Laços Cortados

A honra de um homem infeliz


Depois de levantar da cama, tomar um banho e fazer sua higiene, Sakura saiu do quarto e foi tomar seu café da manhã, encontrando Hinata e Naruto sentados na pequena mesa, comendo.

Sakura sentou-se também, e olhou para os dois acanhada.

— Gomene, por ontem à noite. Principalmente você, Hina-chan. Fui egoísta, deixei você preocupada e sem notícias, enquanto estava sendo imprudente. - falou cabisbaixa, realmente sentia-se culpada.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Tudo bem, Sakura-chan, não estou chateada com você. Na verdade, estava preocupada que você ficasse nervosa comigo por acabar chamando Naruto e Sasuke para procurar você. - falou a morena. Sakura sorriu para ela.

— Nunca ficaria chateada com você por isso, Hinata. Sei que ficou desesperada e só queria ajuda, foi compreensível. E, fazer o que se Sasuke estava com Naruto? Eu não posso explodir toda vez que encontrá-lo, já que o imbecil parece estar em todo lugar. - revirou os olhos.

— E também, vocês entrarão juntos no meu casamento, não se esqueça disso. - falou Naruto, com a boca cheia. Sakura fez uma careta.

— É, pois é, você é um amigo da onça. Tanta gente pra fazer par comigo, e você escolhe logo ele. - revidou, enquanto começava a comer seu café da manhã.

— Bom, quem sabe assim vocês dois aprendem a ficar no mesmo local sem brigarem, huh? - disse o Uzumaki e a rosada apertou seus olhos em sua direção.

— EU não brigo com seu amiguinho, nem mesmo lhe dirijo a palavra. Ele é que é abusado e não consegue deixar as mãozinhas dele quietas. - exclamou, bebendo um gole de seu suco. Naruto franziu o cenho.

— Como assim ele não consegue deixar as mãos dele quietas? - perguntou o loiro, confuso, e Sakura arregalou os olhos ao perceber que quase contou a seus amigos que Sasuke a agarrou. Duas vezes.

— Nada. É modo de falar. - respondeu. - Você não tem que trabalhar, não? - perguntou, olhando as horas em seu celular.

— Kuso! Vou me atrasar. - falou o loiro, enquanto terminava em um gole só o seu suco, e pegava a chave de seu carro. - Até mais vocês duas! - e saiu. Sakura riu baixinho com o jeito do melhor amigo. Virou-se para frente, encontrando os olhos de Hinata a observando.

— O que foi? - perguntou, erguendo uma sobrancelha.

— Não foi modo de falar. - falou, simplesmente.

— O quê? - Sakura a olhou, não entendendo o que ela quis dizer.

— Aquilo que disse sobre Sasuke. Não foi modo de falar. - respondeu, enquanto via a amiga desviar o olhar. - Você corou quando Naruto perguntou sobre ele. - pontuou ela. - O quê aconteceu?

Sakura suspirou, olhando para a morena mais uma vez. Hinata era uma chata, sempre observando as coisas enquanto estava quieta, parecia que nada fugia de seus olhos.

— Você é uma chata, Hinata. - bufou, vendo a amiga sorrir para ela.

— Sabe que não é obrigada a me contar nada. Só achei que gostaria de compartilhar isso com alguém, afinal. - continuou com seu timbre calmo e compreensível, e a Haruno agradeceu por ter uma amiga como ela.

— Pois é. Aconteceu. - respirou fundo. - Acredita que o imbecil teve a audácia de me agarrar? Assim, sem mais nem menos! E ainda se achou no direito de sentir ciúmes ao me ver com Gaara. - despejou suas frustrações para ela. - Ah, tudo que eu queria era dar outro tapa naquela carinha branca dele, me daria uma imensa satisfação ver a marca dos meus cincos dedos nela.

— Espera... Você bateu nele? - perguntou a Hyuuga, olhando desacreditada para Sakura.

