Destinos cruzados

Capítulo 20 - As Cinco Aberrações


Ares me levou até uma espécie de calabouço em seu templo. O lugar era sombrio e sem vida. Um clima pesado tomava conta daquele lugar e eu senti um frio na espinha ao tentar imaginar o por que de Ares estar me levando até este local.

Até que eu ouvi um rugido. Esse rugido não era humano e nem animal. Eu nunca havia ouvido aquele som antes e por essa razão a raça deveria ser desconhecida. Ares parou em frente a uma grande porta de aço.

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— Uma das perversidades que Aurora fez foi contra seu próprio sangue. - Ele diz olhando para a porta com pesar. - Tivemos cinco filhos durante nosso casamento e ela destruiu a vida de todos eles.

— Como ela fez isso e por quê? - Eu perguntei sem conseguir conter minha curiosidade.

— Nossos filhos eram crianças imaturas e mimadas. Eu nunca fui um pai presente e muito menos amoroso. Por isso eles eram extremamente ligados a Aurora que fez questão de ama-los á sua maneira e mima-los. - Ares soltou um suspiro triste antes de continuar. - Durante a guerra, Aurora precisava de um exercito mais forte e por isso ela resolveu criar cinco elementos surpresas. Ela iludiu e se aproveitou do amor e confiança cega que nosso filhos tinham nela, para criar esses elementos. Ela transformou nossos filhos em aberrações grotescas, monstros sem corações. - Ele disse e apontou para uma pintura na parede. - Está era Delaila a nossa única filha, foi transformada em uma aberração do vento. - Delaila era linda e se parecia muito com Aurora. Só que os olhos de dela eram extremamente claros. - Esse é Polo e foi transformado em uma aberração do Gelo. - Ele apontou para o rapaz de cabelos negros e olhos cor de fogo como Ares. - Ainda há Maximus que foi transformado em um aberração da Terra, Marin que foi transformado em um aberração da água e por último Matiatus que foi transformado em uma aberração de fogo. - Ele apontou para o portão de ferro. - Ai atrás está Maximus, veja pelo buraco o que Aurora é capaz de fazer.

Eu me aproximei da porta e abri o buraco para poder ver. E vi algumas pedras se mexendo. Logo notei que não era apenas pedra e sim alguém inteiramente feito de pedras. Eu fiquei totalmente surpresa, como aquele homem bonito na pintura havia virado aquele monstro feito de terra e pedra.

Por incrível que pareça mesmo sendo de preda, ele ainda possuía o que seria equivalente a um rosto. Maximus parecia estar com muita dor e isso fez algo dentro de mim se partir. Como uma mãe poderia fazer isto com o próprio filho?!

— Ele sente dor? - Indaguei sem tirar meus olhos.

— Sente muita dor, principalmente por este não é seu estado natural. - Ares respondeu.

— Por que o mantém em um calabouço? - Questionei fechando o buraco.

— Por dois motivos. È o mais próximo da terra e foi um pedido do mesmo. - Ele respondeu. - Após a transformação todos os meus filhos permaneceram fies a Aurora, mas Maximus se cansou e praticamente implorou para que eu o escondesse e assim eu fiz.

— Quando ela transformou ele?

— Quando ele era considerado um pré adolescente em idade Olimpiana. - Ares segurou meu braço delicadamente . - Vamos sair daqui. - Eu assenti, ainda me sentindo muito perturbada.

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— Há alguma forma de desfazer? - Foi o que eu perguntei.

— Não sabemos, acho que a única que sabia é Aurora. - Ares diz e saímos rapidamente daquele lugar horrível.

Agora eu sei por que aquele lugar tinha um aura tão sombria , era apenas um reflexo de tamanha dor que Maximus sentia.

— Onde estão os outros? - Perguntei.

— Ninguém sabe. - Ares respondeu.

— Isso te deixa machucado, ter que viver sabendo as coisas horríveis que ela fez com seus próprios filhos? - Eu quis saber e foi apenas olhar para Ares e eu já sabia a resposta. Dor e culpa inundaram suas feições.

— Se eu tivesse sido mais presente e um pai melhor, quem sabe eu não teria salvado ao menos um deles desse trágico destino. Mas eu sempre tenho que estragar tudo com todos a minha volta. - Ares lamentou.

— Hey cara. - Eu digo e coloco uma mão em seu ombro. - Isso não foi inteiramente sua culpa, de qualquer forma nenhuma mãe deveria condenar os filhos dessa maneira tão cruel. - Eu tento passar algum conforto para o olimpiano ao meu lado.

— Por que está tentando me confortar? - Ele me pergunta.

— Apesar de termos começado com o pé esquerdo Ares, eu não tenho o coração de ferro. Se eu vejo uma pessoa triste meu primeiro instinto é ajudar, não importa quem ela seja. - Respondo com toda minha sinceridade e Ares pareceu acreditar em mim.

— Você parece ser uma boa garota Emma. - Ele diz olhando intensamente para mim. – È uma pena que esteja no meio de toda essa bagunça. - Foi tudo o que ele disse, antes de me deixar sozinha em sua sala de estar.

Eu tento organizar meus pensamentos, enquanto eu saio do templo de Ares e vejo uma ninfa passando.

— Pode me dizer onde encontro Hefesto? - Eu pergunta a ninfa.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.