A nova Ordem

10 horas antes


Zyra está digitando...

— Amanhã vou ter que esperar meu irmão fazer as provas finais, porque depois tenho que levar ele ao médico, mas meu pai vai nos buscar quando ele terminar.

James está digitando...

— Eu vou pra escola amanhã de manhã, pra adiantar minha pesquisa lá na biblioteca. Preciso muito dessa nota.

Zyra está digitando...

— Se você tivesse feito as atividades complementares não estaria precisando de nota.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

James está digitando...

— Você está certa, como sempre. Até amanhã, amorzinho.

Zyra está digitando...

— Sem gayzisses kkkkk. Até amanhã, James.

Uma hora antes.

— Zyra você tem que ficar na porta da escola esperando seu irmão. – disse meu pai.

— Eu sei, pai. – respondi pacientemente.

— Quanto tempo você vai levar, amigão? - ele perguntou ao meu irmão.

— Não mais de uma hora, pai. – disse meu irmão mais novo, folheando seu caderno.

Estávamos no carro, à caminho da escola do meu irmão. Meu pai estava dirigindo. Hoje o dia seria muito corrido para nós.

Minha mãe é enfermeira, e ia passar o dia inteiro de plantão no hospital em que trabalha. Meu pai é professor de educação física, mas hoje estava de folga. Então sobrou pra ele arrumar a bagunça da casa e nos levar a tempo para os lugares que precisávamos ir.

O plano era bem maluco. E de certa forma sem noção, não havia necessidade nenhuma de eu passar uma hora no sol quente esperando o Sam fazer a prova dele se ele podia muito bem pedir a professora para ligar pro meu pai quando ele terminasse. Mas decidiram que teria que ser assim. Chegamos à escola às sete em ponto. Saltamos do carro.

— Boa prova, Sam, desça assim que acabar. – gritei pra ele enquanto ele corria para dentro da escola.

Ele acenou desajeitadamente.

— Qualquer coisa me liga. – disse meu pai, estendendo a mão fechada no ar para eu dar um soquinho.

Fiquei encostada em um poste de energia, bem perto da entrada da escola. O barulho de crianças tagarelando era bem audível, nem parecia que estavam em provas. A medida que o tempo passava eu observava as coisas ao redor.

Um faxineiro varria cuidadosamente a calçada. Já havia se passado meia hora, ou seja, mais meia hora esperando o Sam.

Mais dez minutos depois, as coisas começaram a dar errado, muito errado.

Mais adiante na pista houve um acidente, quase um quilometro de distancia da escola, mas ainda assim me assustei com o barulho. As pessoas começaram a murmurar “atropelamento”.

Confesso que me deu vontade de ir até lá ver o que houve. Mas uma força sobrenatural chamada preguiça me dizia para eu ficar aonde estava.

Na verdade, algo realmente sobrenatural aconteceu naquele momento. Uma voz estrondosa sussurrava em minha mente: “pegue a vassoura”.

Sarcasticamente , respondi: “não vou voar”.

E sem mais nem menos as coisas começaram a sair do controle. As pessoas que se aproximaram do acidente começavam a correr feito loucas na rua, a maioria em direção à escola. E eu não estou falando de vinte curiosos correndo para onde eu estava tranquilamente parada, estava falando de umas 100 pessoas correndo desesperadamente na minha direção. O faxineiro entrou na escola alguns minutos antes procurando um saco de lixo e deixou a vassoura encostada do outro lado do poste que eu estava.

A voz do além disse pra eu pegar a vassoura, mas o que diabos eu ia fazer com a vassoura? Ia meter na cabeça de quem ousasse se aproximar?

A voz voltou a rosnar em minha mente: “afiado”.

Não entendi absolutamente nada. A única conclusão que cheguei foi que ficar no sol quente às sete da manhã frita os miolos e nos faz ouvir coisas. As pessoas continuavam a correr, achei que alguém tivesse pensado que o carro podia explodir, mas ai olhei melhor. Eles estavam correndo de outras coisas. Coisas não, pessoas. Estavam correndo de outras pessoas. As pessoas que andavam atrás das que corriam eram feias e desengonçadas, andavam estranho, e pareciam cadáveres ambulantes.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Então as pessoas correndo chegaram perto de mim, um garoto que provavelmente tinha a minha idade, olhou nos meus olhos e disse: “estão mortos”.

5 minutos antes da merda acontecer.

Estão mortos. Como assim mortos? As pessoas do acidente? Quem morreu?

Eu queria perguntar ao garoto, mas ele continuou correndo como se não houvesse amanhã.

Daí a gravidade da situação passou pela minha cabeça e eu entendi. As pessoas de quem ele está correndo estão mortas.

