Chapter VI

❄Theo ❄

Alice tinha vontade de dar um belo soco na boca do loiro insolente, somente para desmanchar aquele sorriso irritante que brincava em seus lábios. A maneira como ele tinha dito o “você” era animada demais para o gosto da menina; Ele parecia feliz demais pra quem tinha acabo de jogar algo em cima dela. E a menina queria quebrar todos os dentes dele.

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— Você estragou meu vestido! — rosnou baixo, para não atrair atenção de curiosos. — Como eu vou ficar agora?!

— A senhorita estava bem mais civilizada durante nossa primeira conversa. — riu o menino, aumento ainda mais o sorriso.

— Deve ter sido porque provavelmente você não devia ter derramado porra nenhuma em cima de mim. — disse com o toda sua raiva exposta em sua voz — Meu vestido era branco!

— Ficou com uma estampa legal. — deu de ombros, sem perder o ar divertido e nem o sorriso. — Mas se isso lhe importa tanto, eu posso ajudar.

Dizendo isso ele sorriu ainda mais, antes de agarrar a mão de Alice e puxá-la por entre as pessoas tomando cuidado de não esbarrar em ninguém.

— Ei! Me largue. — disse tentando soltar a mão da dele, mas o loiro apertou mais ainda — Eu nem lhe conheço.

— Errado, ruivinha. — riu, entrando na mansão por uma porta que Alice nunca tinha visto antes — Você pode ter se esquecido de mim; o que são coisas completamente diferentes.

A menina bufou, sendo guiada por alguns corredores escuros, antes de sair numa câmera ampla.

— Onde estamos? — questionou quando o loiro a soltou.

— Minha parte preferida da mansão. — comentou sentando em uma poltrona preta, pegando a varinha que estava presa em seu tênis.

— Ali tem um banheiro, Alice. — apontou para uma porta grande, que ficava atrás de onde a menina estava. — Você pode se limpar lá, e me entregue seu vestido. Posso transfigurá-lo em algo para ti.

— Eu não vou lhe dar meu vestido. — ela rolou os olhos, falando o óbvio. — E você não deveria saber meu nome.

— Claro que eu sei, você me disse ele. — rolou os olhos também, divertido. — Você não quer ficar com a roupa molhada, quer?

— Mas isso não significa que eu vou lhe dar ele.

— Então você não me deixa escolha…

Resmungou, mas sem perder o sorriso e apontou a varinha pra ela, sussurrando algo que a menina não entendeu, mas logo descobriu do que se tratava quando viu seu vestido mudar de forma.

O vestido que antes era branco com alguns detalhes pretos, agora tinha uma saia um tanto mais curta e rodada, em um tom de verde parecido com o dos próprios olhos da Potter. A parte de cima do vestido era branca, de alças finas e com um decote pequeno. Seja quem fosse o loiro, ele entendia de roupas.

— Ficou linda. — sorriu o menino, sentando-se mais confortável na poltrona. — Ainda mais do que antes ou da outra vez que nos vimos.

Alice estreitou os olhos, desconfiada. Ele falava como se tivesse a visto somente uma vez, então provavelmente não era aluno de Hogwarts. E mesmo sendo boa com rostos, ela era melhor quando tinha um nome para associar a imagem, e ela não fazia ideia de quem o loiro irritante poderia ser.

— Obrigada pelo vestido, mesmo sendo sua culpa eu ter perdido o outro. — disse alisando a saia do novo vestido, antes de direcionar o olhar para o estranho — Mas eu ainda não lhe perdoei por isso. E nem te conheço, então tchau.

Começou a andar pelos corredores por onde tinha vindo, ouvindo a risada do menino atrás de si junto com os passos leves.

— Theodore, Alice. — comentou ao alcançá-la. — Meu nome é Theodore, nos conhecemos na loja de roupas, ano passado.

A menina não precisou pensar muito para lembrar-se do loiro, ele havia sido bem mais simpático quando estava no Beco Diagonal;

— Ah, eu me lembro de você. — resmungou, empurrando o braço que ele tinha jogado em cima de seus ombros — Você estava mais agradável naquele dia.

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— Eu não tenho culpa se você está irritada hoje. — ele sorriu pra ela, ao saírem da mansão. — Não tenho culpa por isso.

— Você me melou. — ela lembrou-o, mas agora com um sorriso no rosto — Claro que tem sua parcela de culpa.

— Uma parcela mínima, Alice. — disse bagunçando o cabelo dela, fazendo-a olhar irritadamente. — Então, como está indo na escola? Gostou de Hogwarts?

— Eu gosto. — deu de ombros — O castelo é encantador, eu gosto dos professores, ou pelo menos alguns deles, e algumas aulas são bem interessantes. E tem muita gente legal, apesar de ter umas realmente insuportáveis.

