Vestige

Capítulo 2 - Segunda etapa – A aceitação


2ª Etapa – A aceitação

Os Tumores cerebrais são todas as lesões ou massas expansivas dentro do crânio que surgem devido a multiplicação desordenada de células normais ou anormais, ou então os tumores podem ser originários das células do próprio cérebro.

POV: SAI (MÉDICO DA EMERGÊNCIA)

A máquina de café acabava de ter sido ligada e enquanto o copo meu copo enchia, eu pensava no quão difícil era aceitar que se tinha uma doença grave e terminal, lido com isso todos os dias, mas quando não se tem o apoio da família deve ser pior. Eu me recordo bem do sofrimento do meu irmão e do meu próprio.

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Caminhei calmamente com o meu copo de café na mão, atualmente andava me perguntando sobre o futuro o tempo tudo, não sabia o que desejava fazer após a residência e por várias vezes me sentia deslocado.

Entrei em silêncio na sala de exames e expliquei o processo do exame para o Sasuke-san, então fui até o lado do homem que monitorava a máquina utilizada no exame e aguardei em silêncio. Eu bebericava o meu café e pensava no futuro, eu estava com o pensamento longe quando ouvi alguém me chamar:

– Sai-san, olhe isso.

Eu me virei para a pessoa que havia me tirado de meus devaneios e notei que ele estava apontando para a tela do aparelho de exames. Inclinei-me em direção ao computador para enxergar melhor o que ele queria me mostrar, então eu entendi a surpresa do atendente, a visão do cérebro dele era uma das piores que já havia visto. Tinha um pequeno cisto na sua fase inicial no lobo temporal e na região frontal do cérebro tinha mais dois tumores, relativamente grandes.

– Quero os resultados na minha sala daqui uma hora! – eu disse tenso, enquanto me colocando ereto – Isso é uma emergência!

– Sim, Sai-san! – respondeu o homem.

A hora seguinte se passou lentamente enquanto eu atendia mais alguns pacientes na emergência, ossos quebrados, viroses... Mas nada disso tirava minha cabeça daquele quarto, eles eram tão parecidos.

– Sai-san o exame está pronto. – disse um enfermeiro entrando na minha sala.

– Ótimo me dê aqui. – pedi estendendo a mão, em seguida eu voltei a falar sério – a Doutora Tsunade está atendendo hoje?

– Está sim! – me respondeu ele antes de se retirar.

Abrir o exame e o analisei brevemente, então notei que a situação era realmente grave. Sai da minha sala e caminhei em silêncio pelo hospital. Eu carregava o resultado dos exames do novo paciente do hospital da cidade e pensava sobre a situação. Somente parei de andar quando vi a placa que indicava a sala que eu procurava, fui até na enfermaria e perguntei para uma mulher:

– Poderia falar com a Tsunade-sensei? – questionei para uma bela moça loira sorrindo.

– Sim! – disse ela sorrindo de volta – Pode entrar Sai-kun.

– Obrigado Ino-san! – agradeci me dirigindo até a sala indicada.

Bati levemente na porta durante duas vezes e ao ouvir um “pode entrar”, eu abri a porta lentamente. Olhei Tsunade-sensei sentada em sua cadeira confortável atrás de uma mesa enorme, ela olhava alguns papéis pequenos despreocupadamente e não se importou nem um pouco com a minha presença.

– Tsunade-sama? – chamei-a e ela olhou dos papeizinhos para os meus olhos de maneira entediada.

– O que teremos agora? – ela perguntou suspirando pesadamente ao notar meu olhar preocupado.

Analisamos todos os papéis e resultados dos exames e passei o paciente para ela, com certeza será melhor assim, os tumores dele estavam muito próximos um do outro, há dois tumores no lobo frontal da cabeça e um muito pequeno no lobo temporal.

– Tcs... – ouvi a Doutora resmungar – essa é a pior parte desse trabalho.

– Sim! – respondi olhando-a pelo canto do olho – eu sei!

– Você ainda é jovem tem muito que apreender. – ela me respondeu caminhando firmemente pelo corredor – Por que escolheu ser médico?

Essa pergunta definitivamente me pegou de surpresa e fez meus pensamentos vagarem no passado por um momento.

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– Quero salvar vidas! – respondi sorrindo brevemente.

– Criança... – a ouvi murmurar, mas decidi ignorá-la.

