Os Mutantes: Duplo Destino
O Crime - Parte 6
Renata não sabia o que fazer. Em sua frente estavam aqueles que foram os maiores nomes por trás da Liga do Bem.
— Nós... Podemos entrar? - Perguntou Maria.
— Eu acho que sim... - Respondeu Renata.
Renata deixou que os dois entrassem.
— Você está sozinha? - Perguntou Marcelo.
Renata cruzou os braços.
— Estou...
— Então, Renata... Eu quero que entenda que nós viemos aqui apenas com a intenção de te ajudar. - Disse Maria.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Renata suspirou e olhou para o lado.
— Ótimo... - Disse Renata em voz baixa.
— Nós sabemos da sua história. Sabemos que está sendo acusada injustamente por um crime. Sabemos do que aconteceu com sua família. Eu quero que saiba que a Liga do Bem estará do seu lado. - Disse Marcelo.
— Você já esteve na mansão Mayer, certo? Lá é um lugar apenas para pessoas do bem! - Disse Maria.
Renata se virou novamente para os dois, ainda de braços cruzados.
— Eu já tenho quem me ajude...
Maria e Marcelo se entreolharam.
— Você está falando do Claude? - Perguntou Maria.
— Sim... Estamos ajudando um ao outro.
Marcelo estranhou.
— Ajudando um ao outro? Como assim?
— Eu sinto muito, mas não posso falar mais nada.
Marcelo cruzou os braços.
— Certo, acho que é melhor ser direto... Nós estamos realmente preocupados com as intenções do Claude.
— Ele atacou nossos amigos e se recusa a se abrir com a Liga do Bem. - Disse Maria.
— É porque ele não precisa fazer isso! - Respondeu Maria.
Maria esfregou o rosto.
— Renata... Você precisa abrir o seu coração pra gente.
Porém, naquele momento...
— Conversa interessante... Posso me juntar?
Todos se viraram para a porta. Lá estava Claude, olhando para eles, com os braços nas costas.
— Você... - Disse Maria.
— Claude... - Disse Marcelo.
Claude entrou.
— Parece que eu estou perdendo uma reunião na minha casa.
— Claude, eles querem me levar para a mansão! - Disse Renata.
Claude encarou Maria e Marcelo.
— Olha só quem resolveu aparecer... Os maiores nomes por trás da vitória contra os Reptilianos e a Liga Bandida... Vocês já não conseguiram reconhecimento o bastante?
Marcelo se enfureceu.
— Nós não fazemos isso por reconhecimento!
— Calma, Marcelo... - Disse Maria.
Claude passou a mão em seu rosto.
— Renata... Eu deixo em suas mãos. Quer ir com a Liga do Bem?
Renata cruzou os braços.
— Eu não vou pra lá!
Maria e Marcelo se olharam.
— Bem, acho que seria errado forçar uma garota a fazer algo que ela não quer, não é? - Perguntou Claude.
Maria baixou a cabeça. Marcelo encarou Claude.
— Tudo bem, Claude... Mas antes de ir, só me responda uma coisa... O que você pretende fazer? Com quem está trabalhando?
— Eu não preciso responder essas perguntas. Saiam.
Marcelo caminhou até a porta, ainda encarando Claude.
— Isso ainda não acabou... Se descobrirmos que está fazendo alguma coisa de errado, a Liga do Bem vai vir atrás de você, Claude. - Disse Maria.
— Eu espero por esse dia... - Respondeu Claude.
Maria e Marcelo se retiraram. Claude trancou a porta e se virou para Renata.
— Você está bem?
— Estou... Obrigada por lidar com eles, Claude...
Claude se aproximou de Renata.
— Não se preocupe. Eu não vou deixar ninguém nos separar...
— Obrigada.
Claude percebeu alguma coisa estranha no ar.
— Ei... Eu estou sentindo um cheiro estranho...
Renata se lembrou da cozinha.
— Ah, é mesmo!! - Gritou ela.
— É mesmo o quê?
Renata correu até a cozinha. Claude a seguiu sem entender o que estava acontecendo.
Claude e Renata arrumavam a mesa com a comida.