— Bem... Sim! Ele me abraçou, oras! Veio todo arrependido com palavras bonitas, achando que me faria cair na dele. Acabei lhe dando um tapa. - respondeu, dando de ombros.

Hinata, que olhava para amiga surpresa, começou a rir gostosamente quando ouviu o que a rosada falava.

— Você não existe, Sakura-chan. Ah, eu gostaria de ter visto essa cena. - riu um pouco mais, arrancando um sorriso de Sakura também.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Bom, foi bem gratificante para mim. Eu o ameacei dizendo que se ele tocasse em mim novamente, a próxima a sofrer um ataque seria suas bolas, mas quando ele fez o mesmo ontem, e ainda me beijou, eu esqueci de tudo isso. - suspirou, pesadamente. - Sou tão tola, Hinata... - falou, o desanimo em sua voz era palpável.

— Não, você não é tola, Sakura. - disse, olhando para ela. - A história de vocês acabou tão mal resolvida... Ele te machucou com sua melhor amiga, você não aguentou e fugiu para não ter que encarar a situação. Guardou todos os seus sentimentos por ele esses anos todos, cortou todos os seus laços com tudo e todos que a lembravam dele... - Sakura iria a interrompê-la, mas Hinata levantou o dedo indicador - Sei por que fez isso, e mesmo não achando certo, não a julgo por isso. Mas agora, as consequências de suas escolhas estão se mostrando. Nós não podemos fugir de um passado mal resolvido, Sakura-chan. Nossos fantasmas sempre voltam para nos assombrar.

Sakura assentiu nesse momento, concordando com a amiga.

— Você precisa resolver isso, se quer se ver realmente livre de tudo o que te prende a ele. E a ela também. - Sakura entendeu que Hinata falava de Ino naquele momento. - Mas lembre-se... Guardar mágoa nunca é algo bom. - terminou seu discurso, sorrindo para Sakura.

— Obrigada, Hina-chan. Você é maravilhosa. - elogiou a rosada sua amiga.

— Bem, agora nós podemos... - a morena foi interrompida pelo som da campanhinha.

— Deixa que eu vou. Deve ser o Naruto, com certeza esqueceu alguma coisa. - falou, indo em direção a porta. Não se preocupou em olhar no olho mágico, apenas abriu a porta, deparando-se com a figura loira a sua frente.

Porém, diferente de seu melhor amigo, essa figura loira não era a que ela gostaria de ver nem pintada de ouro.

— Ino?

⊱❊⊰⊱❊⊰

Olhava um ponto fixo na parede do quarto onde estava hospedado. Sentia-se cansado mentalmente com tantos pensamentos e emoções que o estavam atingindo desde a hora em que encontrara a pequena irritante naquele pub.

Por incrível que pareça, mesmo depois de horas, o cheiro dela ainda estava impregnado em suas roupas, talvez seja por isso que ele não as havia tirando ainda. Talvez.

Estar perto dela novamente era tão... Confuso. Sasuke não era acostumado a sentir tantas coisas em um curto espaço de tempo, era muita coisa para se assimilar de uma vez, algo que o o Uchiha estava acostumado a manter sob controle, levando em conta que nada o fazia ficar assim.

Sasuke sempre fora calmo e centrado, não tinha porquê ficar instável com algo, poucas foram as vezes que isso acontecera, e quando acontecia, sempre era por causa dela, algo relacionado a ela. Sempre.

Ele não entendia, como conseguia amar Sakura, ela era seu total oposto, irritadiça ao extremo, transparente de emoções, intensa, amorosa... Ou era. Afinal, desde que reencontrara a garota, ela agiu de maneira totalmente oposta à Sakura que conheceu a anos atrás. Mas ele não podia reclamar muito do tratamento que esta o estava dando, não é mesmo?

