O dia estava majestosamente lindo, o sol reinava ao os poucos, surgindo por trás das montanhas, o sereno estava cessando e os pássaros cantando. Mas, nem tudo era beleza.

Os segundos passavam como ventania em épocas de tempestade, ele continuara ali, atirado em uma enorme pedra, olhando para o penhasco de onde havia se jogado minutos antes.

Sem ao menos conseguisse mexer seu corpo após aquela queda seria um alívio, mas estava quebrado, sem esperança, praticamente sem vida. Odiou-se por não ter morrido assim que tocara aquela superfície rígida, e depois sentira nojo de si mesmo por tentar um suicídio fracassado.

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Então, a imagens da culpada por aquela estupidez invadiu sua mente: Ela tinha um olhar encantador, um sorriso malandro de quem gostava de fugir no meio da noite só para observar o luar, as estrelas e o lago que refletia sua imagem ao dançar para ele, com ele.

Aquele amor não havia como expressar, nem mesmo o coração conseguira sentir.

Um amor cultivado tão cedo, fora proibido pela família da jovem, há algumas semanas.

Estava tudo planejado, tudo ocorreria bem. Ao cair da noite anterior, fugiriam daquela vila juntos.

Encontraram-se na ponte que daria passagem para um possível futuro feliz, mas a jovem não aparecera com uma bolsa ou trouxa de roupas, até mesmo o vestido que trajara, não passara de um mero pijama. Ela não iria, desistiu da fuga, disse-lhe que se casaria com Lorde Sean, pois ele daria a ela uma vida aconchegante. Tudo o que um jovem carpinteiro não conseguiria.

Apesar de tudo, ele ainda a amava, ainda a desejava e se desprezava imensamente por isso.