Os Mutantes: Duplo Destino
O Crime - Parte 7
Claude e Renata estavam de frente para Draco e Telê. Raois e relâmpagos continuavam clareando a noite. Felizmente, não havia movimento naquela estrada.
— Vamos ver se você consegue lidar com isso! - Gritou Draco.
Draco criou uma chama em sua mão. Em seguida disparou em direção a Claude. Rapidamente, Renata entrou na frente e atirou uma rajada de fogo em direção à Draco. As chamas se chocaram.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Olha só... Eu tenho concorrência aqui, Telê!
— Interessante... - Respondeu Telê.
Os dois continuaram mandando fogo o máximo de que podiam. Aos poucos, a chama de Renata dominava a de Draco.
— O que é isso...? Ela é mais forte do que eu!
Draco foi atingido e acabou caindo de costas para o chão. Telê resolveu entrar na frente.
— Você está perdendo a prática, Draco... Mas comigo eles não podem... - Disse Telê.
Telê colocou os dedos indicadores em sua testa e focou em Renata.
— Essa não! - Gritou Não.
Uma onda de choque voou da testa de Telê em direção à cabeça de Renata. Porém... Ela não sentiu nada.
— Ei... Eu não sinto nada...
Claude cruzou os braços e sorriu.
— Então funcionou...
— O que é isso...? Eles são imunes?! - Perguntou Telê, assustado.
Draco se levantou.
— Chega! Vamos acabar com eles na garra mesmo.
— Entendido! - Disse Telê.
Draco correu em direção à Claude, e Telê em direção à Renata. Uma briga corporal começou.
— Ei... Parece que vocês também entendem de combate corporal! - Disse Claude.
Claude e Draco trocavam socos e chutes.
— Claro! Temos que estar sempre prontos para todo tipo de luta! - Disse Draco.
— Mutantes que pensam assim são raros! - Disse Claude.
Enquanto isso, Telê e Renata também atacavam um ao outro.
— Você é forte pra uma garota!
— Hehe... Estava esperando que eu seria fácil com você?
Renata agarrou Telê pelo braço e o derrubou no chão. Rapidamente, ele rolou para o lado e se levantou.
— Draco... Precisa de ajuda aí? - Perguntou Telê.
Renata riu.
— Do que está falando?! Você é quem precisa de ajuda!
Telê se irritou e correu em direção à Renata. Os dois voltaram a lutar. Enquanto isso, Claude agarrou Draco.
— Ei, me solta! - Gritou Draco.
Claude tirou uma seringa de seu bolso e mostrou para Draco.
— Está vendo isso aqui? Se eu injetar em seu peito, você ficará apagado por horas... Você quer que eu faça isso?
Draco não respondeu. Apenas encarava a seringa. Claude ouviu um barulho. Ao olhar para o lado, notou que Renata havia derrubado Telê outra vez.
— Droga... Eles são fortes, Draco... - Disse Telê.
Claude soltou Draco, que arrumou sua jaqueta.
— Certo... Claude e Renata, não é? Nós desistimos. - Disse Draco.
— Então... O que vão fazer com a gente? - Perguntou Telê.
Claude cruzou os braços.
— Nada... Mas se vocês aprontarem mais, estaremos de olho.
— Tá bom, nós prometemos que não vão mais ouvir reclamações a respeito da gente! - Disse Draco.
Claude pensou.
— Vocês... Eram da Liga Bandida, não é?
— Pode-se dizer que somos os únicos sobreviventes. - Disse Draco.
— Uau... - Disse Renata, espantada.
Claude baixou a cabeça.
— Foi aquela Liga do Bem que dizimou vocês?
— Epa, você tem algo contra a Liga do Bem? - Perguntou Telê.
— Vamos dizer que eu não tenho simpatia por eles.
— Bem, mais ou menos... Houve muito conflito interno na Liga Bandida, o que resultou em muitos membros morrendo ou abandonando o grupo. Telê e eu quase morremos quando fomos para o túnel subterrâneo. - Disse Draco.
Telê interrompeu.
— Espera, Draco, eu fiquei curioso... Qual a sua história, afinal?
— ...Se vocês contarem para alguém estão mortos, certo? - Disse Claude.
Draco se espantou.
— Epa, não precisa ameaçar...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Certo, me desculpe... Eu estou numa missão para matar o Cris.
Os dois não acreditaram no que ouviam.
