A Nova Potter II

Chapter IV


Chapter IV

❄ The Dinner ❄

O alvo se locomoveu pelo andar superior da casa cautelosa e silenciosamente, sem saber que seguia exatamente para sua morte. Andava como um guerreiro que lutaria até o ultimo minuto para defender sua honra, com sua arma em punhos, pronto para atacar. Ele andava olhando para os lados, qualquer passo em falso poderia lhe causar uma torturante morte, e sem fazer nem um barulho, indo em direção a curva onde morreria.

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A assassina esperava sua presa com uma paciência invejável. Estava encostada na parede, trocando despreocupadamente o peso de uma perna para a outra de maneira silenciosa; Seus batimentos cardíacos estavam calmos, tudo para seu alvo não lhe ouvir e estragar seu plano tão bem arquitetado. Essa era a regra da guerra: Cada um usaria as armas que possuíam. A presa cada vez se aproximava mais e mais, ela deu um sorriso satisfeito antes de pular na frente da presa e se deliciar com o olhar assustado dela.

— Te peguei! – gritou Alice, batendo o travesseiro na cara de Draco repetidamente enquanto o menino tentava, ao mesmo tempo, se defender e pegar o travesseiro, que tinha deixado cair no chão quando a menina o surpreendera. Quando finalmente conseguiu pegar o travesseiro, Alice virou as costas e ia descer as escadas atrás de Pansy e Kyle, mas Daniel a interceptou.

— Ninguém ataca meu melhor amigo e fica por isso mesmo! – gritou, fazendo como ela tinha feito antes e atacando-a repetidamente com um travesseiro.

Alice gargalhava, contra-atacando. Em algum momento ela se jogou, ou caiu, não sabia dizer ao certo, no chão e Draco apareceu para dar apoio ao amigo e logo era dois contra um e Alice começou a reclamar, mesmo dando risadas.

— Isso é covardia! – berrou indignada, pondo as mãos no estômago que começa a doer por conta das risadas. – Dois homens... Porra, Draco. O pé de baixo é meu!... Uma pobre... E inocente dama.

Daniel riu.

— Paramos se você disser que somos os caras mais gatos que você já viu na vida. – disse ainda batendo nela.

— Me recuso! – gritou, batendo as pernas.

— E se partimos para o lado pessoal? – questionou Draco, com um sorriso malicioso brincando nos lábios.

Alice estreitou os olhos, colocando as mãos sobre o rosto sem deixar os loiros acertarem os travesseiros sobre seu rosto, parando de rir.

— Qual seria o lado pessoal?

— Cócegas! – anunciaram juntos.

— Não! – berrou Alice sentando-se indignada – Isso é triplo da covardia. – pontuou, vendo os dois sorrirem – Cócegas é o triplo da covardia que seria dois caras batendo numa garota. Isso seria uma tortura interna, dói muito por dentro e eu só vou conseguir rir!

Draco riu no drama da menina e apertou a bochecha dela, levando um tapa na mão em seguida e a menina escondeu o rosto com um travesseiro, se encolhendo.

— Diga que somos os mais gatos que você conhece ou... Cócegas! – Daniel disse sombriamente, mas sem perder o tom divertido.

— Injustiça. Eu protesto! – Berrou e logo explodiu em gargalhadas, quando os dois largaram os travesseiros e foram pra cima dela, fazendo cócegas. – Pa..Parem!

— O que nos somos, Lice?

— Nunca vou contar isso! – berrou, gargalhando cada vez mais alto. – Pansy!

— Ela não vai vim – riu Daniel, mexendo os dedos rapidamente sobre a barriga da ruiva –, peguei ela antes de lhe achar.

— PANSY! – gritou sem ar, sentindo Draco se juntar a Daniel.

— Meninos! – ouviu uma voz repreensiva no fim do corredor e logo ambos soltaram Alice, assustados, mas logo sorriram para Catherina, a mãe de Pansy, que estava com Kyle agarrada em sua mãe.

Alice riu, sentando-se direito e arrumando a blusa, que tinha ficado toda bagunçada.

— Só estávamos brincando, tia Kate. – explicou Draco, polidamente. – Pansy já voltou?