Sem pensar agarrei a vassoura e arranquei a parte que varre, deixando apenas o cabo de madeira em minhas mãos. Pedi ao porteiro para entrar na escola, mas ele, ao ver o caos, disse que apenas alunos podiam entrar. Eu não podia correr e deixar Sam ali, ele ia sair a qualquer momento e procuraria por mim, e veria aqueles “mortos”.

Então comecei a esfregar o pau na parede. Espera, essa frase ficou estranha.

Então comecei a esfregar o cabo da vassoura na parede tentando deixá-lo com uma ponta afiada. Eu não tinha muito tempo, os “mortos” estavam se aproximando, mas pessoas corriam em minha direção. Acho que só não fui pisoteada porque estava na calçada, e as pessoas corriam pela pista. Os carros davam meia volta ao ver o caos.

Puxei meu chaveiro do bolso, era um cortador e lixa de unha, peguei a lixa e comecei a passar no cabo para que ficasse afiado. Os mortos continuavam a se aproximar, estavam a vinte metros de distancia.

Não estava muito afiado. “Vai ter que dar”, pensei. 10 metros de distancia.

A voz retornou em minha mente: “na cabeça”. 4 metros de distancia.

Não tive tempo de pensar a respeito. O primeiro morto me viu parada e me imaginou uma presa fácil, mas algo desviou sua atenção. O faxineiro, que não tinha visto o acidente e o caos, voltara com o saco de lixo tranquilamente. Ele viu a movimentação e brigou comigo por eu ter “detonado sua vassoura”, ele nem se quer viu a criatura se aproximar do seu braço.

A dentada foi rápida e feia. O morto mordeu o braço do faxineiro com tanta força que levou o pedaço e o sangue espirrou pra todo lado. O porteiro, aquele frouxo, fechou o portão impedindo qualquer um de entrar ou sair. O faxineiro gritava, e mais mortos começaram a vir em nossa direção. Eles voaram em cima do faxineiro e começaram a comê-lo vivo.

Um dos mortos me notou lá parada e confusa e avançou em minha direção.

“Não posso sair daqui sem o Sam”, pensei.

Então rápida e habilidosamente, enfiei minha lança improvisada com cabo de vassoura na cabeça do morto1, seu corpo caiu inerte no chão.

O barulho chamou a atenção dos outros que estavam comendo o faxineiro, eram mais três. Eles vieram em cima de mim. Fiz com ele o mesmo que fiz com o morto1. Fiquei tão assustada com a minha habilidade em matar que mal ouvia a voz de meu irmão gritando meu nome.

— ZYRAAAA, NÃAAO!

— Sam. – sussurrei.

Eu estava coberta de sangue dos mortos que acabara de matar. Mais uma frase sem noção. Esquece, e foca na história.

— Abre o portão! – gritei pro porteiro. – Abre essa droga, ele é meu irmão!

— Zyraaa! – meu irmão gritava.

— Abre isso! Deixa eu tirar meu irmão desse inferno!

O porteiro olhou para a lança assustado e abriu o portão ainda tremulo.

— Zyra! – Sam correu para me abraçar. – Por que você os matou, Zyra, por que?

— Porque eles iam nos matar.

Peguei a mão de Sam e comecei a correr na direção oposta do acidente, que por coincidência era o caminho de casa.

A luta no caminho.

Quando pensei que os únicos “mortos” eram aqueles que eu tinha matado minutos antes, estava super enganada. Havia deles por toda parte. Tive que cortar caminho por várias ruas pra evitar os bandos de mortos e pessoas correndo.

Nós corremos tanto que Sam começou a choramingar.

— Não agüento mais correr, Zyra. Vamos ligar pro papai vir nos buscar.

O papai! Eu esqueci completamente. Será que ele sabia? Será que tinha ido nos buscar?

— Eu vou ligar pra ele, ok? Mas não podemos parar no meio da rua, vamos procurar um lugar seguro.

Consegui convencê-lo a correr por mais uns metros.

Pelo tanto que corremos já deveríamos estar em casa, mas desviei tanto do caminho evitando o caos que perdemos tempo. E as vezes eu esquecia que o Sam só tinha seis anos. Paramos perto de uma árvore, estávamos na metade do caminho.

Enquanto eu esperava meu pai atender o telefone passei a mão nos cabelos macios de Sam. Estavam cobertos de suor. O garotinho mais bonito do mundo estava arranhado e com a roupa suja de sangue, o cabelo cheio de suor, e as bochechas rosadas do sol quente. Seus grandes olhos esverdeados imploravam um descanso, mas não podíamos nos dar ao luxo de ficar ali parados e vulneráveis.

Meu pai atendeu.

— Onde você está? O mundo está um caos!! – disse ele desesperado.

— Nós saímos da escola. – respondi.