— Desculpe... Acho que eu queimei tudo... - Lamentou Renata.
— Queimou tudo... Assim fica meio difícil te defender... - Zombou Claude.
Parte da salada havia queimado. O frango teve um pouco mais de sorte e estava apenas um pouco acima do ponto. Renata baixou a cabeça.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu só queria te ajudar um pouco...
Claude riu.
— Você me lembra meu irmão...
Renata olhou pra ele, assustada.
— O... O quê?
Quando Claude se tocou do que disse, assustou com suas próprias palavras.
— Eu... Nada...
Claude coçou a cabeça.
— Sabe... Às vezes eu me arriscava a fazer algum trabalho de casa para ajudar meus pais... Mas eu acabava fazendo alguma bagunça, e meu irmão vinha me corrigir.
Renata riu.
— Ele era o típico irmão mais velho, não é?
— Sim... Onde eu errava ele estava por perto pra tentar me ajudar.
Claude olhou para a mesa.
— Ei, esse frango parece bem aproveitável.
Renata ficou feliz com o resultado. Os dois resolveram se sentar e desfrutar do jantar.
Algumas horas se passaram. Claude e Renata estavam indo de carro para uma estrada na saída da cidade.
— Então... Esses dois mutantes que estamos procurando vão aparecer por aqui? - Perguntou Renata.
Claude parou o carro no acostamento. A estrada estava quase sem movimento.
— Tem um posto de gasolina ali em frente... Eles são constantemente vistos por aqui.
Claude e Renata desceram do carro. O céu estava escuro, e constantemente raios e relâmpagos clareavam o ambiente, acompanhados por um vento forte.
— Acho que tem uma tempestade se aproximando... - Comentou Claude.
— Isso pode dificultar nossa missão. - Disse Renata.
O vento balançava o cabelo de Renata pelo ar. Claude retirou duas seringas de seu bolso.
— Você quer testar o MX?
Renata se espantou.
— Será que... Funciona em mim?
— Só saberemos se tentarmos...
Renata estendeu seu braço para Claude.
— Certo... Pode mandar.
Claude encostou a seringa no braço de Renata e pressionou a parte de cima. Um barulho indicou que a injeção foi aplicada.
— Ai! Parece que eu levei um tiro! - Gritou Renata.
Claude pegou a outra seringa e aplicou no próprio braço.
— É meio difícil de acostumar, mas vai valer a pena se funcionar...
Renata esfregava o braço.
— Certo... E agora?
Assim que Renata terminou sua sentença, barulhos de moto foram ouvidos.
— Lá vem... - Disse Claude.
Dois motoqueiros em motos pretas se aproximaram de Claude e Renata que foram para o meio da rua.
— São eles!! - Gritou Renata.
Os motoqueiros começaram a girar em volta dos dois.
— O... O que estão fazendo?
— Acho que é um lance de motoqueiros. - Disse Claude.
Após alguns segundos girando, os dois pararam e retiraram seus capacetes.
— Olha só, Telê... Dois novatos na área!
— Parece que sim, Draco... O que querem por aqui?
Claude cruzou os braços.
— Draco e Telê... Dois ex-membros da Liga Bandida... Um mutante com poder de fogo e outro com poderes telecinéticos...
Draco e Telê desceram de suas motos. Draco abriu os braços.
— Nós mesmos! - Disse Draco.
— O que querem com a gente? - Perguntou Telê.
Claude encarou os dois.
— Eu ouvi reclamações de que vocês estão atormentando os moradores da região com seus barulhos noturnos...
— E quem é você pra nos criticar, amigo? - Perguntou Telê.
— Eu sou Claude Fernandes.
Draco olhou para Renata.
— E a gatinha aí, quem é?
— Eu sou... Renata Sabine.
Draco e Telê se entreolharam e riram.
— O que faremos com eles, Telê?
— Ué, o de sempre, Draco... - Respondeu Telê.
Telê socou sua mão direita na palma esquerda.
— Vamos testá-los um pouco...
— É... Pode ser divertido... - Disse Draco.
Uma luta estava prestes a começar.
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