim estava ?-- pergunto

Do que diabos esta falando ?-- perguntou perdida

Damon, na noite em que abandonou o hospital para ir socorrê-lo, o quão ruim estava?-- Pergunto explicando e ela para de andar de imediato e me encara

Numa escala de zero a dez?=-- perguntou após pensar se responderia ou não -- Onze e meio

Tão ruim ?-- questiono e ela continua andar -- Havia muito sangue ?

o suficiente para fazer uma poça no chão da cozinha -- respondeu e a sensação fria na espinha se passou mais uma vez ma fazendo engolir a saliva enquanto sentia novamente o nó na minha garganta -- É só isso Gilbert?

É sim.. obrigado Dra. Bailey -- agradeço e ela continua a andar

Elena ? -- chamou e eu a olhei, parada no meio do corredor do segundo andar com um formulário em mãos -- Eu não lhe contei nada

sim senhora -- afirmo e ela segue caminho sumindo em segundos no final do corredor dobrando a direita, eu me sentia um lixo,depois do que ouvir, piorando meus sentimentos sobre a noite passada, agora eu era um lixo duplo, daqueles bem tóxicos.

...

Posso entrar Dr. Webber ?-- pergunto após bater na porta de sua sala, ele havia saído da cirurgia a um tempo e eu estava tomando coragem para conversar com ele, o mesmo afirmou me dando permissão e eu entrei fechando a porta atrás de mim -- Desculpe incomodar, mas eu preciso de ajuda com Damon

Em que eu posso ajudar ?-- ele perguntou curioso

Eu não sei, bom nós dois não somos íntimos mas você é padrinho dele e o conhece bem, bem melhor que eu e preciso saber se o senhor achar que Damon aceitaria algum tipo de ajuda para nós dois -- comento envergonhada

Quer dizer terapia ?-- perguntou

Pode ser -- afirmo

creio que não,ele odeia isso -- webber respondeu rindo e eu suspiro -- Acha que só a esse recurso?

conversar com ele é dificil, nós sempre acabamos brigando -- explico o olhando e webber suspira

Damon não é fácil -- comentou e eu concordei -- Já que acha ser a unica saída, por que não pede uma forcinha dos amigos ?

Tipo força bruta ?-- pergunto e ele ri

Enzo é um bom mentiroso .. não fale que eu disse isso -- eu rii de sua careta -- Stefan pode ajudar, vou pensar em alguma coisa tudo bem? e entro em contato com você

Obrigado chefe -- agradeço levantando da cadeira e ele me oferece a mão, aperto de bom grado e me desculpo por incomodá-lo novamente, e saio de sua sala. faltava pouco para meu turno acabar, e eu finalmente poderia ir pra casa pedir desculpas a ele por ter perdido a cabeça na noite passada.

Deixei caroline em seu apartamento e ela me assegurou que eu poderia dormir la, caso damon e eu brigássemos novamente e eu agradeci, seguindo para casa sem muita pressa enquanto pensava no que dizer a Damon. Parei o carro próximo ao carro de stefan e entrei em casa, deixando minhas chaves sob a mesa do corredor onde havia um jarro de flores e as chaves dos outros, pendurei meu casaco no cabide ali próximo e subi. Separei uma roupa para tomar banho e percebi que os cacos ainda estavam no chão do banheiro, desci a procura de uma vassoura e peguei a pá de lixo também. Recolhi todos os caquinhos e joguei no lixo do banheiro mesmo, agora estávamos sem Box, tudo por minha culpa, devolvo a pá e a vassoura a lavanderia e subo novamente com um copo de água em mãos. Tomo banho rápido e saio do banheiro mancando quando uma lasquinha de vidro entrou no meu pé, sento na cama de toalha mesmo e tento retirar o mesmo do meu pé, como uma coisinha pequena pode incomodar tanto? com ajuda de uma pinça e de uma tesourinha de unha eu consigo cortar a pele e retirar o caquinho, providenciando de jogar logo no lixo e não me machucar novamente,passo uma pomada no local para parar de arder um pouco e coloco minha lingerie, minha camisola e mudo o curativo do meu braço, mais uns dois ou três dias e eu poderia retirá-lo.

Stefan trouxe salada de camarão -- Damon comentou ao entrar no quarto e retirou os sapatos -- Se quiser um pouco é melhor correr, enzo fez três cirurgias essa tarde e quase não almoçou -- eu ri com isso

Podemos conversar por favor ?-- peço levantando da cama

eu preciso de um banho elena, não me torra a paciência -- ele disse revirando os olhos

vou descer e jantar -- comunico caminhando até a porta -- Mas espero muito que saia do banho disposto a conversar comigo Damon

Pegue seu prato e salve seu estomago -- Stefan falou me fazendo rir quando entrei na cozinha

Como foi seu dia elena ? -- rebekah perguntou

Não muito bom -- respondi me servindo -- E o seu ?