Mas ele simplesmente não conseguia ficar longe. Desde o dia em que descobrira que ela havia viajado - fugido, era mais apropriado para o Uchiha. - e ainda para tão longe, Sasuke sentia um vazio constante dentro de si. Na época, achou que seria o melhor, era àquilo que ele queria, afinal, não procuraria mais por ela, não se meteria em sua vida. Mas, depois de duas semanas e um surto de desespero presenciado por Naruto, ele concluiu que não conseguiria dormir se não descobrisse onde ela estava e se estava bem.

Os pais dela nunca diriam para onde ela foi, e eles eram os únicos que poderiam lhe responder isso. A pedido de Sakura, eles não revelaram nem mesmo ao melhor amigo da rosada, que era Naruto. Certamente, ela sabia que o loiro contaria a ele. Mas não foi muito difícil para ele descobrir.

Mexendo alguns pauzinhos - o que não foram muitos, já que seu nome era poderoso. - descobrira que ela estava refugiada em Londres, mais precisamente na casa de uma tia sua que era médica. Havia passado em uma universidade de lá, e Sasuke lembrou-se quando ela disse isso a ele.

" - Eu estou muito feliz por ter passado, Sasuke-kun, mas acho que vou ficar com a de Tokyo mesmo. Ela também é muito boa, e vou poder ficar mais perto dos meus pais, meus amigos e de você, claro."

Ela iria ficar. Poderia estar cursando sua faculdade perto dos amigos, e quem sabe, aos fins de semana ela talvez conseguisse os visitar. Passaria as férias em Konoha. Os dois poderiam ter um apartamento em Tokyo, já que era lá que a empresa de sua família ficava. Tudo poderia ter corrido bem. Sem transtorno, sem lágrimas, sem adeus.

Mas ele era quem era, e isso, infelizmente, era o maior motivo de não ter o que queria.

⊱❊⊰⊱❊⊰

Flashback - Mansão Uchiha, 4 anos atrás.

Sasuke entrou na mansão silenciosamente, não sabia se havia alguém em casa, e esperava realmente que não, afinal, seu bom humor estava dando as caras naquele dia, assim como todos os dias que ficava com ela.

Era incrível o que ficar algumas horas com a Haruno - que para o Uchiha nunca eram suficiente - podia fazer com seu humor. Estar com Sakura era a calmaria que vinha depois da tempestade, e essa tempestade era a realidade de sua vida quando entrava por àquelas portas, até mesmo a atmosfera ali dentro era diferente.

Respirou fundo, e seguiu para seu quarto, subindo as escadas que o levariam ao corredor do mesmo. Quando chegou ao topo da mesma, uma das várias portas que ali se encontravam se abriu, revelando o homem de cabelos castanhos escuros e olhar rígido, assim como toda sua postura.

— Boa noite, Otou-san. - cumprimentou Sasuke, e o pai deu um aceno com a cabeça.

— Venha. - disse apenas, e o mais novo o seguiu. Entrou no escritório do pai sentando-se em uma cadeira em frente ao pai. O mais velho pousou suas mãos na mesa que encontrava-se entre eles e observou o filho.

— Vejo que está muito ocupado com seus estudos, já que vem chegando cada vez mais tarde em casa. - falou enquanto mantinha o olhar rígido sobre ele. Sasuke não demonstrou, mas estava nervoso.

— Há muitos trabalhos escolares a serem feitos, e preciso dar o meu melhor estudando para as provas que estão por vir. - respondeu.

— Hn. Espero que esteja se saindo muito bem mesmo, afinal essa faculdade é de nível inferior a Universidade que eu desejava para você. Não sei como pude ceder a esse seu pedido insano - replicou o mais velho, enquanto pegava alguns papéis.

O assunto que o pai de Sasuke falava era sempre motivo de desgosto para o mais velho. Este queria que o filho fosse para a universidade de Tokyo que era a melhor do país, mas o mais novo pediu ao pai para que esse fosse para a universidade de Konoha que, mesmo que não fosse tão aclamada como a de Tokyo, era ótima também. Depois de uma longa discussão, o pai cedeu ao pedido do filho, mas lhe disse que não aceitaria notas na média e as queria sempre acima.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Teremos um jantar com um de meus sócios esse final de semana, quero você presente para que vá se acostumando com esse ambiente. Você terá vários eventos como esses quando assumir a empresa. Leve sua noiva - decretou Fugaku, enquanto olhava os papéis em sua mão. O mais novo suspirou.

