Royalty.

Oberyn Martell. - Príncipe de Dorne.


Oberyn fitou a taça de vinho escuro com o cenho franzido, aquilo parecia sangue. Era como se bebesse sangue de alguém que nunca vira o rosto.

Víbora Vermelha.

Príncipe.

Irmão.

Afastou a bebida de si sentindo a mente protestar. Já matara muitos homens em sua vida, no entanto, algo naquela comparação o fez sentir um desespero avassalador. Era como ver o corpo de Elia mais uma vez, fitar o rosto de Doran quando sentia mais dor do que o habitual e tirar suas filhas das mães para cria-las consigo. Sempre doía e desesperava, porém, era como tentar correr do céu, impossível de evitar e de escapar. Como um duelo que sempre perdia.

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Sangue. Para onde quer que olhe há sangue.

Em suas mãos, nas mãos dos outros, de que importa, afinal?

Naquele momento, vinho tinha cor de sangue escuro escorrendo de feridas antigas que nunca cicatrizariam. Era o rosto da mãe de Obara quando trouxera a filha para Dorne, eram as lágrimas odiosas de Elia no torneio de Harrenhal, era o vazio que se apoderava de Doran, todo dia mais um pouco. Não existia nada o que pudesse fazer além de assistir impotente.

Insubmissos, Não Curvados, Não Quebrados. Mentiras talvez?