— Vocês viram?

— Sim. As ruas estão lotadas de mortos e pessoas fugindo.

— Fique onde está, eu vou buscar vocês.

— Não pai! Você não vai conseguir nos pegar. As ruas estão cheias de pessoas e carros.

— Eu vou a pé.

— Nós estamos indo. Mas podemos demorar muito, porque vamos evitar os mortos e as multidões.

— Não, Zyra, você só tem 16 anos. Pode não conseguir se defender e proteger seu irmão.

— Eu vou levá-lo em segurança, vai buscar a mamãe. Mas tenha cuidado, confie em mim, pai. Nós vamos chegar em casa.

Meu pai começou a dizer algo, mas a ligação caiu. Tentei ligar de novo, mas não funcionou. A única coisa que eu podia fazer era esperar que ele fizesse o que combinamos, porque era isso que eu ia fazer. Chegaria em casa, pelo caminho mais longo e seguro, mas chegaria, e Sam estaria são e salvo.

— Temos que continuar. – eu disse à Sam.

— Por que você disse pro papai não vir? Estou cansado, Zyra.

— Sam, o que você viu no caminho até aqui?

— Pessoas, pessoas feias e machucadas correndo e atacando, e muitos carros batendo.

— Exatamente, muita gente e muitos carros. Você acha que o papai ia conseguir chegar aqui de carro? O caminho de lá até aqui não deve estar melhor. Nós temos que continuar. Além disso ele vai buscar a mamãe, e quando chegarmos eles estarão lá nos esperando.

— Tudo bem, vamos. – disse Sam.

Corremos para a rua que era o caminho mais próximo de casa. Ela parecia tranqüila, mas os mortos começaram a vir, e nós continuamos a correr. Nós tínhamos uns dois minutos de vantagem, e tinha um bando de seis nos perseguindo. Eu estava pensando em parar para matá-los, mas isso ia aterrorizar o Sam. Ele estava agarrado à minha mão, ofegante e suado. Mas eu estava numa boa, não estava cansada nem suando tanto, e eu não era nenhuma atleta. O único campeonato que eu ganharia seria o de dormir por mais tempo. Estava tão distraída pensando em como eu consegui correr tanto sem me esgotar, que pulei de uma calçada para outra.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Sam olhava pra trás constantemente, e eu realmente esperei que ele tivesse visto a diferença entre uma calçada e outra, a que estávamos antes era mais alta, e saltamos em uma mais baixa. E no ultimo segundo, o salto de Sam não foi nada elegante. Ele caiu no chão, e soltou a minha mão e começou a alisar o tornozelo. Ele estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Que droga. – eu disse.

— Pode ir, Zyra. Eu não posso mais correr, e nem andar, torci o tornozelo. Vá sem mim, Zyra, vá. Diga ao papai e à mamãe que os amo, e quero deixar todos os meus jogos para o Dylan. Você foi uma boa irmã pra mim.

Revirei os olhos.

— Não vou deixar você ai, moleque. Sobe logo nas minhas costas e para de ser dramático.

Sam deu um sorrisinho fraco e conseguiu se pôr de pé para subir em minhas costas. Eu ainda estava com a lança na mão. E quando o primeiro zumbi se aproximou, furei seu olho com a ponta, e ele caiu no chão.

— Segura firme! – gritei para Sam.

Sai correndo como se estivessem distribuindo lasanha. Agora que eu não estava mais correndo no ritmo de Sam, eu estava bem mais rápida apesar de estar carregando ele. Chegando quase na metade da longa rua que era o caminho mais rápido para a nossa casa, Sam entrou em desespero ao ver que ela estava bloqueada.

Os moradores devem ter feito aquilo, estava cheia de objetos em chamas, eles acharam que isso os manteria longe.

De qualquer forma não havia como passar. A nossa sorte era que a rua parecia uma cruz. A parte menor era o caminho que percorremos, e agora estávamos entre os lados e o caminho longo em frente. E em frente não podíamos seguir, então só nos restou a direita e a esquerda. Lembrei-me dos caminhos e das opções rapidamente. Para a esquerda tinha uma rua e dobrando à direita dava numa pista que seguindo em frente chegaríamos à outra rua que nos levaria pra casa. E para a direita tínhamos outra rua que dava em outra pista, mas essa pista tinha 3 vias, ou seja, mais espaço para se movimentar, porém mais longe.

Sem pensar mais virei à direita correndo, fazendo o morto que estava logo atrás de mim cair e bater a cara feia na parede.

***

Gostaria de dizer que o percurso foi tranqüilo, que pessoas nos socorreram e cuidaram do tornozelo de Sam, nos deram água e nos explicaram o que estava acontecendo.

Mas nem de longe foi isso.