— Esse final de semana? - falou, preocupado. Fugaku olhou para o filho, estreitando seus olhos.

— Por acaso, tem algo mais importante para fazer? - perguntou com a voz mais grave. Sasuke engoliu em seco, negando. Na verdade, ele tinha. Esse final de semana, iria sair com Sakura, mas pelo visto teria que desmarcar.

— Não, claro que não, Otou-san. Estarei lá. - respondeu, desanimado.

— Ótimo. Não esqueça de avisar Karin. - falou. - Já pode ir. - Sasuke levantou no mesmo segundo, saindo daquele lugar que sempre o deixava tenso ao entrar ali.

Já em seu quarto, o Uchiha respirou fundo e deitou-se em sua cama de casal com uma postura cansada. Não sabia como continuaria a aguentar aquilo.

Pressão.

Negócios.

Seja o melhor.

Seja perfeito.

Me dê orgulho.

Honre nosso nome.

Honre nossa família.

Fechou os olhos, tentando não se desesperar com o rumo de seus pensamentos. Estava a beira da loucura, sabia disso. Tudo isso para orgulhar seu pai. Tudo isso para orgulhar sua tão tradicional família. Tudo isso para não ser chamado das mesmas coisas que seu irmão mais velho era chamado naquela casa. Vergonha.

Nem mesmo o nome dele era proferido por alguém naquela casa. Tamanho desgosto seu pai tinha por ele, que até mesmo proibira a memória dele em sua casa, como se ele nunca tivesse sido seu filho.

Sasuke não condenava seu irmão em nada, sabia do jeito dele, sabia que nada que o pai queria para o futuro dele era o que o mesmo desejava para si. Então, ele simplesmente saiu daquela casa, renegando seu nome Uchiha Sasuke bem lembrava as palavras dele naquela noite.

"Se fazer parte dessa família, significa desistir dos meus sonhos e minha felicidade, então eu prefiro dar às costas a ela. Eu amo vocês, mas não sacrificarei minha vida apenas por causa de honra. Isso não trás felicidade a ninguém."

E foi embora. Na época, Sasuke não entendia como seu irmão não ficava feliz sabendo que era um motivo de orgulho para seu pai, e preferia desonrá-lo. Mas, a algum tempo, ele vinha pensando se tudo aquilo valia a pena mesmo.

Desde que conhecera Sakura, na verdade.

A garota simplesmente o fazia pensar em um futuro diferente, uma vida diferente. Algo que seu querido pai nem imaginava. Ela o fazia almejar algo a mais do que só dar orgulho ao pai e sua família. Ou ser um homem de negócios bem sucedido. Sasuke começara até mesmo a se questionar se queria dirigir a empresa. E sabia que não podia ter tais pensamentos, pois eles o confundiam, tiravam seu foco mas... Aquele futuro não parecia vida para ele. Nem mesmo sua futura esposa ele escolheu por vontade própria, oras!

Suspirou cansado, e decidiu ligar para Sakura, iria ter que desmarcar seu compromisso com ela.

O relacionamento dos dois foi algo inusitado para ele. Na verdade, fora algo que saiu completamente de seu controle. Desde que havia se comprometido com Karin, ele não tivera outra mulher. Nem mesmo aventuras. Não gostava da ruiva como mulher, mas via nela uma boa amiga, e sabia que ela o via assim também. O compromisso era visto como uma obrigação para os dois, mas decidiram não fazer disso um inferno completo, já que sabiam que não teriam escolha, no fim.