— Não, mas já estão a caminho. – informou a matriarca da família Parkinson – Vocês deveriam descer, daqui a pouco seus pais chegam, Draco. E você, Alice, poderia ajudar Kyle a se vestir?

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— Claro, tia Kate. – sorriu Alice para a loirinha – Venha, Ky.

O jantar foi em parte silencioso. Somente os dois homens, Lucius e Owen, conversavam sobre negócios e todos os outros permaneceram em silencio. Alice sentiu faltados jantares com Lupin, que sempre eram regados por conversas, não importava qual fosse o assunto.

Lucius às vezes lançava olhares curiosos a Alice, mas a menina fingia não ver aquilo. Tinha acostumado com isso no ano anterior, apesar de constantemente ter vontade de estourar os miolos da pessoa que fazia isso.

Narcisa Malfoy, a mãe de Draco, parecia ser uma pessoa adorável, apesar das feições aristocráticas. Em um jantar de meia hora, ela já tinha sorrido umas cem vezes para Alice. Todas de maneira completamente discreta e elegante, coisa que a mulher parecia ser muito, por sinal. Ela usava um vestido longo e elegante negro, que mais parecia uma túnica grega.

E o adorável avô de Draco não estava ali. Pelo que entendeu da conversa entre Owen e Lucius, Abraxas estava em um jantar na casa de alguém muito importante, junto de Severus. Alice lembrou que Daniel uma vez tinha lhe falado que Snape era padrinho de Draco e costumava morar em Malfoy Manor, associando uma coisa a outra eles só podiam se referir ao seu professor preferido.

— Onde você foi que me deixou com os dois loiros idiotas, Pan? – questionou Alice aos sussurros, enquanto comia a sobremesa.

— Mamãe precisou de uma poção no St. Mungus e eu fui buscar com tia Milly. – deu de ombros – Eu pedi pra Daniel avisar.

— Ele vai perder o local de meu loiro preferido. – Alice comentou olhando diretamente para o loiro, que estava ao lado de Draco do outro lado da mesa – Eles me atacaram com cócegas, da pra acreditar numa coisa dessas?

Pansy deu uma risadinha baixa, quase imperceptível aos outros ocupantes da mesa.

— Mas você conseguiu pegar um dos dois?

— Claro. – sorriu para Draco – Malfoy. Ele não é a pessoa mais silenciosa que eu já conheci. E quando eu ia atrás de Dani, ele me encontrou. Graças a Draco, que é escandaloso, obvio.

— Ele me pegou antes de eu sair. Tia Milly que me salvou.

— De cócegas?

— Claro que não, ele só me atacou com um travesseiro mesmo. – rolou os olhos – Eles reservaram as cócegas para você.

— Dois idiotas.

Draco e Daniel também conversavam entre si, só que de maneira bem menos silenciosa, mas mesmo assim era impossível as meninas entenderem o que eles falavam. Só quando os adultos saíram, que eles começaram a conversar tranquilamente entre si.

— Esse povo é tão formal. – Alice comentou batendo os dedos na mesa – Os jantares na escola ou com Remmy eram tão bem mais tranqüilos.

— Meu pai só é assim com visitas ou estranhos. – Draco riu – Você tem que ver um jantar onde só estão ele, vovô e meu padrinho. Eles são divertidos, ficam se provocando o jantar inteiro.

— Snape não gosta muito de ficar assim na frente dos outros. – Dan revirou os olhos – Ele nunca faz nada legal quando eu estou lá, nem mesmo com Vô Abraxas o provocando. E isso ele faz muito bem.

— Abraxas é legal. – Alice sorriu – Eu gostei dele.

— Praticamente todos gostam. – Pansy pontuou, levantando. – Vamos subir? Ainda tenho vários filmes que Alice nunca assistiu.

A menina rolou os olhos, mas seguiu a amiga. Os filmes de Pansy, mesmo os chatos, costumavam ser menos chatos que ficar sentada naquela sala de jantar fazendo nada. O filme de vez foi Only the Lonely, uma comedia romântica, mas eles nem prestaram atenção no filme. Logo nos créditos iniciais Draco mordeu levemente a bochecha de Alice, deixando a menina furiosa, e passaram o resto do filme brigando. Mas ela que ele, Draco só estava se divertindo com Alice emburrada.