Ao escolher o caminho supostamente mais seguro também escolhi o caminho mais longo. Mas a nossa vantagem era que tinha bastante espaço para correr e se movimentar, porém, só poderíamos seguir em linha reta até chegar à nossa rua. Foi o que eu tentei fazer.

Teoricamente era um plano bom, mas chegando até metade do caminho a coisa ficou feia. Os moradores fizeram uma espécie de barricada. Queimaram pneus e madeira, folhas e sofás para bloquear a pista. Agora dava para entender porque aquela estava tão livre. Não tinha saída.

Entrei em desespero por um segundo, mas lembrei que poderia seguir pelas outras pistas que não eram de longe tão seguras.

Sem pensar duas vezes sai correndo para a outra via, e de cara tive que matar mais três mortos. Sam choramingava cada vez que o sangue enpirrava em seu rosto.

— Isso é nojento, Zyra. É realmente necessário? - ele disse.

— Se eu não fizer isso eles vão nos comer, Sam. Você é esperto, já devia ter fixado essa idéia.

Ele murmurou algo que não entendi.

Pelo restante do caminho até nossa rua permaneci num transe, uma espécie de piloto automático. Corria, desviava, ignorava pessoas que gritavam por ajuda, e matava zumbis tão rápido que chegava a me assustar.

Meu corpo estava ali, mas minha mente viajava a mil. Como eu conseguia fazer tudo isso? Eu não era uma atleta, não existe nenhuma explicação para eu conseguir correr essa distancia toda matando essas coisas e carregando Sam sem sentir dificuldade alguma. Sam pesava tanto quanto uma mochila vazia em minhas costas, e minha “lança” era só um pedaço de madeira, mas eu não o trocaria por nada, já que ele garantiu nossa sobrevivência até aqui.

Depois de muito chão, chegamos à nossa rua. E para nossa infelicidade morávamos no final dela, e assim que vi nossa casa ao longe, percebi que estava tudo bem por lá. Não havia muitos mortos à vista. Nenhuma pessoa viva sequer ousava pisar fora de casa, apenas alguns metros nos separavam de nossa família.

Comecei a correr.

E você deve estar pensando. “Nossa, Zyra, que chato, não chega em casa mais não?”. Estou quase lá, paciência!

Quando cheguei na metade da rua percebi porque os mortos não estavam vagando por ela. Eles estavam tentando derrubar algumas portas, havia mais ou menos vinte deles. Um corpo estava no chão, completamente dilacerado.

Percebi com horror que se tratava da minha vizinha já idosa, a senhora Ruby.

— É a senhora Ruby! – disse Sam engasgando.

— Xiu!. – eu disse a ele. – Queremos passar despercebidos.

Mas eu mesma não prestei atenção, fiquei olhando a pobre senhora Ruby, e pisei num saco de batatinhas vazio que estava no chão. Soou como um estrondo. Todos os mortos olharam para onde eu estava.

“Agora lascou.”, pensei.

Eu sabia que mesmo se corresse nunca ia chegar em casa, por algum motivo o Sam começou a escorregar de minhas costas.

— Sam, você vai ter que correr pra casa agora. – eu disse calmamente.

— Não consigo, Zyra, eles vão me pegar.

— Eu não vou deixar.

— Me leve nas suas costas.

— Eles vão me cercar, não vou poder proteger você.

— Não... – ele começou a chorar.

— Corra pra casa, eu prometo que eles não vão te seguir.

Fiz ele descer das minhas costas. Ele soltou um grito agudo quando seu pé machucado tocou o chão. Dei um tapa leve nele, e fui andando devagar em direção aos mortos. Alguns deles começaram a seguir Sam, mas eu os atrai.

Andei devagar até o corpo da senhora Ruby, onde algo me chamou atenção: uma arma, um rifle. Mas é claro! O marido da senhora Ruby tinha um desses porque gostava de caçar, eu já o vira com aquilo.

Olhei de relance para Sam que estava quase na porta de casa, mas estava em péssimas condições. Eu sabia que se usasse a arma poderia errar os tiros, poderia machucar alguém, e o barulho poderia atrair mais deles. Sem contar o detalhe de que nunca toquei em uma arma, isso tinha muita chance de dar ruim.

Peguei a arma e mirei, acertei o primeiro que estava mais próximo, eu estava cercada. Mas acertar um me fez ganhar confiança. Matei dois com um só tiro, eu não sei bem o que fiz, e nem sei se conseguiria fazer de novo, mas de repente eu estava com uma arma descarregada, e muitos mortos aos meus pés. Olhei para Sam, e ele estava na porta de casa, me olhando apavorado, eu estava tão apavorada quanto ele, mas me acalmei assim que vi minha mãe abrir a porta.