No litoral do eu.

Desespero.



Procuro em cada canto
Em cada pequeno coração partido
Ou em um imenso amor não inventado
Na monotonia do infinito
Em delicados lábios

É em pleno desespero
Que me silencio
De procurar o que não existe
Sem ter motivos para correr
Negando-se a vida
Permitindo-se morrer

E nessa corrida invisível
Tentando escapar do vazio
Que eu permito crescer
E que sobrepõe a minha alma
Devora a minha vontade de viver.

—x-

Grita durante a noite
Ecoa solidão
Escreve desespero
Me tira a razão


É em desespero que vejo
A inutilidade do erro
A futilidade do acerto
O egocentrismo de viver

E em sussurros do mundo
Que ouço meus medos mais absurdos
E eu me vejo em outro planeta

Já tão distante do seu

Já no final do mundo
Eu vejo o meu erro
E ele é seu
E o seu erro
Sou eu.

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