A filha de Isabella

Tempinho com a mamãe


— Bella, seja uma boa mãe e me traga água. – Resmunguei me ajeitando no sofá.

— Annie, seja uma boa filha e vai buscar. – Bella retrucou.

— Poxa Bella, vacila mesmo. – Rolei no sofá caindo sentada no chão. – Agora vou ter que me arrastar até a cozinha.

— Não seja tão dramática assim Annie. – Bella me jogou um travesseiro.

— Ta pedindo guerra é? – Joguei o travesseiro de volta.

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— Vai desafiar? – Bella me jogou mais uma vez o travesseiro.

— Ta pedindo pra morrer, só pode. – Joguei o travesseiro com mais força.

— Não se esqueça que sou mais forte. – O travesseiro voltou com o dobro da força.

— Ih vai ficar de caô agora tiazona? – Me levantei lançando o travesseiro nela.

— Aqui está o poder da tiazona. – Bella rolou pro chão me acertando o travesseiro e desviando do outro que eu jogava.

— Vou ter que te mostrar meu golpe karatê agora. – Falei pegando o primeiro travesseiro que encontrei.

Fiz umas volta estilo capoeira e dei uma sarrada no ar enquanto jogava o travesseiro nela.

— Que ousada. Aqui está meu golpe supremo. – O travesseiro veio com tanta força que eu cai deitada do outro lado da sala.

— Já vejo o caminho da luz. – Abracei o travesseiro.

— Annie, você está bem? – Bella aproximou-se do meu corpo estirado no chão.

— GUERRA DE TRAVESSEIROS. – Anunciei levantando em um pulo e desferindo golpes contra ela.

A casa de Charlie se transformou em uma completa zona, tinha enchimento na cozinha, penas na sala e no resto dos cômodos do andar de baixo. E eu e Bella estávamos bem ali no meio destruindo os últimos dois travesseiros em nós mesmas.

— YA – Acertei a cabeça dela.

— SEGURA ESSA! – Isabella acertou minha barriga.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Uma voz mais grossa nos interrompeu.

— Oi pai. – Bella lançou um sorriso amarelo para o homem que acabará de entrar.

— Oi, vovô. – Me virei vendo sua cara carrancuda.

— Limpem isso agora. – Ele falou pausadamente.

Seu uniforme estava amassado, seus cabelos bagunçados e a cara era de sono. Eu podia rir em um momento como esse, mas Charlie não estava para brincadeira.

— Eu não moro aqui mesmo. – Isabella deu de ombros pronta para ir embora, vacilona.

— Isabella Marie Swan Cullen. – Charlie proferiu o nome completo dela.

— Mas eu vou ajudar, Annie. – Bella deu um sorriso forçado e me abraçou de lado.

— Quando eu acordar quero tudo como estava antes. – Charlie alertou enquanto subia as escadas.

Assim que ele sumiu do meu campo de visão me virei para Bella, nada feliz.

— O que foi? – Sonsa!

— Você ia me deixar aqui para morrer, SOZINHA. – Acusei ela.

— Você faria o mesmo. – Ela me acusou.

— Talvez, ok eu faria, mas em uma guerra não se abandona nenhum soldado. – Cruzei os braços.

— Isso não é uma guerra, mas sim um furacão. Eu começo pela cozinha e você pela sala. – Bella se virou me deixando plantada. Falsiane.

[…]

O barulho do aspirador de pó invadiu minha cabeça sem nem mesmo pedir licença. Bella varria e eu, graças à Deus, usava o objeto mais prático.

As penas eram sugadas com uma grande facilidade e em poucos minutos minha parte já estava, quase, completamente limpa. Faltava por a plumagem dentro de um dos sacos plásticos (que seriam ótimos para matar Bella e depois esconder o corpo), assim que o fiz me joguei no sofá.

— Nem pense em descansar. – Bella voltou da rua, onde possivelmente estava pondo o lixo.

— Bella, eu sou humana. Eu me canso, caso você não saiba. – Tentei explicar.

— Então descanse no carro. – Bella resmungou.

— Aonde vamos? – Perguntei já me animando.

— Comprar travesseiros novos. – Bella disse saindo para o lado de fora e eu logo me apressei em segui-la.

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— Na volta podemos comprar chocolate quente? – Perguntei entrando no carro.

— Se você se comportar, provavelmente. – Bella me olhou de esquina.

— Comportada é meu nome do meio. – Dei um sorriso torto em sua direção.

[…]

— Ainda rola aquele chocolate quente? – Olhei para Bella com esperança.

— Você derrubou uma pilha de travesseiros com um carrinho. – Isabella desviou os olhos da pista para me olhar. – Qual você acha que é minha resposta?

— Com certeza, Annie. Vamos sim comprar chocolate quente? – Olhei para ela ainda esperançosa.

— Não, Annie. – Isabella deu um grande suspiro voltando a atenção para a pista. – Não vamos comprar chocolate quente.

— Você que sabe, você que sabe. – Dei de ombros sem esconder minha revolta.

— Consequências das suas atitudes. – Bella se ajeitou ao volante.

— Blábláblá. – Revirei os olhos.

— Não seja infantil. – Bella falou.

Ignorei ela completamente e continuei prestando atenção na pista a frente. Eu queria tanto uma xícara de chocolate quente nesse frio de Forks. Não desistiria tão fácil.

— Às vezes me pergunto se você nega chocolate quente para a Renesmee. – Comentei.

— Sem chantagem emocional. – Bella desviou.

— Não, não é isso. – Forcei um suspiro triste. – Vovó Renée nunca me negou chocolate quente, nem mesmo no calor.

— Ok, você venceu. Copo p e mais nada. – Bella revirou os olhos e eu sorri vitoriosa.

1x0 pra mim.

[…]

— É bom ver que vocês deixaram tudo como antes, até melhor. – Charlie observou enquanto descia as escadas.

— Trabalho de mulheres, sabe como é. – Dei um sorriso orgulhosa.

— É bom ver que estão se dando bem. – Charlie sorriu descendo por completo as escadas.

— Eu e Bella somos amigas agora. – Sqn.

— A amizade entre mãe e filha é majestosa. – Charlie estranhamente falou.

— Fumou uma das ervas de Sue, Charlie? – Perguntei.

— Já mandei parar com acusações falsas. – Talvez não tão falsas assim.

— Foi mal. – Revirei os olhos.

— E não revira esses olhos castanho esverdeados para mim. – Charlie alertou se sentando no sofá.

— Chato. – Dei língua para ele.

— Onde está Bella? – Perguntou ligando a televisão.

— Na casa dela, talvez. – Me ajeitei na poltrona. – Ou na casa do Ricardão, assim como Sue.

— Sue é apenas minha amiga. – Charlie fechou a cara.

— Eu nem disse nada sobre isso. – Dei um sorriso malicioso. – Estranho você já ir se defendendo.

— Não começa Annalice. – Foi a vez dele revirar os olhos.

— E o senhor não revire esses olhos castanho escuros para mim! – Esbravejei.