Perdi um dos bebes hoje -- rebekah comentou e todos ficaram calados me olhando e só ai ela percebeu --Desculpa elena.. eu .. eu

Tudo bem, eu entendo -- assegurei e ela sorriu sem jeito, Stefan continuou me encarando e eu sorri mostrando que estava bem -- Acho que precisarei da ajuda de algum de vocês

Para o que exatamente ?-- Stefan perguntou

Eu ainda não tenho certeza, tenho conseguir o numero de uma terapeuta e quero ir com Damon lá para tentarmos alguma coisa -- comento fazendo lexi rir

ele não vai nem amarrado -- ela disse de uma vez -- Desiste

Por isso preciso de ajuda, por que talvez eu deva mentir -- expliquei e balanço meus ombros levemente

Mentira é o nome do meio do Garcia -- Lexi comentou apontando para ele

Você é de longe a melhor namorada de todas -- ele exclamou indignado com ela e lexi mandou beijinho -- Se ele não aceitar.. e ele não vai, acho que podemos pensar em alguma coisa para que Damon esteja no mesmo lugar que você e a Terapeuta..

Não desceu para jantar -- comento ao ver Damon deitado na cama

Não estava com fome -- respondeu sem nem me olhar, estava concentrado em ler seu livro algum artigo ou prontuário

Nós podemos conversar agora ?-- pergunto

Não -- respondeu

Por favor Damon -- peço sentando-me a cama e ele larga as folhas sob a cama e me olhou -- Esta disposto?

Não mas você não vai parar de tagarelar -- sorriu sinico e evito fazer alguma careta -- Fala logo

O que aconteceu ontem, eu sinto muito -- falo o encarando

É só isso ? -- Questionou com uma sobrancelha levantada e me arrumei na cama pondo meus pés em cima do colchão

Não, eu realmente sinto muito pela minha cena de manhã e a novela a noite... Só que eu estava chateada por ter doado as coisas do nosso filho sem me falar, sem perguntar se eu queria me livrar daquilo, eu tinha o direito de saber o que você pretendia fazer com aquilo, o filho era nosso -- explico o encarando

Aquilo estava só acumulando poeira -- balançou os ombros

Eu havia limpado aquilo.. aquilo foi a unica coisa que me restou dele -- explico sentindo a visão embaçar mas não permito que as lágrimas desçam, não podia chorar agora -- Não pensou nisso?

Já falou tudo que tinha que falar?-- perguntou

Por que ta agindo como se não importasse?-- pergunto prendendo a irritação

Talvez por que não importa -- respondeu fazendo aquela cara de '' não é obvio?''

Damon, eu estou tentando concertar as coisas -- suspiro cansada e ele ri

consertar? Não há o que concertar -- negou levantando da cama e eu fiz a mesma coisa -- Depois de tudo? Não sei se podemos arrumar alguma coisa, olhe pra nós elena, você lançou coisas na minha direção e eu magoei você

Vamos tentar, eu encontrei uma terapeuta e ela é uma das melhores na cidade -- comunico e seguro suas mãos, em pé no meio do quarto e ele me encara indignado e depois ri -- Por favor, vamos tentar concertar as coisas

Tudo bem, você não vai parar de me encher se eu negar -- ele se rendeu me fazendo sorrir

Vou marcar a primeira visita para amanhã após o nosso turno -- comunico e ele balança a cabeça -- Obrigado, isso significa bastante para mim

Não posso dizer a mesma coisa -- ele resmungou

Você vai ver, isso fará bem a nós dois e nós poderemos voltar a ser o que eramos antes -- a esperança crescia a cada segundo

Se você diz -- ele balançou os ombros e voltou a seu lado da cama, pegando as folhas presas por um clipe de papel para ler e eu me deitei ao meu lado da cama e fico o olhando por alguns minutos, até ele reclamar que estava ficando estranho e estava o desconcentrando. Opto por usar os fones de ouvido e escutar uma música lenta, então seleciona The Cientist do Coldplay, me acalmava ...e de certa forma me identificava, tudo que eu queria era voltar ao início de tudo..Só espero que não seja tão difícil.Não pude evitar sorrir afinal ele aceitou ir comigo a terapia, talvez nem tudo estivesse perdido.