Mas a Haruno... Ah, ela era totalmente diferente. Sasuke não sabia, nem se lembrava como, mas quando percebeu, já se encontrava encantado por ela, seu jeito, sua personalidade, seu corpo... Tudo nela era um vicio para ele, e quando cogitou se afastar, todo o seu corpo e até mesmo sua consciência rejeitou tal ideia. E, quando menos esperava, estava engatando um namoro.

Era um fraco, em sua concepção. Não conseguia escapar das garras de um serzinho tão indefeso quanto Sakura. Mas ela era seu refúgio em meio a tempestade, como sempre constatava ao se lembrar dela. Era seu ponto de paz. Mas, ele sabia, não duraria. Seu pai não poderia saber. Nem mesmo sua família. Ela era seu segredo, seu pequeno pecado.

Sua transgressão, e tinha tempo determinado para acabar.

Flashback Off

⊱❊⊰⊱❊⊰

Depois de tomar banho, comer algo que a pousada oferecia, e trocar suas roupas, Sasuke decidiu sair um pouco, pegou as chaves de seu carro e vagou por entre as ruas, sem rumo. Observava aquela pequena cidade com atenção. Konoha era uma cidade pequena, mas era ótima para quem procurava por paz e calmaria. Gostaria de ter crescido em um lugar como aquele.

As lembranças de anos atrás o atingiam a cada lugar conhecido que passava. Lembranças que ele tinha com Naruto, Sakura e os outros que as vezes também estavam juntos. Ah... era tão bom.

Lembrando de um local do qual ele gostava muito de estar quando frequentava a cidade constantemente, Sasuke mudou seu percurso direto para o restaurante que se encontrava no centro. Estacionou o carro no estacionamento do local. Adentrou as portas do mesmo, observando como o lugar era acolhedor. Via algumas pessoas comendo ali, e sabia que só não estava muito mais cheio porque não era horário de almoço ainda.

Procurou uma certa pessoa, mas tão logo fez isso, desistiu. Ele não estaria ali, não era possível. O restaurante que tinha em Konoha era só um dos vários que ele possuía, e nem era o primeiro e, com certeza, não era o que mais dava trabalho. Mas mesmo assim, estar ali o trazia uma certa comodidade, e um sentimento bom, só de pensar que o lugar era do homem que veio procurar.

Sentou-se em uma das poltronas que ficava em volta da mesa, e logo uma garçonete veio lhe atender, entrou o menu para ele, e Sasuke não demorou a fazer seu pedido, recebendo uma leve reverência da moça.

Antes que a mesma pudesse ir embora, Sasuke se pronunciou.

— Você pode me dar uma informação? - perguntou, e a moça assentiu para o moreno. - Sabe se o dono do estabelecimento está aqui?

A moça estranhou, franzindo o cenho.

— Não senhor, não sei. Mas se quiser falar com o gerente... - ele a interrompeu.

— Não, não é necessário. - falou, simplesmente.

A garota assentiu, e saiu dali. Sasuke suspirou. Pegou seu celular, vendo que havia uma mensagem de Naruto, dizendo que queria sua ajuda para escolher um terno.

Sasuke bufou, revirando os olhos. Definitivamente, ajudar Naruto a escolher um terno para se casar não estava em seus planos. Por que ele simplesmente não escolhia um terno negro que era o que todos usavam?

Iria digitar isso para o Uzumaki naquele momento, mas no mesmo segundo, viu uma figura contente se aproximar dele, enquanto sentava a sua frente, exibindo um sorriso de canto parecido com seu.

A face que esbanjava tranquilidade, e os olhos com um certo brilho em seu anterior eram o completo oposto de si, as linhas em seus olhos e o cabelo mais comprido e liso também os diferenciavam, mas, fora isso, não tinha como negar nem mesmo que quisesse. Era ele ali.

— Olá, otouto. Vejo que continua com a mesma cara emburrada de sempre. - o mais velho sorriu para ele, enquanto o observava. - Senti sua falta, Sasuke.

O Uchiha mais novo suspirou.

— Também senti a sua, Itachi.