Caminhamos até a porta de número 26, onde tinha o nome “Uchiha Sasuke” colado, ouvi Tsunade-sama respirar pesadamente ao meu lado, então abri a porta. Demos de cara com um homem sentado com os braços largados sobre o lençol, ele mantinha o olhar na janela de vidro, que permitia que os raios de sol a atravessassem, enquanto ao pé da cama a garota de cabelos estranhamente rosa o olhava preocupada.

– Olá! – cumprimentei entrando no quarto, enquanto via a garota se virar esperançosa.

– Olá Doutor. – respondeu ela a mim e depois desviou seu olhar para Tsunade-sama.

O homem na cama não se virou nem para olhar quem estava entrando. Droga! Ele é realmente como você irmão. Sorri para a jovem que me olhava ansiosa pela nossa visita e pelo resultado do exame.

– E esta é...? – perguntou-me Tsunade-sama.

– Oh! Desculpe-me! – pediu a garota – sou Haruno Sakura.

– uhm... Haruno não é Uchiha, não são parentes, certo? – perguntou a Doutora Tsunade.

– Não! Não temos nenhum parentesco! – murmurou ela forçando um sorriso.

– Ele disse que não tem nenhum familiar, então ela está com ele. – respondi sorrindo para a garota e ao desviar meus olhos para o paciente o vi na mesma posição, imóvel – Eles são amigos? – o que era para ser uma afirmação pareceu mais uma pergunta e Sakura abaixou seu olhar.

– Certo! Certo! – disse Tsunade massageando a testa com os dedos – Espero que isso não me cause problemas. .

– Não se preocupe! – falou Sakura sorrindo.

– Então... Uchiha Sasuke, certo? – perguntou Tsunade se aproximando do paciente.

– uhum! – murmurou ele afirmativamente sem se mover.

– Sou a Doutora Tsunade, Neurologista e oncologista, estarei tomando o lugar do Doutor Sai como sua médica. – disse Tsunade firme – Como se sente agora?

– Eu agradeceria se parecem de me enrolar e dissessem logo que minha gripe virou uma pneumonia ou algo do gênero, para que eu possa voltar para minha casa em paz. – disse Sasuke friamente, então ele finalmente desviou finalmente o olhar da janela.

– Creio que não ocorrera isso Senhor Uchiha! – rosnou Tsunade.

Percebi que Tsunade-sama ficou irritada com a maneira do Sasuke-san falar, entretanto ele pareceu não se importar muito e continuou a encarando com os olhos semicerrados, como se a desafiasse.

– Sua gripe não virou pneumonia, você está com alguns tumores no cérebro. – disse ela, então ouvi um murmúrio de choro e ao me virar vi Sakura com a mão sobre a boca, enquanto lágrimas escorriam de seus olhos – Você tem 3 cistos no cérebro.

– Eu vou morrer? – perguntou Sasuke de repente, ele parecia muito calmo, então os murmúrios de Sakura cessaram por um instante de puro silêncio no quarto, mas as lágrimas dela ainda atravessavam seu rosto.

– As chances são grandes. – respondeu Tsunade.

De repente minha mente começou a me pregar peças e imagens do passado não saiam da minha cabeça. Minhas memórias daquele dia fatídico eram vagas, mas eu sabia que meu irmão estava morrendo, eu tinha apenas 6 anos e não podia fazer nada, entretanto lá estava eu olhando para o Sasuke-san, parecia que eu estava revivendo a morte do meu irmão, mas dessa vez eu não permitiria que o final se repetisse tão facilmente.

– Qual a porcentagem dessas chances? – perguntou Sasuke sério olhando para as próprias mãos imóveis sobre o lençol.

– Preciso de um exame mais detalhado para ver a possibilidade de uma operação. Também precisamos ver se os tumores são benignos ou cancerígenos... – Tsunade começou a explicar, mas foi interrompida.

– Qual é a porcentagem? – tornou Sasuke a questionar, enquanto olhava firmemente para Tsunade-sama.

– Eu diria 85% se for cancerígeno. – respondeu Tsunade e o choro de Sakura voltou a se ouvido.

– Certo! – concordou Sasuke calmamente se recostando na cama.

– Faremos o nosso melhor. – falei olhando de Sakura para Sasuke, mas eu obtive resposta somente da garota.


“A missão do anjo dos abandonados estava somente começando e lá estava ele cumprindo sua primeira missão, que era dar esperança a aquele que não sabia a razão de sua vida, a partir daquele dia Sai se tornaria um ótimo médico oncologista.”