— Malfoy, por exemplo. O garoto é insuportável.

— Você está na casa dele, no aniversário dele. — Alice rolou os olhos — Como pode dizer isso de Draco?

— Mamãe me obrigou a vir. — disse deixando o sorriso sumir de seu rosto pela primeira vez desde que iniciaram a conversa. — Eu não queria estar aqui, sabe? Preferia estar na praia, tomando sol. Mas dona Heather acha que socializar com os amigos chatos de Dani seria uma boa, então cá estou eu.

— Dani? — perguntou pegando um docinho na mesa de comida, olhando com atenção para o loiro.

— Daniel, meu irmão mais novo. Ele estuda em Hogwarts, eu lhe contei isso na ultima vez que nos encontramos. — lembrou-a.

— Nott? — ergueu uma sobrancelha. Só havia um Daniel em Hogwarts no mesmo ano que ela, e o irmão de Theodore iniciaria no ano anterior, também como ela.

— Sim. — assentiu, pegando o docinho que estava na mão de Alice. — Conhece?

— Claro que sim. — ela sorriu, antes de fazer uma cara ofendida — Você me chamou de chata, Nott.

— Não chamei não.

— Chamou sim, você disse “amigos chatos do meu irmão”. — afirmou, imitando a voz dele, fazendo o loiro rir. — Dan é legal, uma ótima companhia. Só aquela naja, namorada dele que me irritava. Ela era ciumenta, e, pelo que soube, uma verdadeira puta.

— Nunca gostei de Tracey – informou –, mas Dani parecia cego por ela. E eu não sabia sobre você. Talvez nem todos os amigos de Daniel sejam tão podres assim, eu gosto de você.

Alice riu gostosamente daquilo, rolando os olhos em seguida.

— Você nem me conhece, Theodore. – falou divertida – E eu nunca neguei nada, sou realmente chata. Insuportável, na maioria das vezes.

Mas o garoto não respondeu, só deu uma risadinha. O que, no fundo, estava começando a irritar a menina. “Pessoas risonhas demais nunca são confiáveis”, lembrou-se a ruiva, que estreitou os olhos para ele.

Ia comentar sobre o pensamento, mas uma Pansy parecendo bastante irritada apareceu em sua frente.

— Você sumiu! – exclamou, fazendo um bico enorme – Eu fiquei preocupada, sabia? Onde você se meteu?

— Estava com Draco. – deu de ombros, vendo a expressão de Pansy suavizar um pouco, mas ela logo. – O que houve?

Alice viu a amiga fechar a cara novamente, aumentando o bico.

— Alem de você ter me deixado com Fournier? – questionou parecendo realmente indignada, e antes que a menina pudesse responder que tinha deixado-a com Daniel, Pansy continuou. – Nem sei qual motivo daquele grifinorio idiota esta aqui, pra começo de historia.

— Eu não faço idéia de quem seja essa pessoa, você sabe, não é? – Alice questionou com a sobrancelha arqueada, levemente confusa. Pansy bufou e Theodore se manifestou pela primeira vez desde a loira tinha aparecido.

— Ela provavelmente esta falando de Ashwin, ele é neto de Fradique Fournier, um ex-ministro. – explicou. – Os pais dele morreram na Guerra Bruxa, e pelo que eu sei o menino foi criado pelos avos. Ele provavelmente tem a mesma idade de vocês.

Pansy, que parecia não ter notado a presença do menino ainda, olhou surpresa pra ele e depois virou para Alice, dessa vez levemente corada.

— Como você me deixa passar essa vergonha na frente de alguém? – perguntou entre dentes, fazendo Theodore rir. – Theo!

— Eu te conheço desde sempre, Barbie. Sei que você não bate bem do juízo há eras.

Alice riu da face ofendida da amiga, que fuzilava Theodore com o olhar.

— Você também não, Lice. – reclamou – Não seja uma péssima influencia para minha amiga, Theo. Ou vou contar a tia Heather que você esta me irritando, e ela vai lhe deixar sem vídeo-game de novo.

— Viu? – ele questionou para Alice, rolando os olhos. – Os amigos de Daniel costumam serem chatos.

Pansy parecia mais ofendida ainda, bufando.

— Vocês estão brigando por nada. – a menina rolou os olhos. – Influencias não existem, Pan. Você faz o quer fazer, se você não quer, não vai fazer, é simples. E Theodore, eles só são chatos antes de você começar a conversar com eles. Pode confiar.

Nenhum dos dois pareceu acreditar muito naquilo, mas não responderam nada porque antes mesmo que pudessem abrir a boca, Alice puxou ambos pelos braços, indo para onde Draco estava com alguns convidados.

Era hora dos parabéns.