— Espera... Está falando do Cris, o mutante super-poderoso? - Perguntou Telê.
— Aquele que exterminava qualquer mutante que entrava em sua frente? Mas por quê? - Perguntou Draco.
— ...Ele matou meu irmão. - Respondeu Claude.
Draco colocou a mão na cabeça.
— Uau, cara...
— Você sabe no que está se metendo, não é? - Perguntou Telê.
— Eu sei, e não vou parar. Por isso não posso nem chegar perto da Liga do Bem.
— Eu entendo... Eles nunca iam te deixar fazer isso. - Disse Draco.
Telê olhou para Renata.
— E você, Renata?
— Eu... Estou fugindo da polícia.
Telê se espantou.
— Da... Polícia?
Renata baixou a cabeça.
— O meu apartamento foi incendiado algumas noites atrás enquanto eu dormia... Meus pais morreram no incêndio, e estão todos pensando que eu fui a culpada...
— E a polícia está indo atrás de você? - Perguntou Draco.
— Sim... Querem me pegar a todo custo... Mas eu nunca seria capaz de...
Renata de repente começou a respirar ofegante.
— ...Renata? - Perguntou Claude, assustado.
— Epa... Calma... - Disse Telê.
Telê olhou para o posto de gasolina. Havia um pequeno mercado do lado.
— Eu vou comprar alguma coisa pra beber. Pode ajudar.
Telê correu em direção ao mercado.
— Está mais calma? - Perguntou Draco.
— Desculpe... Eu estou tentando ser forte, mas... Às vezes parece que estou só me enganando.
— Não se preocupe... Se não quiser falar mais sobre isso não precisa. - Disse Draco.
Claude olhou para Draco desconfiado.
— Estranho alguém como você falando assim... Vocês ficaram na Liga Bandida até o fim, não é?
— É... Você pode dizer que estamos tentando começar do zero, por isso decidimos nos tornar motoqueiros. Se ainda quiserem nos condenar por algo que fizemos, fique à vontade. - Respondeu Draco.
Telê voltou com uma sacola com latas de suco. Jogou uma para Renata, uma para Claude, e uma para Draco. Draco pegou perfeitamente e abriu em seguida, mas Claude e Renata quase deixaram cair.
— Isso deve ajudar. - Disse Telê.
— Obrigada. - Disse Renata.
Renata e Claude abriram suas latas. Telê fez o mesmo.
— Então... Vocês estão juntos nessas missões? - Perguntou Draco.
— Sim. Nós temos histórias semelhantes... Estamos atrás dos culpados a serem punidos. - Respondeu Claude.
Telê se impressionou.
— Vocês foram praticamente unidos pelo destino, não?
— Uma dupla perfeita, se me perguntar. - Disse Draco.
Renata olhou para Claude.
— Vocês tem uma história e tanto... Mas sabem que estão correndo perigo, não? - Perguntou Telê.
— Especialmente você, Claude... - Disse Draco.
— Eu?
— Sim... Esse mutante que você está caçando é extremamente perigoso. - Disse Draco.
— Hum... Eu prefiro esperar pra ver.
Draco olhou para Claude e Renata.
— Ei... Vocês querem fazer um passeio?
Claude e Renata estranharam.
— Um... Passeio? - Perguntou Claude.
— Mas pra onde...? - Perguntou Renata.
— Nós podemos levá-los a um lugar que pode ser interessante... - Disse Draco.
— Está falando... "Daquele" lugar? - Perguntou Telê.
— Exato!
Claude e Renata se olharam.
— ...Certo. - Disse Claude.
— Ótimo! Subam! - Disse Draco.
Draco e Telê colocaram seus capacetes de volta. Telê abriu a mochila que estava em sua moto e tirou dois capacetes, jogando um para Claude e um para Renata. Os dois colocaram.
— Prontos? Vamos! - Disse Telê.
Claude subiu na moto de Draco, e Renata na de Telê. Os dois deram a partida e saíram.
— Onde estão nos levando? - Perguntou Claude.
— Relaxa. Você vai gostar... É só um passeio de meia hora. - Disse Draco.
— Vocês não estão indo muito rápido? - Perguntou Renata.
— Não. O limite aqui é cento e vinte quilômetros, e nós estamos a... Cento e dezoito quilômetros. - Respondeu Telê.
Os dois partiram de volta em direção à cidade.
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