Entrei no quarto e tranquei a porta. Estava com raiva, me sentindo extremamente irritada e agitada. Fiquei andando pelo quarto e mexendo nas cosias que haviam colocado nele. Eu não queria ser vista como a filha de Fester. Será que todos me viam assim? Até ele?

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Meia-noite

Ouvi alguém bater a porta bem devagar e foquei minha mente para tentar sentir o cheiro e descobrir quem era. Não levou nem cinco segundos, era Fester. Ele bateu novamente e eu me concentrei em destrancar a porta de lá de onde eu estava. Sentada na cama de pernas cruzadas e séria, vi a porta abrir lentamente e Fester parado observando.

— Está melhorando! Tem treinado?

— Não!

Ele fechou a porta e se aproximou, sentou no chão a minha frente e gaguejou antes de começar a falar.

— Bom, contei tudo a Adrastéa. Toda a história e também as coisas que você vê e faz. - Me mantive séria e em silêncio - Ela acha que devemos nos manter escondidos aqui, e começar um treinamento intenso com você.

—Treinamento?

—Sim. Você precisa aprender tudo, para a guerra que virá. E todo minuto é um minuto perdido que poderia estar treinando.

—Querem que eu vire uma Nosferatu completa?

—Não sei se existe isso. Não sei como funciona, nem como vai ser. Mas precisamos descobrir e você precisa ficar o mais forte possível. Você pode pensar a respeito e também decidir quando começar.

—Podemos começar agora!